SAUDADE ÚLTIMO POEMA TEU
por Regilene Rodrigues Neves


Deito meu corpo
Sobre as ondas da alma
Infinitas navegam em tua saudade...

A deriva
Faço uma viagem
Pelos caminhos
Que te perdi no meu mar...

Anseios meus
Te procuram
Nos rascunhos
Jogados dentro de mim...

Encontrei tantos momentos perdidos
Alguns versos teu
Que comecei
E não terminei...

São poemas
Cheios de amor...
Outros tantos de desejos
Todos eles declarações
Dos sentimentos meus
Que por tempos foram teus...

Donos de um amor
Que infelizmente fora só meu
Um dia entremeio o silêncio
Sem despedida fora embora
Meu coração ainda cheio de saudades
Procura o último rascunho
Desse poema teu!...

Cheio de versos
Caudalosos derramaram
Dentro de mim
Sobre as ondas do meu mar
Navegando sem destino...

Rumo sem rumo
Numa direção contraria
A minha razão
Que persiste em sentir por ti
Tamanha emoção de um poema
Nesta declaração
Perdidamente de amor
Que sofre de saudade...

Querendo te buscar
Lá onde a saudade
Fora te encontrar...

Perdida nos rascunhos meus
Escrevo mais um verso
Para te lembrar
E não me perder no mar
Que vira meu amor embarcar...

No infinito
Vi morrer o adeus...

Só ficaram sombras taciturnas
Sobre as ondas do meu mar
Nelas debruço sonhos
De que na minha saudade voltarás...

E todo aquele amor
Que rascunhei na alma
Um dia será um poema
Publicado em teu nome
Numa declaração
Desse amor
Que quase morreu de saudade...


Em 31 de maio de 2008

ENERGIAS POSITIVAS
por Regilene Rodrigues Neves


Sou um vento que percebe a brisa
Que colhe energias positivas do tempo,
Para fazê-las alegrias de viver...

Por vezes sou a chuva
Que molha a alma
De uma lágrima
Que transformo de alegria,
Para não sentir tristezas...

Porque sou esperança
Mesmo depois de uma tempestade...

Sou fênix sobrevivo das próprias cinzas...

Abro-me todos os dias no infinito
Solto meu grito de liberdade
Entre as fendas do medo,
Para dissipá-los de mim mesmo
E erguer-me entre as muralhas da opressão
Que tolhe os caminhos da minha ascensão...

Sou a vida que dentro de mim
Respira o ar de uma nova manhã
Nascida cheia de flores esmaecidas
Do orvalho da noite que chorou
Uma lágrima dentro de mim,
Mas acordou jogando pétalas ao vento...

Perfumando minhas tristezas
De uma fragrância indivisível
Das intempéries do tempo...

Sou ondas oscilantes sobre o mar...

Mas também sou encontro de dois rios
Que deságuam dentro de um mesmo oceano...

Sou felicidade percebida
Dentro de tantas infelicidades colhidas,
Porque sou maior que a ínfima parte negativa...

Minha dimensão é de um vulcão
Que das lavas derramadas
Guarda fogo em seu interior,
Para aquecer invernos de solidão...
Sou um pequeno grão de areia
Entre milhares de grãos
Que juntos constroem
Margens de uma praia
Onde posso me deitar
E meditar abraçando o sol
Que intenso de calor
Abraça a pele fina
De sensibilidades de um corpo...

Que ama sobremaneira
Na medida do coração
Que gera da própria emoção
Forças que elevem a alma
Sobre a vida cheia de tanta razão!...

Propago minha existência
Plantado sementes positivas,
Para ver renascer alegrias perdidas...

Essa é minha fonte de energias positivas...


Em 26 de maio de 2008

AMOR DE MENINA
por Regilene Rodrigues Neves


Onde o verso termina
Comecei o teu poema
Numa frase solta em mim
Esvoaçada de amor...

Em letras românticas
Escritas dos meus sentimentos
Compondo o teu significado
No meu coração...

Vestido de sonhos
Sonhei... Um amor de menina...

