MISTURA DE CORPOS
por Regilene Rodrigues Neves

Vem... Encosta tua pele nua na minha
O cheiro do teu suor
Molha meus sentidos...

Experimento desejos
Na tua boca
Quando teus lábios
Calam os meus
Num silêncio de amor!...

Cada parte minha é tua
Nua... Misturo-me na tua vontade...

Crava teus dedos em mim
Enquanto minhas unhas
Arranham assanham teu corpo...

Minha voz é um gemido
Atrevido lascivo
Que mordisca contorna tua orelha
Sussurra intimidades da minha sentimentalidade...

Dentro de ti me acho me encaixo
Faço carícias sinto delicias
De um prazer de amor!

Tua boca me despe
Desce no meu seio
Uma taça erguida de volúpia
Convida... Beba meu champanhe
Sinta borbulhas de amor
Nos teus lábios... Voraz me devora...

Faz um caminho cheio de curvas no meu corpo
Vira-me e sobre mim faça morada de sonhos...

Nossos poros emergem o mesmo suor
Das horas perdidas dentro um do outro
Um labirinto infinito de sedução
Até que o encontro dos nossos corpos
Escorra seu liquido de paixão
Consumada no gozo deleite do amor!...

Em 30 de julho de 2008

MÚSICA DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

Ouço meu coração
Toca um som surdo de amor
Melodiosa música que se repete
Em completa exaustão...

Adormeço sobre notas de sonhos...

Ouvindo ao fundo a mesma canção
Não sei mais se uma pergunta
Ou resposta do eco
Fazendo serenata de amor
Depois de uma seresta dançada
Suavemente pelo salão da alma

Em que rodopia
Enquanto o piano
Toca notas de uma linda canção
Sempre a mesma declaração
Amor... Amor... Amor...
No meu coração...

Sentimento que já tomou posse
De um pedaço inteiro do meu corpo
O resto é parte que dele se alimenta
Querendo sobreviver de sonhos...

Ouço seu ritmo mágico
Tocando dentro de mim
Quase uma carícia
Tremulando minhas paredes sensíveis
Compondo acordes sonoros de amor!

Em 30 de julho de 2008

JANELA ABERTA PARA O CÉU
por Regilene Rodrigues Neves

Abro a cortina do tempo
Lá fora faz sol
Sua luz entra cá dentro de mim...

Posso enxergar a saída para o horizonte
Desponta em taciturnos segredos...

Sonhos orvalham molhando as folhas
A seiva verdejante escorre pela alma
O sol sorri na manhã ensolarada de alegria
Sinto um cheiro de esperança
Um aroma de felicidade
Respirando vida no ar...

Meu peito se farta
Lavo minhas tristezas
Na fonte inesgotável do amor de Deus
A fé me alimenta através das belezas imperceptíveis
Que lá fora se estendem sobre um lençol branco
Ávido de uma paz advinda da contemplação
De uma janela aberta para os céus...

Agradeço numa oração silenciosa
Todo amor que posso sentir
Nas pequenas coisas
Que alimentam meu espírito!

Sei que posso pegar nessa luz
Depende de mim
Da força positiva que construo,
Para afastar todo mal que perjuro
Em simples palavras do meu inimigo
Querendo criar para mim somente fracassos
Para que renegue todo amor
Que existe lá fora para mim...

Mas a força que sinto é maior
É Divina vem do Criador de todas as coisas
E o mal não me dominará, pois meu Deus!
Reina nos céus e para ele abro minha janela
Ele derrama luz e dos raios do sol
Posso senti-la no meu corpo
Fortalecendo minhas fraquezas,
Para que se dissipem na minha fé
E nela me erga e de pé olhe para o alto
E contemple a luz que me aponta um caminho
Repleto de felicidades
Basta que eu as sinta dentro de mim
Em simples alegria de viver!...

Eu tenho tudo
Eu tenho Deus
Eu tenho fé
Eu tenho vida
Eu tenho família
Eu tenho amor
Eu tenho amigos
Eu tenho uma luz que me guia
Nasce na força
E pureza de uma poesia!...

