FANTASIAS DE UM SONHO
por Regilene Rodrigues Neves

Tantas foram às fantasias do meu corpo
Que minha alma sonhou...

Nos teus olhos encontrei mistério
Mais além teus desejos
Acendia o quarto
À medida que teus lábios
Procuravam segredos nos meus...

Tua língua abria minha boca
Penetrava dentro de mim teu sabor
Sentia mais que volúpia
Um breve êxtase percorria-me
Enquanto tuas mãos desciam ousadas
Apalpavam minhas nádegas
Encaixando-me a ti...

Entre beijos e sussurros
Palavras de amor
Queriam mais...

Toda luxúria e sedução
Provavam da sensualidade entre nós...

Horas que o relógio não marcou
Nem o tempo quis saber
Somente sonhar a noite toda
Nos teus braços
E viver carícias
Com toda intimidade das minhas fantasias...

Deleitar o prazer sobre os lençóis
Ouvir a melodia do coração
Do teu peito sobre o meu...

Gritar arrepiada de desejo
No meu frenesi de sonho...

O fogo da tua presença
Queima minha pele...

O secreto silêncio da madrugada se inflama
O sonho penetra a noite...

Na hora mais íntima
Eu peço tua fantasia
E minha quimera se rende ao teu devaneio...

Continua a madrugada
Com teus mistérios e meus segredos
Sem querer me acordar do meu sonho...

Em 19 de janeiro de 2011
QUANDO A ALMA SORRI PARA VIDA
por Regilene Rodrigues Neves

Depois que a tristeza partiu
E o sorriso ganhou asas
Vôos de alegria
Fizeram rasantes na alma
E o peito encharcado de felicidade
Molhou a outra face da vida de esperança...

Átimos de prazer absoluto arredor do coração
Fez-se sol e raios intrínsecos de energia
Brilhou em recônditos fulgidos de luz!

Extenuado de paz
O espírito absorveu
A essência de Deus
E a vida plainou
Na quietude do seu íntimo.

Os lábios que dormiram sorrindo
Extravasa sua alegria
E para vida a alma sorria...

Em 16 de janeiro de 2011
DOAÇÃO DE ESPERANÇA AOS DESABRIGADOS DAS CHUVAS
por Regilene Rodrigues Neves

As chuvas que eram somente para abastecer os rios
Chegaram cheias de fúria e revolta
Arrastaram e devastaram
Lugares plantados de sonhos
Simplesmente porque o homem não cuidou da sua natureza...

Vidas perdidas misturadas a vidas ainda vivas
Procuram-se no mesmo lugar sem se acharem...

Onde foi parar a casa que estava acolá
Só enxergamos escombros no seu lugar
Não tem mais rua nem lar
Só lágrimas de dor
Conseguimos juntos chorar
Por aqueles que estavam lá...

Mas pedimos calma: Iremos amor e solidariedade doar
Nessa hora de muita tristeza
Queremos te abraçar e fraternidade partilhar
Afagar-te da dor
Que a perda dos entes queridos deixou...

O sol nasce nos lugares mais impossíveis
Porque Deus está lá...

Não temam: Ele replanta esperança
Para nascer outro dia de sol
E a vida voltar a sorrir!...

Os mortos dormem num lugar pacífico de paz
E aguardam sua ressurreição.

Esse é o momento de amor ao próximo
Da renuncia material
De dar as mãos sem olhar a quem
De ser voluntários de Deus
Levando humanidade ao nosso semelhante.

Em 15 de janeiro de 2011