Inventei sorrisos nos meus lábios,
Para que meus olhos
Não chorassem as tristezas dos dias
Na minha alma e assim, minha boca
Envolta de alegria se alimentasse
De pequenas felicidades,
Para que aos poucos
Somassem dias cheios
De esperança na humanidade...

(Regilene Rodrigues Neves)




CICLOS DA MINHA IDADE
(por Regilene Rodrigues Neves)

Sinto em mim a euforia dos anos
Depois da tempestade dos ciclos.
Neles pouso minhas asas revoltas
De voos tempestuosos
Aninho meu corpo alquebrado de sonhos...

Sonho das minhas vidas imaginaria
Poesias contadas das minhas fantasias...

Na intensidade da euforia
Exploro meus sorrisos
Conto minhas alegrias
E numa prece minhas lágrimas intercaladas
Confusas de medos
Não sei, quem sabe
De coisas que inventei pra minha idade...

Que dela eu cresça
A menina aprendiz dentro de mim,
Porque nela muitas vezes
Preparo minha alma pra escrever
Noutras é uma inspiração
Que grita já escrita no meu íntimo
Numa idade que sei tenho muito a aprender
Nesses versos loucos pra fugir
Sair por aí sem fronteiras
Barrados apenas por minhas loucuras de poeta
Que ora voa e outrora volta pra onde partiu...

Sou eu todas as poesias
De um ciclo de vida.
Onde solto minha alegria
Em gargalhadas de um palhaço
Que também chora suas utopias...

Quimeras minhas guardadas
Reservadas a mim em sentimentos solitários
Solidários a minha solidão
Nas horas que escrevo para não chorar,
Chorar todos os sorrisos que minha alma derrama
Em caudalosos versos para o universo...

Sou assim seminua
Nos meus ciclos incompletos
Ainda cheios de puberdade
Rumo à felicidade
Saindo por aí a sorrir...

Em 04/04/2017