Em 30 de julho de 2008

NAVEGANDO EM MINHAS MÃOS
por Regilene Rodrigues Neves

O barco da vida
Navega em minhas mãos
Derrama suas caudalosas águas
Molhando meu coração
Que transborda em frágil e sensível emoção...

Ilhada nesse sentimento
Que escorre das minhas mãos
Copiosas lágrimas pelo chão...

Querendo jogar fora minha dor
Trazendo para mim
Quem sabe um alento de amor
Que estivera navegando
Pelo mar a deriva do meu destino...

Nessas águas embarco meu barco
Jaz sobre a nau dos sonhos...

Deus sabe à hora
E faz tudo acontecer no momento certo
A fé velada em mim
Mantém viva a chama da esperança!

Em minhas mãos navega etéreo poema
Levando meu barco sem direção
Há esmo procura um dia atracar
Na paz adormecida em meu peito...

Em mar revolto por ora navego
De poema em poema
Derramando sentimentos do meu mar...

Algumas caem em pingos de lágrimas
De tamanha solidão escorrem no meu chão...

Mas uma luz me conduz neste navegar
Tenho certeza um dia meu barco irá atracar
Nas águas mansas desse mar...


Em 29 de julho de 2008







ESTAÇÃO DE SONHOS
por Regilene Rodrigues Neves

Sopram sonhos pelo meu outono
Caindo em folhas amaduradas pelo caminho
Sigo-as num rastro infinito de estações...

Passando pelo verão
Aqueço meu coração de amores
Tocam minha pele
Que ainda queima de desejos...

Meus passos seguem
Fazendo saudades
Perseguindo sonhos...

Pressinto o inverno chegando
Os ventos sopram um arrepio na alma
Um gosto de vazio numa sensação estranha
De medos e incertezas no meu corpo
Num reflexo do tempo passando...

Mas logo após sinto um cheiro de primavera
O perfume da vida espalhado no ar
Impregna na minha alma
Exalando uma essência
Adocicada e forte dentro de mim

Eu renasço após um ciclo de estações
Nesse caminho crescente também meus sonhos,
Porque olho para trás e vejo:
O quando aprendi com o tempo...

Paira um misto de felicidade e esperança...

O horizonte tremula
Numa bandeira ávida de sonhos...
Para não morrermos cá dentro de nós sós
Sempre haverá uma nova estação pelo caminho
Seguindo as folhas de outono
Soprando sonhos...

Em 28 de julho de 2008

SONHOS DA MINHA MENINA
por Regilene Rodrigues Neves

Os sonhos partem
A levam para longe de mim
Serão realizados
Querendo estar do outro lado
Noutro país,
Para lá serem conquistados...

Leva minha menina
Agora uma mulher
Lutando pelos seus sonhos...

Sinto a saudade apertando contra o peito
Indefinida querendo definir a razão
Que deixa essa dor em sabor de emoção
Enchendo-me de lágrimas...
Não são de tristezas,
Mas de alegria e valor
Por quem faz à hora
Não espera acontecer
Vai embora faz seu sonho crescer...

Não quero ser egoísta
Quero deixar livre sua liberdade,
Para que voe e faça vôos
Plenos de realizações...

Quero apenas que seja feliz
Serei feliz junto
Mesmo que a distância...
Estarei te amando
Num amor velado por Deus
Em minhas orações por você!

Uma lágrima de saudade
Irá molhar sua fotografia
Sobre a escrivaninha
Cheia de lembranças
Da sua alegria contagiante
Seu sorriso infante
Derredor do seu olhar de sonhos...

Vai voar minha menina
Conquistar este sonho que nascera contigo
Fazer dele seu sol e sua lua
Num dia de completa felicidade sua!

Meu amor irá tatuado eternamente em seu coração
No meu tão gigante
Que minhas asas estarão
Sobre as tuas abertas
Para que sinta minha proteção!

Em 26 de julho de 2008

AMOR ABANDONADO
por Regilene Rodrigues Neves

O amor dorme no fundo da minha alma
Não me acaricia não me beija
Não me toca... Apenas repousa
Num silêncio doído de solidão...

Eu o recolho dentro de mim
Como mendigo andarilho de sonhos
Alimento-o dos meus desejos
Limpo suas lágrimas de desenganos...