Era um sonho de príncipes e princesas...
Sonhei uma linda história de amor!...

Crescido de fantasias
Dei nome dei formas
Desenhei seu retrato na alma...

Circulei com meu próprio coração
Igual um caderno colado
De figurinhas de amor...

Sonhos de menina
Que foram crescendo
Sonhando com o príncipe
Que nunca encontrou
O meu castelo de fantasias...

O príncipe cavalheiro
Virou lenda nos livros
Encantados de sonhos de um amor!...

Perdera-se no caminho
De sonhos de outras meninas...

Não sei se o sonho delas realizará
Sei que o meu sonho de amor
Está escrito nas páginas da alma
Cheio de colagens
Que fizessem acreditar nesse tamanho amor
Que virou lenda
Lidas como nesses versos
Que quisera escrever um poema
Em nome do seu amor!...

A menina cresceu
E somente a realidade encontrou
O seu príncipe num sapo
A bruxa má transformou...

O poema nascera de um sonho
De uma história de amor
Que há alma um dia lhe contou...


Em 25 de maio de 2008

ROSA DESPIDA DE PRAZER
por Regilene Rodrigues Neves


Estendo uma rosa
Do meu íntimo
Sobre a cama
Perfumando o leito
Do nosso amor...

Roçando tua pele
Minha fragrância
Revira escorrendo do frasco
Da minha alma...

Num aroma adocicado
De rosa delicada
Na pele aveludada
Vermelha apaixonada...

Contra teu corpo exala
Meu perfume amadeirado
Do vidro do meu coração derramado
De sentimentalidades desse amor!...

Bálsamo dilatado de prazer
Em confesso sorriso
Entreaberto nos teus lábios
A me querer...

Depois de um banho
Perfumado de pétalas
Misturamos nossos corpos
Enlaçamos pernas
Unimos bocas
Exalamos nosso amor!...

Lasciva eu mordisco
O nódulo da tua orelha...
Escorrego pelo teu pescoço
Murmúrio segredos
Contidos nos meus mistérios...

Fantasias criadas
De sensualidades e luxurias,
Para tê-lo rendido em meus braços
Dominado no meu corpo...

Desvirginando a madrugada
Fluindo do manancial
Dos nossos corpos abrasados
De amor sobre a noite...

Dormimos molhados
Emaranhados entre pétalas
Suadas de um perfume exótico
De macho e fêmea
Num ato erótico de prazer...

Extrema ventura
Se deleita nesse leito
Coberto de flores e amor!...


Em 26 de maio de 2008

ENTRE LENÇÓIS
por Regilene Rodrigues Neves


Meu corpo
Nu na tua pele
Molha desejos
Entre lençóis...

Brinca
De fantasias
Para provocar
Luxurias vestida
Em meu corpo...

Despe a alma
Que se entrega de amor...
Repouso sobre ti
Minhas vontades...

Para juntos
Faze-las realidade
Entre paredes
Escorridas de prazeres...

Percorremos caminhos eróticos
Entre zonas erógenas
Conduzidas por tuas mãos
Que me percorrem
Num sabor entorpecido
De sensações...

Ora sussurradas em palavras
Lascivas ora românticas
Numa mistura deliciosa
Provocando êxtase
No meu ouvido
Num gemido que grita
No corpo em gozo de delicias...

Adentro o ápice
Visto das estrelas
Em sonhos de nós dois
Amantes em plena noite
Entre lençóis...


Em 25 de maio de 2008

TUA BOCA
por Regilene Rodrigues Neves


Tua boca
Traz o beijo
Sonhado de amor
Que acorda meu corpo
Adormecido no desejo...

Teus lábios
São encontros de dois rios
Na dimensão do prazer
Em deleite do meu corpo...

Tua língua devora-me
Em êxtase de palavras
Molhadas de amor...

Contorna ávida
Meus lábios
Quando tua boca
Simplesmente me beija
E nossas línguas dançam
Ao som do coração...

A sensação entorpece
Em estado de volúpia
Numa dança sensual
De um ritmo carnal
Provocado no teu beijo
Que descrevo em sabor
Deixado na minha boca...

