METAMORFOSE

Havia precipícios em seu olhar
Noites solitárias de medo
De culpas de tentar o amor
De amar e não ser compreendida
Havia lutas e conflitos
Solidão e vazio em seu peito ferido
Marcas da vida tatuada na pele
Lágrimas caídas e desilusão,
Mas sua dor era de incompreensão
Daqueles que juraram amor
Que se quer tentaram compreender
Fazendo julgamento, rasgando seu coração...

Com a alma desalinhada e ferida
Rolou a emoção
A razão fora de si
E o choro continuo da sua dor
Molhados de melancolia...

Na alma uma luta diária
Em meio a cobranças a si mesma,
Mas ela só queria que o amor a tocasse
A deixasse encostar seu coração,
Que a protegesse
Daquele lugar de sofreguidão.

Um labirinto sem saída fora criado
E ela uma menina que cresceu ferida
Lutando contra as intempéries
Viu se perder dos seus sonhos de liberdade
Percorrendo um caminho de infortúnios...

Em seu casulo ela viveu sua metamorfose
Suas lutas foram fortalecendo-a
E hoje aquela mulher atemporal
Sobrevive de esperança
Alimentando a fé, resgatando a si mesma...

Sua história marcada, deu lugar
A mulher que cresceu
Vencendo as batalhas do seu front
Fortalecida por Deus...

Seu caminho segue em frente
O amor in loco guardado no mesmo lugar
Seus desejos adormecidos
O tempo sabe a ora de voltar...


Regilene Rodrigues Neves – em 26/10/2018




NOVE LIVROS E UMA AUTORA
Escritora - Emiliana Vaz

Ela conta histórias
Escrevendo amor nas pontas dos dedos...

Seus livros já somam nove,
Nove histórias ENTRE IDAS E VINDAS EU CRESCI.
Histórias como A BRUXA DE NEGRO
Cuja leitura é puro aconchego
Para o coração, pois fala do amor
E sua razão, amar além das fantasias
Que rondam a alma...

Sua coletânea é um conjunto de trechos
Seletos de diferentes obras
Onde o leitor coleciona belas histórias...

Divulga-las tem sido voos diários
Onde ela percorre caminhos complexos
Plantando sementes para o amanhã
Fazendo aventuras e colhendo amizades...

Cada história é um voo incerto,
Mas certo, que ele vai encontrar seu caminho...

ENQUANTO EU DORMIA ela escrevia
Madrugadas embaladas numa xícara de café
Entre momentos em êxtase da criação.
Entre algumas histórias
MINHA EMPREGADA É DO BARULHO
Cheio de palavras brotando do coração!

Para se permitir
É preciso coragem e ousadia
Todo dia essa gladiadora partia
Rumo as suas histórias
Ela é um exército inteiro
Onde folheio uma grande autora:
Emiliana Vaz!

Nossa guerreira é valente
A RAINHA DOS TRIBUNAIS X O REI DAS ONDAS
Ela foi além usufruindo sabedoria...

ESQUECÍ MINHA FAMÍLIA
E ela pergunta,
Que sacrifício você faria
Pela sua família?

Narrando duas mulheres
De lugares diferentes,
Com objetivos totalmente opostos
Com um encontro traçado
Pelas areias do tempo...

De história em história
METENDO O PÉ NA JACA
E AS MEMÓRIAS DE ROSANA
Quantas histórias por ela escritas

E assim, continua o NONO ELEMENTO...
De Emiliana Vaz.

por Regilene Rodrigues Neves – em 23/10/2018





ASAS DE AMIGOS

Onde abrigo meus risos
Para deixar voar
Meus sonhos de liberdade...

Com a luz da aurora
Enfrento minha realidade,
Acolhida pela sua amizade
Após caminhar errante
Meus caminhos de guerra e de paz...

É onde abraço a primavera
Colhendo pela estrada
Flores regadas para minha alegria
E cultivo a certeza
De um jardim florido de amigos!

De estação em estação
O teu abraço preciso
Teu ombro amigo
Abre as asas sobre mim
E no teu amparo
Eu me refaço para mais um voo...