No meu colo afago seu abandono.
No meu peito ouço-o
Ainda respirando dentro de mim
Cheio de cicatrizes
Das aventuras de amar e ser amado...

Na face
Traços do seu encantamento
A voz sempre sussurrando... Eu te amo!

Querendo soltar a felicidade
Prisioneira na rotina de uma poesia
De versos velados de abandono
Confessas nas entrelinhas de um papel
Cuja vida é lida na essência
De uma página molhada de emoção...

Exala um perfume de bem-querer
Impregnado na pele
Jaz numa tatuagem eterna...

Hoje ele mora comigo
É meu companheiro de fantasias...

Juntos fazemos viagens
Meu pequeno príncipe
Na calda dos planetas
Conta-me histórias,
Para sonhar sobre luas...

E nelas encontrar a ternura
Da doce namorada
Que guarda um amor eterno no peito
Dormindo ele suspira sonhos dentro de mim
Reviram em minha alma sentimentalidades
Guardadas em segredos frágeis e sensíveis
De um amor pego escorrendo pelos vãos dos dedos
Querendo levar o resto de essência
Deixando somente papeis em branco
Vazio de palavras e de poesia
Escrevendo somente linhas cheias de melancolia
De um amor abandonado...

Em 26 de julho de 2008

SAUDADE NUMA LÁGRIMA
por Regilene Rodrigues Neve

Uma lágrima
Pode chorar tantos sentimentos
Num olhar
Sentindo a distância de uma saudade...

Podem vagar no passado
Silenciosas rolarem das lembranças
Esconderem-se num campo minado
Entre a alma e o coração
No corpo de uma vida!

Molhar paredes íntimas
Em seu cair breve
De uma chuva leve
Sem disfarce...

Pingos de lembranças
Que ligeiramente acariciam o olhar
Em sua melodiosa saudade
Cheia de subterfúgios de ilusões perdidas
Jaz entre sonhos taciturnos de melancolia...

A noite adentra seus mistérios
Deixa uma aurora sorrindo
No lábio de esperança
Beijando a manhã
Que acorda dos seus devaneios...

O ontem refletindo na saudade
De uma lágrima ainda viva no olhar
Sentindo a ausência de outrora
Que hoje pode ver
Era repleto de felicidade,
Mas precisamos do tempo
De uma lágrima,
Para sentir tamanha saudade
E dizer: Era feliz e não sabia!...

Seguindo o percurso
De um caminho solitário na alma
Rolam as lágrimas sobre o pranto
De uma saudade...

Traz memórias lúcidas
Para o presente
Seguem seu curso de lembranças
Fazem paradas de utopias sobre o tempo
Relicário de um passado de saudades...

Em 23 de julho de 2008



FOTOGRAFIA MOLHADA DE SAUDADE

Chuva de saudade
Molha minha alma
Encharca meu corpo
De lembranças...

Venturas da minha criança
Brincando de sonhar
Pelas avenidas da alma
Insólita de amor
Me tomam em colo de ternura
Me abraça em laços do tempo
Me veste de todos os sentimentos
Me acresce de todos os momentos
Compreendidos nesta fotografia
Molhada de saudade...

Ainda que de um amor menino em meu peito
Crescendo abrasado de juventude
Tórrido em minhas memórias
Abre o velho álbum de fotografias...

Passam...
Sonhos de Romeu e Julieta escritos em poesia
Deixadas entreabertas na porta da alma
Querendo realizar venturas no coração
Pretensioso de viver tamanha emoção
Em velado segredo de íntimas fantasias de amor!...

Uma a uma revive meus sonhos
Da pequena menina
Ainda viva no álbum de velhas fotografias...

Quanta saudade
Na amarelada imagem
De um passado pulsando no peito
Feito lembranças inquietas
Procuram restos de sentimentos
Revirando relicários na alma
Quem sabe encontre a face oculta
De alguém que não vi ao meu lado
Revendo estes velhos
E amarelados retratos
Puídos de amor...

Chuva de saudade
Mistura-se nas lagrimas
Viram gotas rolando a esmo
Sobre um álbum de lembranças
Cheias de tênues recordações...

