Meire – in memoriam
por Regilene Rodrigues Neves

Foi dolorosa a missão
Que Deus me confiou,
Mas senti-me honrada
Em ter sido escolhida
Para estar presente
Na hora da tua passagem...

Em vários momentos,
Ora tentei ser o leque
Que tanto desejavas para aliviar-te
Daquela onda insuportável de calor,
Ora tentei ser à força que me pediste
Segurando tua mão
Ajudando-te a levantar para aliviar-te
Daquela dor agonizante
Que te separava deste mundo terreno...

Quis desesperadamente arrancá-la de ti,
Mas teria que assim se cumprir...

Enquanto aguardávamos angustiadas
A resposta final do teu falecimento
Questionamo-nos o que não fizemos
Para impedir que nos deixasse
Penso que por ainda estarmos presos a matéria
E não aceitarmos a separação desse plano,

Mas acredito que no livro da vida
Já está escrito o dia, a hora e o lugar
Onde romperemos os laços
Entre a terra e os céus
Para encontrarmos nossa paz espiritual junto a Deus...

Assim irá se cumprir um dia com todos nós.

Peço a todos que te amaram
E continuarão te amando para sempre
Que se confortem na lembrança
Da tua graça indivisível de ser
Deixada nos gestos de amor que praticastes aqui.
Nos abraços mútuos que trocastes
Nas alegrias e nos sorrisos
Que partilhamos juntos,
Porque o resto é pequeno e insignificante
Ante a tua beleza interior

E assim a saudade
Será suave carinho teu
Em nossos corações...

A tua luz
Deixa-nos um rastro
Para seguirmos
E avistá-la em paz junto a Deus,
Porque aqui na terra
Tua missão foi servi-lo com louvor
Para que o teu merecimento
Fosse à glória do Senhor!

Obrigada! Conhecer-te foi maravilhoso.

 Em 14 de março de 2012

Obs: A Meire era irmã da minha cunhada, bem próxima e querida amiga.