Cheio de caricias
Ousando pronunciar
Seus desejos contidos
No teu beijo!...

Sussurrando entre
Teus lábios
Todo amor
Confesso na tua boca!...


Em 25 de maio de 2008

AMIGOS CONQUISTADOS
por Regilene Rodrigues Neves


Um amigo
É um lindo poema
Que aflora da alma
Perfumando a vida de bem querer...

Todos os dias
Saio pelas avenidas do coração
Colhendo flores
Deixadas em rastros de amigos
Feitas ao longo dos caminhos
Percorridos nessa vida...

Alguns ficaram para trás,
Mas deixaram fragrâncias inconfundíveis
No frasco dos meus sentimentos
Que derramo em versos,
Para louvá-los... Não como um Deus!
Porque Ele está acima de nós
Humanos que somos e imperfeitos...

Mas em nome do amor
Que Ele nos deixou em herança do bem...

Para alimentarmos o lugar mais sensível
Em nós que é esse coração dilatado de amor
Cheio de carências de amar e ser amado
Por alguém... Que seja num amor de amigos...
Que é infinito e dura para sempre...

E só acrescenta em nossas vidas
Momentos únicos
Compreendidos num verso
Que os transformam
Em raras flores perfumadas...

Estão presentes nas nossas conquistas
Sempre desejando felicidades
E nos dando parabéns!

Oferecendo um ombro,
Para chorarmos tristezas e alegrias
Nos abraçando e beijando todos os dias...

Amigos conquistados
São presentes
Abertos da alma
Em alegria e felicidade
Por existirem em nossas vidas
E fazerem parte de um cotidiano
De lutas diárias massageando a alma
De carinhos que nos alimentam
Em dias melhores...

Está é a conquista de um amigo
Ganhamos uma jóia rara
Ornando o coração
De um bem indivisível
Chamado amigo!


Em 24 de maio de 2008


DEDICO ESTE SLIDE E POEMA A TI
QUE É AMIGO DO AMIGO
E É MEU AMIGO NESTE RECANTO
NUMA CORRENTE
QUE FAZ PARTE
DE UM LAÇO DE AMIZADE!

ENTRELINHAS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves


O amor me tocou
Cheio de saudades
Navegou no meu corpo
Numa onda embevecida
Do mar que a devorava
De desejos numa troca de amor...

Trouxe no meu corpo
Sensações adormecidas
Esquecidas do quanto
É forte ainda dentro de mim...

Agora tenho certeza
De que ainda vive na minha alma
Num lugar perdido de ilusões
De um passado machucado
Que deixastes dentro de mim...

Pois nem se quer teve noção
Desse sentimento que te declarei
Em pureza de um amor maior
Que coabita nas sombras do meu ser
Te amando no silêncio dos meu versos
Declarando para o mundo o meu amor!...

Subtendido nas entrelinhas
Deixo teu nome,
Para que na certeza desse amor
Não mais machucasse
Um coração que tanto te amou...

Que saiu a esmo numa aventura
Descabida de esquecer essa dor...

Tantas vezes me perdi no medo
De ferir meu coração
De magoar esse amor tão verdadeiro,
Mas também o medo
De ser apenas mais um brinquedo seu
Me fazia ignorar meu coração...

Resolvi não mais olhar para trás
Parti esquecendo-te dentro de mim...
Até ontem estavas adormecido
Na razão que não mais deixava
A emoção desse amor me dominar...

Até voltar e me tocar
Numa saudade
De todos os momentos
Que me fez te amar...

Agora me pego indefesa de ti
Querendo partir e querendo voltar
No tempo e novamente te amar
Sem medo de como vai terminar
Apenas o desejo forte de me entregar
A esse amor que novamente quis me abraçar...

Trazendo uma saudade maior
Que os meus desenganos desse amor!...

Um amor bonito escrito da alma
De poema em poema
Numa emoção de sentimentos trocados
Jamais tocados de forma tão bonita
Impregnado de poesias
Em nome do amor!


