NAS ASAS DE UM POEMA
por Regilene Rodrigues Neves

O sol declina no horizonte
Enquanto a lua se aproxima
Vestida de sonhos...

Antes de partir a estrela maior
Deixara para trás entre nuvens densas
A plenitude de um lindo arco-íris
Derramando esperança sobre o mar...

Deitada próxima a areia
Uma rosa vermelha ali esquecida
Exala seu perfume de amor
E uma poesia se faz
Entre a paisagem e os sonhos
Absorvendo a fragrância volátil
Que no ar sublima sua essência...

Enquanto caudaloso o sentimento
Navega dentro da alma
Procurando versos
Escritos naquele átimo
De lembranças românticas
Que na paisagem deixara
Seu rastro de amor
Escritos entre o céu e a terra
Nas asas de um poema...

Em 22 de outubro de 2011







VIDA ESPETÁCULO DE BELEZAS NUAS
por Regilene Rodrigues Neves

A vida reflete em mágicos reflexos
Transcende imensuráveis destinos
Dimensões tecem a alma
Em gritantes sonhos
Infinitos no horizonte...

Solto o grito interior
Que ecoa no universo
São versos em folhas soltas de outono...

Feliz de primavera
Inebriante de flores
Colhidas do jardim florido
Em degraus de sonhos
Arfantes de belezas
Em nosso planeta de quimeras...

Uivantes nas montanhas
Plácidas de utopias
Rodopia em peito amante de emoções!

O céu aberto
A voz de Deus é grave nota 
Que explode no coração do mundo...
Bailam as estrelas
Envoltas da bailarina lua girando no universo!

Ah! Estes meus versos
Odes enfeitadas de amor..
Reciclando a vida!

Projeta nos meus olhos
Transparências de Deus
Para que se fartem de alegrias
Em beijo amanhecido de serenidade
Estendida em lençóis alvos de plenitudes
Embevecidas de Felicidade!

Movimentos absolutos
De pássaros em asas de liberdade
Vôos etéreos em recônditos sentimentos...

O corpo nu deleita-se da lua
Em paisagem luminosa
Fogosa de amor!

Braços 
Abraçados em noite súplica
Cercadas de flores de fragrâncias gentis
O universo derrama
Essências que me alcançam
Famintas de vida!

Oferto-te poesia
Viva de uma flor em mãos
Sedentas do orvalho caído da noite
Em bem vindo amanhecer de Paz!

Em 06 de outubro de 2006


EXÍLIO DE UM POEMA
por Regilene Rodrigues Neves

A poesia escapa entre os dedos
Procura refugio nas palavras
Que caem sobre o papel
Escrevem sentimentos
Que a alma expurga
Para aliviar o coração
Da solidão que habita o peito.

O silêncio rendilha o tempo
Tecendo dias vazios
Em retalhos de esperança
Escrevendo no papel
Versos para não chorar...

Nas entrelinhas esqueço-me de mim
Abro minhas asas e voo sem destino
Entre versos e rimas
Para quem sabe
Num lugar qualquer da minha alma
Meus sonhos pousem
Na leveza do absoluto...

Alguns rascunhos guardados
Molham meu olhar
Saudades que prefiro não tocar
Para não machucar
Onde ainda doe as lembranças...

Escorrem algumas memórias
Que a alma copia num poema
Rompem breves palavras
Querendo gritar
O que guardo em silêncio...

Respiro a noite
Enquanto suspiro emoções
Ouço o eco da minha voz
Sussurrando dentro de mim
Um local para abrigar a poesia
Que voa aleatória
Pelos recônditos da alma...

A penumbra que se faz
Encobre a lua
Vê-se um pássaro em fuga
Batendo asas em seu exílio...

Detrás das silabas
Guardo meu eu
Para que leiam
Somente a ode...

Sigo em frente
Dedilhando o papel
Escrito da alma
Voando a céu aberto
No exílio de uma epopéia
Ao rumor das letras
A debater suas asas no horizonte
Onde finda o poema...

Em 24 de junho de 2011

Junto a este post celebro
200 queridos amigos seguidores
E para comemorar posto aqui
O Haicai que o mestre poeta Bento Sales
Deixou aqui para mim em comentário
No qual me senti honrada e emocionada
Com suas palavras sobre a minha poesia
Que no final me presenteia
Com este Haicai.
Muitíssimo Obrigada a todos
Que aqui vem e me deixam
Seu comentário carinhoso
Alimentando meu coração
De afeto e estimulo
Para que eu possa crescer
E oferecer-lhes o meu melhor!


No que trago na alma,
Tudo que é feito sempre
É digno de palma.

 (Bento Sales)




VESTIDA DE PRIMAVERA
por Regilene Rodrigues Neves

Hoje procurei uma roupa floral
Para vestir minh’alma de primavera,
Mas o tempo lá dentro
Acordou molhado
A noite caudalosa
Derramou nela suas lágrimas de solidão...

Sentimentos encharcados
Amanheceram procurando sol
Para secar a desilusão
Que por dentro molhou meu coração...

Olho lá fora... Transeuntes seguem seu caminho...
O dia anda apressado atropelando o tempo...
As horas correm levando embora a aurora...
Agitada a vida esquece-se de olhar arredor...

As árvores verdejantes de esperança
Exalam seu perfume de primavera
Algumas já floridas
Coloridas enfeitam as ruas
Deixando para trás fragrâncias imperceptíveis...

Olhos apressados enxergam somente
O caminho em frente... O dia escorre...
Sua essência: Á vida. Passa despercebida...

Da janela volto para dentro de mim
Olho em volta procurando flores
Para enfeitar o meu dia
Da essência do amor de Deus
Numa linda estação de primavera...

Tiro as roupas molhadas da noite passada
Já vestida de flores
Respiro a vida dentro de mim...

Sinto o aroma da poesia
Em volta de um lindo dia
Exalando alegria
E nos meus lábios
Pronuncio um sorriso
E volto pra vida sorrir
Vestida de primavera...

Em 06 de outubro de 2011  





O SORRISO DE MA FERREIRA
por Regilene Rodrigues Neves

O sorriso da tua alma
É pura energia
Que nos aquece de amizade
É uma alegria sorridente
Fazendo também sorrir
A alma da gente!

Nesse teu sorriso
Que nos preenche de amor
Viramos admiradores
Mais que simples seguidores
Da beleza da tua arte
Tamanha gentileza
Na tua simplicidade de ser
Abraçando-nos de bem-querer!

Teu sorriso
É carregado de generosidade
E por essa gentil doação
Vira uma linda amiga
De coração pra coração!

Tuas palavras
São gotas de seiva
Caindo na alma
Fazendo carinho...

Nelas não cabem negativismos
Pois são feitas de otimismos
Tua alma é colorida
Tem as cores do arco-íris
Por assim enxergar o mundo
Através da energia positiva
Que dele emana
E dela alimenta a todos que ama...

Assim teu sorriso derrama
Tua alegria dentro de nós!