A chuva cai escorre saudade...

O tempo lá fora
Faz um rastro caudaloso d’água
Seguindo para o infinito
Deságuam em algum lugar de mim
Tomado pela saudade...

Em 21 de julho de 2008

AMIZADE DE AMIGO
por Regilene Rodrigues Neves


É o amor natural
Derramado na alma
Em seivas de alento...
Coragem... Entusiasmo...
Força... Ânimo... Energia...
Essências interiores necessárias,
Para abraçarmos um amigo!

Que não se mede que não se repete
Posto que um amigo
Será sempre único
Compreendido no amor que partilha
Sem nada exigir!...

Por um amigo:
Reza-se toda sorte
De saúde amor paz e felicidade...
Toda palavra para afastar o mal
Toda alegria em face do seu contentamento...
Toda luz para guiá-lo nos caminhos de escuridão...
Todos os sentimentos puros cabíveis no coração!

Amizade de amigo
É o juízo do amor sem juízo
Que parte deixando sua ausência
Nos braços de um amigo
Que se propõe cuidar
Com seu desvelado carinho
De estima e consideração
Sem tempo nem duração
Porque um amigo é para sempre!

Amizade de amigo
É nascente de amor que flui naturalmente
Na beleza afluente do seu manancial
Correndo na alma em águas límpidas de bem-querer!

Amizade de amigo
É um sonho realizado no coração
Que não se compra e não tem preço
Conquistado de graça em grata afeição de amor!

Em 21 de julho de 2008

PORTA DOS SONHOS
por Regilene Rodrigues Neves

Porta dos desejos aberta
Sonhos entrando e saindo
Alguns na alma entranhados
Na minha frustração
Outros adormecidos no coração
Alguns dominando a força estranha
De um pujante sonho
Querendo aflorar dos meus anseios...

Pequenos e grandes sonhos se misturam
Deitados na lua meditando sobre minhas quimeras...

Minha alma perante tantas possibilidades voa
Cometida de mil desejos...
Diante da conquista cresço
Pareço bem mais que um pequeno grão de areia
Misturado às centelhas de um minguado de fracassos...

O sonho é meu tudo
Perante o meu nada
Neles realizo pequenas e grandes proporções
Dos meus infinitos sonhos
Faço desse nada
Uma porção maior
Que junto a minha porção menor
Criando inteiros
Transformando caminhos
Em histórias minhas deixadas
Além de um sonho...

Porque fiz deles
Mais que sonhos
Criei realizações
Construí felicidades
Sobre infelicidades
Deitei na paz do meu sossego
Acreditando ser possível todos os sonhos...

Deixando aberta a porta dos meus sonhos
Entrando e saindo me alimento
A alma virá pássaro poeta
E um verso vira reverso
Querendo simplesmente sonhar...


Em 18 de julho de 2008

SAUDADE UM CAPÍTULO DE AMIZADE
por Regilene Rodrigues Neves

A saudade
Escreve um capítulo
De amizade na alma
São linhas cheias de lembranças
Traçadas carinhosamente
Copiosamente escritas,
Para descrever teu significado!

Amiga
Com certeza você é:
O maior presente na minha vida!

Nas minhas lágrimas
Um ombro,
Que sempre enxugou os meus prantos!

Amparo compreendido de palavras de ternura
Massageando o coração de amor!

Deixando escorrer tua seiva em minhas feridas
Para aliviar dores da vida e da alma
Compreendida entre lágrimas
Tiradas das minhas lições...

Abrindo pra mim teu sorriso de esperança
De alegria e felicidade
Acordando meus dias
Prometendo um amanhã melhor para nós...

Feito de gestos de amizade,
Para que eu possa ler sempre
Uma mensagem de amor ao próximo!

Escrevendo capítulos de lembranças tuas
No meu coração... Um livro aberto
Na página da saudade desta imensa amizade
Que tenho certeza vai durar por toda eternidade!...

Em 16 de julho de 2008

SONHOS DE ÍCARO
por Regilene Rodrigues Neves


Em frente à aurora
Contemplo a janela aberta do destino...
Cobiço a lua dormindo no meio da noite
Solitária em sua sombra noturna
Velada em poesia de estrelas derredor
Feito vaga-lumes luzindo
Sobre os ombros das montanhas
Iluminando sonhos...