Em 24 de maio de 2008

MARIA LUIZA D ERRICO NIETO
por Regilene Rodrigues Neves


Lendo o perfil da sua alma
Senti um perfume suave
De pessoa serena tranqüila
Abraçada a bens indivisíveis
Dentro de um amor
Tão íntimo que toca a pele
Em afagos teus...

Lendo-te adentrei o belo
Na dimensão dos sonhos
Fiz uma linda viagem
De emoções...

O frasco do teu coração
Virado derramando
Essências tuas sobre o papel
Exalando pelo tempo afora...

Sentido nas esquinas
De outras vidas
Transeuntes em direções opostas...

Teu perfume impregnado
Nas alíneas dos teus versos
Escorrendo sentimentos
Sobre sonhos...

Fui cometida do exaspero
De um poema
Que quis versos em teu nome
Dedicar da minha alma
Que de poema em poema
Também sonha amar
Nessa proporção maior
Que a razão, pois é...
De emoção em emoção
Que encontro pessoas
Opostas, mas na mesma direção
Do amor e dos sonhos...


Em 23 de maio de 2008






http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=17410

OLHOS SOBRE O MAR
por Regilene Rodrigues Neves


Lindos olhos olhando sobre o mar
Deleitando-se nas ondas infinitas
Ouvindo o som do amor
Navegando sobre o silêncio...

Olhos presos numa dimensão
Alheia aos desenganos
Abraçam o amor
No horizonte...

Navegando pela alma
Nesse mar de sonhos
Vistos de um olhar
Perdido em solidão...

Encontrando noutra dimensão
Alivio para o coração
Que de amor se perde
Num olhar em direção ao mar...


Em 23 de maio de 2008

A IDADE DO TEMPO
por Regilene Rodrigues Neves


Uma ruga nasce no tempo
Envelhecendo a vida
Amadurando a alma...

Compreendendo
O que não é compreendido
Na estação do passado
Evoluindo o espírito
Num minuto de sabedoria!...

Aprendendo a vida
Que se perde num segundo
Que se ganha com discernimento!...

A idade do tempo
Medita entre os homens,
Para que repensem
Seus caminhos...

Existem avenidas e estreitas ruas
Na passagem do livre-arbítrio!...

O tempo
Não é mero acaso do destino
Ele apara arestas de anseios
Precipitados de desejos da juventude...

O tempo nada mais é
Que a razão
Que nos acolhe
Depois de dilatada emoção!

Dar tempo ao tempo
É meditar em silêncio
Nossos erros,
Para neles renascermos
A fênix das próprias cinzas...

E sobrevivermos à longa estrada
Do ensinamento que numa curva
Perdemos a direção
Seguindo um caminho oposto a razão...

Deixamos à emoção crescer
Sobremaneira no coração
E desviar a atenção
Nas transversais da vida!

Somente o mesmo tempo
Que envelhece os anos da juventude
Percebe uma lição nas entrelinhas...
Escrevendo no corpo e na alma
Capítulos de uma história
Passada nas páginas da vida!...

A idade do tempo
É uma necessidade diária para crescermos
A pessoa além... Físico...
Para que ela sobreviva além vidas
Num legado de esperança...


Em 23 de maior de 2008

FELICIDADE MENINA
por Regilene Rodrigues Neves



A felicidade
Nasce no ventre
E ainda menina
Ganha asas
Saindo em liberdade
Sobrevoando mundos...

Entre vidas... Entre flores
Voando livre... Sonhando alto...
Lá vai a felicidade...

Querendo ser gente grande
Dentro da gente
Lá vai a felicidade...

Conquistar a mocidade
Que se espalha
Entre a vida
Entre as flores...

Querendo correr
Brincar de pegar
Simplesmente dançar
Dentro do coração
Ah! Felicidade...
Como é forte a sua emoção!

Transborda da alma
E afortunada se ergue
Sobre o destino...
Entre os sonhos...
Entre desejos...
Lá vai a felicidade...

Feliz
Abriu os braços
Entre a vida...
Entre os sonhos...
Entre flores...

Lá vem a felicidade
Acabou de descer
Na estação solidão
Trazendo na mala
Incomensurável alegria
Porque é hora de sentir

Essa tamanha felicidade!