Não me sinto só
No teu colo repouso minhas agonias
Dos dias arfantes de esperança
E em ti resgato a minha lucidez
Para ouvir o som plácido
De sorrisos sobre nós...

Histórias de amigos
Do teu afago presente
Na minha vida
Nas horas mais vãs...

Qual murmúrio
Das tuas asas em meu ombro
Acolhendo minhas dores...

Assim, nas tuas asas
Eu me abrigo
Das tempestades diárias
E abro meu largo sorriso
Na felicidade pujante
De voos entre asas de amigos!

Regilene Rodrigues Neves – em 23/10/2018






MINHA TRAJETÓRIA, MINHA HISTÓRIA

Ao meu redor uma trajetória de lutas diárias
Transformadas em aprendizado.
Com a vida aprendi a vencer e a perder
Sobreviver aos meus vários estados-de-ânimo
A enfrentar o meu front
Ora de lágrimas de dimensões fúteis
Pela dimensão irrisória
Que nelas continham.
Ora de dores carregadas de dimensões profundas
Pelas marcas ainda vivas no peito,
Mas que soube aprender o perdão
Para fazer-me sorrir...

Meus sorrisos me trouxeram paz
E me ensinaram a não sobrecarregar a vida.
Que o tempo faz milagres impossíveis
Basta deixa-lo fazer sua metamorfose.
Nada é para sempre
Apenas o que construímos com sabedoria
Entre o certo e o errado.
A balança da vida nem sempre é justa,
Mas a justiça Divina alimenta a fé
Naquele que acredita
E traz esperança para alma...

Sou uma mulher de fases
De luas intensas
E de ventos efêmeros,
De muita energia
De sóis violentos,
Pois me aqueço de luz
E a minha luz vem de Deus
Onde abrigo minha gratidão!

Nesse redemoinho eu me abrigo à noitinha
Descanso Nele meu livre-arbítrio
E nos meus sonhos profundos adormeço meus dias
Para que realize a vontade do Senhor
Aquele que me escolheu
Para ser guerreira.

Não me permito nem menos nem mais
Apenas o suficiente para saber
Que o amor é o que direciona a vida
A caminhos que haveremos de passar
Para suportar o front
A batalhas que ninguém sabe,
Mas que enfrentamos para vencer
E deixar um legado de esperança
Para nossa história...

Enfrento minhas lutas
Colocando alegria no caminho
Para que haja sorrisos
De vitória na minha trajetória...

O segrego é manter o sorriso,
Mesmo que por trás
Enfrente seus redemoinhos...

Regilene Rodrigues Neves – em 15/10/2018 





FORASTEIROS DO NOSSO DESTINO

O tempo passou e seguimos
Forasteiros do nosso destino
A procura de sonhos
Soldados da nossa quimera
Lutamos no front
Plantando liberdade pelo caminho...

Guerreiros enfrentamos nossas batalhas
Que ninguém sabe, ninguém vê
O tamanho do fardo em nosso ombro.
Somos apenas transeuntes
Passando um pelo outro
Sem enxergar o grito de socorro
Que cada um carrega dentro de si.

Histórias de angustias
De medos, de culpas e segredos
Passando entre si
Sem si tocarem, sem saber existir...

O amor afugentado pelo mal
Que o homem alimenta,
Por mero prazer da sua ignorância.
Eu não sou feliz, porque você...

E o desamor segue em arrimo de famílias
Criando falência de almas
Deixadas de herança para sua geração...

Nessa luta insana de andarilhos solitários
Passamos uns pelos outros
Armados de egoísmos
Vestido de egos profanos
De heróis fracassados,
Mas cheios de flâmulas no peito
Soldados de guerras
Exilados de almas...

Combatentes da sua história
Que ninguém sabe ninguém vê...

O amor mora ao lado
Enquanto dormimos com inimigo
E o soldado sobrevive
Enquanto morre o combatente
Jaz sobre a lápide o guerreiro
De sonhos de felicidade...

O tempo passou e seguimos
Forasteiros do nosso destino
A liberdade sequer colhemos
Prisioneiros em nossas almas
Mendigando amor pelo caminho
Seguimos forasteiros do nosso destino...

Regilene Rodrigues Neves – em 09/10/2018