O amor abraçado de felicidade
Asas imaginárias
Em sonhos de Ícaro
Voejando venturas ao léu...

A cortina do céu fechada
O manto da noite cobrindo fantasias
Suspiros soltos enfeitiçados de liberdade...

A brisa trazendo música
Dos ventos vindos do longínquo...
Quimeras deitadas em berço esplendido
Ouvindo um som plácido de ternura
Tocando a alma de notas serenas
Em composição poética
De um mero poeta apaixonado...

Versos absortos na poesia
De uma linda epopéia
Contemplada da alma...

Magia de lua cheia
Desenhando ao fundo
Retratos de amores
Numa pintura íntima
Retocada pelo coração...

Traços abstratos
Querendo compor a face do amor
Ainda imaginários sonhos
Esparramados nas órbitas dos planetas...

Da minha janela sonhos indivisíveis
Escondem a poesia do amor
Poema lírico em seu eufemismo sonhador...

Apenas meus silêncios ouvindo a noite
Da insônia do meu quarto vazio
Escrevendo um poema,
Para uma linda noite de sonhos...


Em 16 de julho de 2008

INSTINTOS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

Coração na boca
Querendo me beijar de amor
E meus lábios junto aos teus
Molhados de palavras sensuais
Cheias de desejos

E nossas línguas
Querendo dançar no salão da alma...
Entrelaçadas de volúpia
Acariciam-se sobre tortura
De um prazer superiormente interessante

Em fogo as chamas da paixão
Queimam na pele
A face rubra
O olhar nu
Entregam-se ao corpo já despedido
Vestido apenas de amor...

O corpo bebido devagar
Ao sabor do som lascivo da carne...

Escorrendo de paixão
O beijo penetra sentimentos
Esquecidos de que amar
É um prazer indescritível
Que rompe todos os conceitos e preconceitos
Sobre o leito em que o corpo e alma fazem amor...

Minhas reticências
Deixam um caminho
Seguido de entrelinhas
Minhas paredes sussurram gemidos
Gritos percorrem meu labirinto
De mulher amante
Pronta a fazer do seu homem
O escravo torturado sobre o tálamo...

Olhos vendados
Desvendados pelo amor
Que provocam instintos selvagens
Na fêmea domando seu macho
Preso nos laços da sedução

Sedenta dança
Sobre o corpo já em êxtase
Gritando não dá mais pra segurar
O amor que explode do vulcão em erupção
Derramando suas lavas
Quentes dentro da gruta molhada
Numa mistura de gozo
Deleite ao som do coração
Que apenas ouve a música do amor
Em batidas aceleradas de um ritmo quente
De horas de luxurias envolventes
Ardentes ainda na pele
De dois corpos adormecidos
Depois de saciados instintos de amor!...


Em 15 de julho de 2008

PINGOS DE ESTRELAS
por Regilene Rodrigues Neves


Pingos de estrelas
Molham a face do luar...

Molhado de chuva
O rosto da noite
Lava a alma
Encharcada de sentimentos...

Pequenas gotas
Molhando o peito
De uma lágrima copiosa
Que teima rolar
No refúgio do meu olhar
Que lacrimeja anseios
No meu seio em pretensão de amar...

O cheiro orvalhado da relva
Deitada no tapete verde da esperança
Sobre sonhos deleites repousam...

Passos empoçados d’água
Rumam na estrada vazia
O caminho paralelo
Segue o destino na contramão...

Quem sabe chegará ao leito do rio
Que vai desaguar no mar,
Para que meu barco possa navegar
Na espreita noite sem luar...

Querendo enxergar
A dimensão longínqua
Desse meu divagar
Que tão somente olha
A noite chuvosa passar...

Sentindo mais uma lágrima chorosa
No meu peito dilacerar...

Escorrem dos céus
Pelas paredes da minha alma
Misturam-se gotas e pingos
Numa chuva de lágrimas
No meu corpo molhado
Mais um poema encharcado
Por esse sentimento de amor!