Que cresceu
E hoje cheia de juventude
É bailarina
Rodopiando pelos salões da alma!...


Em 21 de maio de 2008

UMA ROSA COM AMOR
por Regilene Rodrigues Neves


O amor derrama dos sonhos
Em gotas serenas de orvalho
Esmaecidos sobre a rosa vermelha
De paixão!...

Uma rosa com amor!...

Entregue com olhos de ternura
Para que seja vista
A beleza que emana delicada
De uma pele aveludada em profunda
Sensação de bem querer...

Num toque gentil
Com amor
Colhi a mesma rosa
Numa declaração
Feita do coração
Na percepção do belo
Em comunhão!...

O som do coração
Sobre a pele tremula
Em magia circunda no universo...

Da palavra
Escorre a essência
Pura dos sentimentos
Dilatados da alma
Em sensibilidades
Sublimadas de felicidade
Para te oferecer uma rosa!...


Em 21 de maio de 2008

CONVITE DO DESEJO
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


O desejo aparece despido nos teus olhos
Teu corpo me convida para uma dança
Erótica de amor sobre os lençóis brancos
Ainda virgem de pecados...

Com tuas mãos atrevidas de paixão
Me pega me aperta contra seu corpo
O lábio roça o meu entreaberto de volúpia
Línguas dançam românticas...

O prazer sensual dessa dança
Provocado nas entranhas...

As carícias ousam lascivas na carne
No corpo as roupas se atiram no chão
Nesta hora somos pecado de amor
Consumido de vontades de sair da alma
Por momentos profanos
Que se querem mais do que palavras
Saídas do silêncio de um poema...

Queremos orgasmos múltiplos
De dois animais puramente carnais
Insaciáveis dentro um do outro
Querendo alcançar a própria poesia...

Que sussurra geme morde grita
Entre beijos de murmúrios loucos
De palavras provocadas na pele
Emergindo dos poros
Num suor deliciado de carícias ardentes!...

Somente entre paredes guardadas de segredos
Saciamos a poesia que saíra da sensatez,
Para buscar a insensatez dos desejos
Implorados no corpo de um poema
Que tem vontades entre as entrelinhas de um verso
Puramente de amor... De sair por um momento...
Rasgar essa roupa que veste a alma de pudor,
Para fazer sexo junto com seu amor!...


Em 20 de maio de 2008

LUZ DA POESIA
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


A luz da poesia acorda dentro de mim
Olha para fora respira a energia do sol
Deixa entrar a luz de uma nova manhã...

Saio pelos jardins da alma recolhendo flores
De carinhos deixados de amigos...

O papel cheio de sentimentos
Abraça a vida em agradecimento
Pela alegria de mais um amanhecer
Exalado da alma na forma indivisível do prazer...

Pego o caminho em direção aos sonhos
Encontro sorrisos e desejos de felicidade
Jogados ao vento... Uma passarela de pétalas caídas
Esmaecidas do orvalho da noite
Que dormiu logo depois do ocaso
Sonhando sonhos de outono...

Neles encontrei estações abrindo a cortina do tempo
Que meditava sobre o destino...

O céu era um palco estrelado
Dançando todo iluminado derredor da lua...
Despedi-me da quimera que vestia uma linda fantasia...

Mais uma linda manhã eu encontrei
Mesmo depois de andar cansada
Da escalada íngreme de dias árduos
Da longa espera de um amanhã melhor...

Sei que um dia ele virá sorrateiro
Pelas avenidas da felicidade
Sem alarde estará entrando
Na porta aberta do meu coração
Saberei é o dia do meu merecimento!...

Antes que ele chegue
Eu preciso da emoção
Paralela a essa razão
Que muitas vezes deixa uma lagrima
Estendida sobre o peito
Numa sensação vazia
De que não passara de um sonho...

Mas a minha emoção é maior
Acredita na luz da poesia
Que respira em mim
Mantendo-me lúcida de esperança...

Porque olho para trás
E volto um caminho conquistado
Mesmo com toda sofreguidão
Dos meus anseios
Ainda resiste meu coração
Louco e apaixonado de amor!

Amor que me mantém viva
Num constante aos meus desenganos,
Porque a luz da poesia ilumina
A saída de um túnel
E posso ver pássaros
Sobrevoando a luz do sol
Que pelas manhãs
Respiro em fonte de energias positivas
Ativas em mim em luz da poesia...

Poesia que compreende
Um universo real e abstrato,
Porque me coloca diante de belezas
Renascidas de poesia...
Em dias e noites maravilhadas
Em êxtase de Deus
Que derrama entre a terra e os céus
Sóis e luas embevecidas de sonhos
Sobre a luz da poesia...


Em 20 de maio de 2008


Desejo que a luz da poesia entre na alma de todos os poetas e leitores amantes dela... Para que ela em energias nos conduza pelos caminhos de uma nova manhã iluminada de esperança...

DROGAS: CAMINHOS PERDIDOS NUMA ILUSÃO...
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Ainda menino embalou pelos caminhos da ilusão
Numa festa alucinada de solidão...
De “amigo” em “amigo”
Encontrou a porta aberta para os vícios...
O primeiro êxtase de uma fantasia
Tomada em última alegria...

Depois outras tantas consumidas sem perceber
O buraco negro que entrara... Não mais lembrava
A última luz do sol que vira nascer...
Em um passado menino que brincava com a felicidade...
Sonhando ser o médico... O policial ou algum bombeiro...
O que importava era salvar vidas um dia...
Esse fora seu último sonho em liberdade...

Mas esse dia chegou e a vida a ser salva era a própria vida
Num caminho perdido nas esquinas dos vícios...
A imagem do passado é vista da sarjeta
Onde acorda molhado da própria urina
E do cheiro fecal dos viciados caídos ao lado
Num retrato humilhante de um ser humano...

A esperança se perdera na fumaça tragada
No desejo de engolir a própria vida perdida em vida!...

Sua identidade um retrato de escárnio
Da própria sorte ignorada...
Jogada no limo de uma falsa ilusão...
Olha para o destino... O que vê...
Um corpo jogado ao relento coberto de jornal
Sobre uma velha caixa de papelão... Na lembrança...
O colchão quentinho... O último jantar em família...
Resta o cachorro fiel lambendo as feridas
Do seu corpo maltrapilho...

A mãe em dor se consumindo
Em veladas noites de sofrimento
Procurando desesperadamente seus erros
Em merecimento desses amargos momentos
Que rezam sua triste sina de mãe de um amado filho
Perdido nas drogas... Abraçada a culpa apontada
Como uma faca em seu coração!

O resto era o resto do nada
A morte em vida pouco a pouco
De toda uma família...


Essa era uma notícia banal de um esquecido jornal
Pelas calçadas da vida... O jovem que ainda menino
Perdera-se nos caminhos das drogas...

O cenário fétido ignorado pela hipocrisia
De uma sociedade e seus governantes
Que passam virando as costas para juventude
Que fuma e bebe comprando em qualquer esquina
Numa rodada de inocentes “amigos”!...

Pensem jovens:
Seria essa notícia que você quer ver sua
Num jornal esquecido nas ruas?
Pensem na sua amada mãezinha
Que por nove meses
Embalou-lhe no ventre sonhando
O seu futuro de felicidades...
“Amigos” existem muitos,
Mas verdadeiros amigos são jóias raras...
Que lhe oferecem amor e não drogas!

Vamos ser uma só voz
Jovens, sociedade e governantes,
Lutando contra esse mal que devora famílias
Que vicia o meu o seu o nosso filho
Indiferente a classe social...

Vamos fazer um pacto contra as violências à vida
Começando lutando juntas contra as ervas do mal...
Uma andorinha só não faz verão...

VAMOS DIZER NÃO AS DROGAS!


Em 19 de maio de 2008

MAIS UM FELIZ ANIVERSÁRIO MEU FILHO
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


A luz da maternidade me abraçou no mês de maio
A graça Divina concebida no meu ventre
Por nove meses gerados de amor!