Em 12 de julho de 2008

O AMOR É O AMOR
por Regilene Rodrigues Neves


O amor é o amor
Correndo nas veias
Misturado nas entranhas
Na paixão que conquista a alma
No olhar que cobiça o corpo
No desejo que explora a carne
Fazendo amor e amor fazendo...

O amor é o amor
Quando grita de felicidade
Dentro do peito
Quando rompe barreiras intransponíveis
Para estar ao lado para ficar junto
E simplesmente amar...

Porque o amor é o amor
Não existe principio meio ou fim
Chega sorrateiro
Nu vestindo apenas a alma
Sua pureza transparente
Conquista sem nada exigir...

Fica mudo... Fala apenas quando sussurra... Te amo!

O amor é o amor
Na pele
Nos lábios
Na alma
De dentro para fora
E de fora para dentro!

Antes uma lágrima de amor
Que o vazio de nunca ter amado!

O amor é o amor
Acende a vida
Posto que a alma de quem ama
Está compreendida em amar e ser amado!

É uma entrega compulsiva do coração
Rendido ao amor
Dominante e dominado
Somos por amor viciados...

Seja no corpo
Seja na alma
O amor é o amor
Feito de desejos
Cheio de vontades...

O amor está para nós
Como a vida está para o universo
Compreendido em todas as coisas
Porque o amor é o amor
Na simples existência da vida!

O amor é a alma que veste o corpo
Sem regras e sem pudor
Não é um jogo de vencido e vencedor
O amor é o amor... O que vem depois
É uma seqüência conseqüente
Da alma de quem ama...


Em 12 de julho de 2008

PEITO VAZIO
por Regilene Rodrigues Neves


Nada consigo escrever
Foge a inspiração de um poema
Nas entrelinhas de um vazio de amor
Sinto a alma escorrer numa lágrima
Molhar sentimentos
No papel escrito de dor...

Carências evaporam no silêncio
A noite consente minha melancolia
Taciturna poesia nas sombras da saudade...

Caricias sem beijo e sem abraço
No meu corpo vazio
Percorrem dentro de mim
Entre sonhos presos
Velados em segredos por um amor...

Roubando alegrias
Que vestiram meus sorrisos
Alegres como a luz
Outrora fui desejo e fantasia
Fui à mera poesia
Que escreveu a alma
Num pedaço de papel
Confesso de amor!...

Da tristeza
Faço mais um rascunho
Jogado no meu coração
Sem esta emoção que faz de mim um poeta
Pego na certeza que sem amor
Sou apenas um pedaço de papel em branco
Sem alma e sem poesia...

Apenas lágrimas e sentimentos
Sobre as linhas que amaram tanto...

As palavras outrora soltas em mim
Hoje prisioneiras desta solidão
Disfarçada num olhar longínquo
Carregado de tristeza
Cheio de incertezas
Recolhidas de amor
No meu peito vazio...

Em 11 de julho de 2008

NOSSOS SONHOS
por Regilene Rodrigues Neves

O som do coração
Toca sonhos
Escritos e ouvidos pela alma
Não importa a distância
Nela nos encontramos
Seja num poema
Numa música
Num desenho
Numa pintura
Em toda forma de arte
Somente a alma
Ouve o som do coração!...

Um lugar de amor
Onde falamos com sensibilidade
Vivemos saudades
Falamos verdades
Entregamos nosso corpo,
Para que nela vivam nossos sonhos...

E em cada um realize nossas vontades
Para que nossos desejos ocultos
Vivam através da arte...

Nela alcançaremos o absoluto
Uma plenitude soberana
Aos nossos desenganos...

O amor responde
O som do coração...

A essência
Feita de espinhos e rosa
Ás vezes sangra misturado ao perfume
Na composição de um frasco
Inesgotável de sentimentos...

A parte frágil cala.
Olhares íntimos
Enxergam dimensões imensuráveis
O preto e o branco
Formam o anjo
Que apara arestas do destino...

A alma voa,
Para que a arte viva
E seja feito etéreos encontros
Entre nossos sonhos
E o som do coração...

Em 06 de julho de 2008

ONDE ESTARÁ O MEU AMOR
(Poema inspirado na letra da música de Chico César)

por Regilene Rodrigues Neves


A voz da noite
Grita sonhos
Acorda silêncios
Taciturnos de epopéias...