Dia a dia passei derredor
Cuidando daquela linda sementinha
Purificada dentro de mim
Contornei de carinhos
Chorei lágrimas de emoção
De tamanho amor meu coração se extrapolou
Agigantou-se frente à possibilidade
De poder cuidar e proteger
Eu cresci mais uma vez
Asas eu ganhei
Transformei-me em mãe!

Mulher abençoada por Deus
Escolhida para gerar uma geração
Em dois filhos que contarão minha história
Em dias das mães!...

Escreveremos juntos capítulos inesquecíveis
Da nossa vida numa herança de recordações
Deixadas escritas no livro mestre da vida!...

Como um anjinho ele nasceu
Olhinhos azuis da cor do céu
Na sala de partos sussurros encantados
Ecoaram para o meu lindo bebezinho
O nome escolhido Lucas,
Para ser iluminado...
Em significado latim luminoso brilhante!

Se passaram nove anos
Desta saudade inesquecível
Que comemoro em mais um feliz aniversário
Ele traz sempre um sorriso límpido
Coraçãozinho já semeando amor
Sempre me beijando e dizendo: Te amo!

Alegrias que me fazem superar tudo...
Nos piores momentos
É sempre para eles que eu olho
E vejo o quanto eu cresci e venci minhas limitações...

Vestida de mãe
Embalei sonhos e esperanças
No meu colo afaguei e acariciei
Abraçada a minha criança
Com a felicidade
De todas as felicidades
Que eu pudesse ter
No maior presente
Que eu almejasse receber...

Só tenho agradecimentos
Neste dia abençoado
Meus pedidos ao Deus Pai
É que acompanhe seus passos
Protegendo-o contra os laços do inimigo
E as interferências do mal,
Para que ele cresça com caráter e dignidade
Respeitando o próximo como a si mesmo
Amando e sendo amado por aqueles que o cercam.

Em nome do amor de mãe
É que eu rogo e suplico em oração
Todos os dias sua felicidade
Que ela seja conquistada dia a dia
Com discernimento e sabedoria
Para que seja eterna...

Sei que somos falhos e imperfeitos,
Mas que construa um caminho melhor
De conquistas e vitórias!

Esses são alguns dos meus desejos de mãe,
Mas de todos eles a saúde vem em primeiro lugar
Para que cresça sua criança livre
Brincando e sonhando os sonhos de amanhã...

Te amo Lucas Rodrigues de Oliveira
Esses são meus desejos de feliz aniversário
Desejados e contados em poesia
Junto a um cenário de fotografias
Do teu nascimento numa singela homenagem de mãe!

Todo meu amor abraços e beijos hoje são para ti!


Em 19 de maio de 2008

CARINHOSAMENTE TIA LUCIANA
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


A luz da poesia
Acordou inspirada em você
Pessoa iluminada e especial
Agraciada com o dom de ensinar
Veste-se de professora,
Para o saber lecionar...

Suas qualidades
Estão expressas no amor que praticas
Com tamanha dedicação
Educando com carinho e sustentável leveza,
Para um futuro seus alunos conquistarem
Abraçando sonhos que idealizarem...

Este amor fundamental
Vestem-lhe de um ser especial
De adjetivos mais que merecidos
Que somados as tuas qualidades
Traçam o retrato
De um verdadeiro mestre do saber...

Porque saber é doar-se por inteiro
Aquilo que nos propomos a realizar
Com amor e respeito ao nosso semelhante...

Sua beleza
Exala um perfume suave de bem querer
Que impregna em nós sua essência inconfundível
De guerreira... Mulher, mãe e tia Luciana...

Recebe-nos sempre com um sorriso
De alegria e terna simpatia
Em braços acolhedores
Que no pega em colo de ternura
Conquistando com singela formosura...

Em sua graça indivisível
A luz da poesia se farta em elogios
Incansáveis do amor que reflete da sua alma
Derramando letras no papel
Compondo versos para lhe guardar
Eternamente na lembrança,
Para que no amanhã das nossas crianças...
Da amada tia Luciana irá se lembrar
E a saudade irá se espalhar
Como flores do seu suave perfume
Impregnado em nós...