Ouve murmúrios
De amores velados
Acordes de uma canção
Dilatada em versos
Ritmos plácidos
Rimas soltas
De um coração desenhado na alma...

Procurando sonhos nas estrelas...

Perguntando onde estará o meu amor?
Será que pergunta por mim?

Ou será que estamos cá dentro de nós sós...

Apenas sonhos separando a poesia
Desse amor que pergunta
Onde estará o meu amor?

Navega entre silêncios...
A voz da noite... A lua cheia...
Preenchendo o infinito...
Estrelas derredor... Luzindo sonhos...
Procurando onde estará o meu amor...

Um resquício de esperança
Entre nuvens perdidas
Ao léu do firmamento
Andantes de sonho em sonho...

Perguntando onde estará o meu amor?

Ainda que a resposta ouvida
Vela em silêncio...
Será que pergunta por mim?

A poesia responde
Por trás da noite
Vislumbrando luas
Dormidas em perguntas de amor
Onde estou eu onde está você?

Será que sonha como eu?
Será que ama como eu?

A voz da noite
Grita na alma
Escrevendo odes,
Para uma epopéia de amor!...

A música lá fora
Pergunta onde andará o meu amor?

Acompanho a melodia
Caudalosa derramando
Sonhos dentro de mim
Enquanto estamos cá dentro de nós sós...

Cânticos surdos
Em muda poesia
Ouvindo a voz da noite...

Onde estará o meu amor?


Em 04 de julho de 2008





AMOR E SEXO
por Regilene Rodrigues Neves


O amor sussurra gemidos
Nos meus lábios
Provoca beijos na minha boca
Procura desejos no meu corpo
Despe a roupa da minha pele
Percorre-me num olhar nu
Desnuda-me por inteira...

Confessa que me ama
De paixão grita
Nas vertentes da minha alma
Desce no meu corpo
Soprando sedução...

A minha sensualidade
Reage ao toque da volúpia
Feita de uma luxuria
Superiormente interessante e envolvente
De um abraço de amor...

Roubando minha quietude,
Para acender chamas
Incendiar minha paz
Em voraz aventura
De sexo e amor!...

Sem pudor
Solta amarras
Caídas do meu corpo
Ficam pelo chão esquecidas...

Somente amor e sexo
Somos um revirando no leito...

Sua língua no meu peito desliza
Mágica suave atrevida
Levanta a taça
Oferece o cálice
Embriaga-se...

Torna-se ébrio do meu corpo
Bebido absorvido
Toma-me em sede
Derrama êxtase na minha pele
Seguindo um caminho ávido...

Encontra a mina
Paredes úmidas molhadas
O vinho dos lábios
Saciando a sede
De embriagar-se do meu corpo...

O amor toma-se de sexo
Sorve o ápice
De orgasmos múltiplos...

O prazer
São estocadas de amor
Fincadas dentro de mim
Em gozo pleno e absoluto
Do sexo que solta seu sêmen
Misturado ao líquido branco
De um amor puro...

Esgotados o sexo e o amor
Adormecem num sonho lindo...


Em 04 de julho de 2008


PESSOAS ESPECIAS AMADAS PARA SEMPRE
por Regilene Rodrigues Neves


Existem pessoas que são para sempre em nossas vidas
Que temos certeza que o tempo passará,
Mas elas jamais passarão
Carregam com elas um sentimento eterno
Um amor verdadeiro
Vestido de amizade, companheirismo, amor fraternal,
Um amor maior tão especial
Que talvez nunca vivamos outro igual.

Algumas nem chegamos a conhecer,
Mas existe um mundo virtual
Que nos colocou frente a frente.
Muitas não vimos à face,
Mas sentimos a alma...

Não a tocamos,
Mas acariciamos com ternura
Sentimos a proximidade do amor
Quando suas palavras...
É como seiva
Alimentando nosso espírito!

Torna-nos tão íntimos
Como almas gêmeas
Perdemo-nos de amor
E temos a certeza de sermos amados!

Todos os dias elas abrem
Uma nova manhã
Mostra-nos a natureza
Através das flores
Que colhem para nós
Perfumam nossas almas de bem querer...

Estão presentes em cada estação...

Num sol de verão
Aquecem o coração
Iluminando-nos através da luz
Que delas emanam...

Caem nas folhas de outono
Fazendo caminhos de esperança...

São verdadeiras primaveras
Exalando sua fragrância dentro de nós
Impregna nossa alma nossa pele
De verdadeiro amor pelo nosso existir!

No inverno
São cobertores,
Para não sentirmos
O frio da solidão...

São almas
Que nos pegam no colo,
Para não deixarem nossas carências
Se tornarem maiores
Que os braços de um amigo
Abraçando-nos de amor!

Assim se tornam nossa esperança
Diante dos percalços
E das interferências do mal,
Porque é nosso elo positivo
Fazem uma corrente
De bondade, benignidade e benevolência,
Para que não nos entreguemos
Diante da nossa luta diária de sobrevivência!

Fazem nossos corações baterem mais fortes
Em nossas veias correrem vida
A nossa alma encher de alegria de viver
Mesmo quando nossa realidade nos diminui
Mostrando um mundo de miséria, fome, conflitos,
Guerras interiores e exteriores
Entre mágoas e ressentimentos,
Tornando-se maiores que o amor de Jesus
Que veio na terra para nos ensinar o perdão!

Mas no meio dessas dores
Ainda existem pessoas especiais
Amadas para sempre
Por nos tocar com leveza e serenidade
Transmitir-nos sentimentos de paz!

Por nos ouvir em silêncio
E nos falar com voz de puro amor!

Essas pessoas são anjos
Mesmo tendo um corpo físico.

São abençoadas e iluminadas por Deus
E foram espalhas na terra,
Para que proliferem
E as ervas daninhas não se alastrem por completo...
Deixando um resquício de esperança,
Para que Deus possa continuar existindo em nossas vidas
Mesmo que Dele tenhamos esquecido de louvar
E nossos agradecimentos
Estejam guardados em egoísmos e ignorâncias...

Obrigada a você anjo colocado em meu caminho,
Para me fazer sentir felicidade e alegria de viver!...


Em 04 de julho de 2008


DEDICO ESTE POEMA A VOCÊ QUE EXISTE E FAZ EXISTIR ATRAVÉS DO AMOR QUE REPORTA!









SONHOS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves


O amor sonha em m’alma
Dorme abraçado comigo
Faz carícia na minha face
Coloca-me no colo
De tantas emoções...

Abre para mim
Sorrisos pela manhã
Acordando-me,
Para continuar em realidade sonhando...

Num oi de bom dia
Envolve-me e me abraça de ternura...

Sopra palavras doces em meu ouvido
Fazendo-me acreditar que o amor
Ainda vive lá fora,
Mesmo que em mim ele ainda esteja dormindo
Sonhando um grande encontro para nós...

Ele me toca
E eu correspondo
Alimentando-o para que renasça nas manhãs...
Nas flores no sol no ar na luz
No universo na vida derredor
Colhendo versos de poemas de amor!...

Mesmo que por vezes morrendo
Nas folhas caídas de outonos
Despidas de mais uma estação
Amadurando suas folhas,
Para que floresçam na próxima primavera
Coloridas de felicidade...

Dançando nas chuvas de verões
Lavando a alma que dormiu na solidão
Sonhando amores em corações...

Assim meus sonhos renascem
Feitos de liberdade,
Para sorrir e chorar
Sejam de alegrias e tristezas de amar

Não importa
Por cada amor
Entregarei-me viva,
Para que ele me acorde,
Para continuar sonhando
Sonhos infinitos de amor...

Em cada amor eu lapido a pedra bruta
Em cada faceta me torno um raro diamante,
Para fascinar olhares de amor
Dentro de mim crescendo sonhos...

A vida se renova e floresce entre jardins
Completando entre estações seu ciclo
Exalando perfumes de almas afins,
Para que todos os dias se colham flores
Em nome do amor!...

Para que sonhos ouçam serenatas
Da janela da alma
E flores sejam entregues ao coração!


Em 01 julho de 2008