Em 18 de maio de 2008


LUCIANA: USO O MEU DOM PARA AGRADECER TODO CARINHO QUE DEDICAS NÃO SÓ AO MEU FILHO, MAS A TODAS AS CRIANÇAS QUE ABRAÇA COM TERNO CARINHO DE PROFESSORA... A IMPORTÂNCIA DE MESTRES COM A SUA QUALIDADE SÃO FUNDAMENTAIS PARA QUE O ENSINO PÚBLICO CRESÇA E SEJA RESPEITADO CRIANDO AMIGOS DA ESCOLA, PARA JUNTOS CONSTRUÍSMOS UM FUTURO MELHOR PARA NOSSOS FILHOS...

AMADO OLHOS AZUIS
Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Olhos azuis da cor dos sonhos
Sonhos ainda meninos querendo brincar
Soltar sorrisos de inocência
E pipas pelo ar... Contemplando a infância
Que passa correndo sem pressa de chegar...

Olhos azuis de ternura
Que me torna a mais feliz das criaturas
Beijando minha face de amor
Em favos de suave doçura
E aconchego de calor!

Acordo com a felicidade do meu lado
E durmo por eles abençoado
Num beijo de dorme com Deus
Bons sonhos e te amo...
Que importa o resto
Se estas puras palavras eu mereço
E se tenho todo seu apreço...

Só posso render minha eterna dedicação
Com todo amor do meu coração!

Meu pequeno está crescendo
Mais um aniversário vai completar
Nove anos vai ganhando
Mais uma velinha soprando
Nessa folia contagiante de alegria
De balões estourando
Pipocas rebentando
De doces lambuzando
E muitos abraços te apertando...

Filho! Quero mais um feliz aniversário te desejar...

E agradecer a Deus por cada ano
Que me permite sentir essa emoção
De mais um ano te abraçar
Poder esse momento único eternizar
Nas memórias do meu coração
Que te ama com um amor maior que a razão!

Estes lindos olhos azuis
São do meu amado filho
Lucas Rodrigues de Oliveira
Nascido em dezenove de maio
De um mil novecentos e noventa e nove!


Em 17 de maio de 2008

METADE DE UMA OUTRA METADE
Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Metade em mim é essa lágrima
Na outra metade que disfarça meu sorriso
Uma alegria inconstante
Que permuta meus anseios
Explora meu coração
Ingênuo de paixão
Escrevendo sentimentalidades
Para não perder a razão!...

Metade
Que o tempo medita,
Para que a outra reflita
Essa invasão de privacidade
Que me expõe
Me deixa nua
Rasgando a roupa íntima da minha alma
Sorvendo meus segredos
Prisioneiros dos meus desejos
Guardados nos mistérios
De um olhar de quimeras...

Enxergo tudo nu a minha volta
Numa metade entranhada na outra metade
Pondo afora minhas intimidades
Num momento interessante de sensibilidades
De um estado superiormente contraditório
Dessa metade que chora
Na outra metade que sorrir
Frente aos meus desenganos...

Como palhaço
Vestido de graça
Por cima de uma couraça
Protegida de sorrisos,
Mas que por dentro
É um estado sem graça
De um macabro sorriso...

Que vela a alma
De um exaspero de lágrimas
Desgovernadas numa alegria
Simplesmente exagerada
Da minha metade de tristezas...

Ilhada nessa metade obsoleta
Que perdura em guardados sentimentos
Feitos de arcaicos momentos de uma vã ternura
Que vive abraçada numa metade de fantasia
Na outra metade sem ilusão
Na metade da minha alma
Na outra metade do meu coração!...


Em 16 de maio de 2008

DESEJO DE AMAR
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Desejo de amar
Procura meu corpo
Entranha na alma
Entrelaçando de amores...

Joga pra fora vontades
Desejos imersos em silêncios
Chama um nome ausente
Procura um rosto
Querendo acariciar corpo e alma carentes...

Sentir a pele
Em contato pleno e absoluto de prazer
Se envolver sem pressa
Porque ainda resta toda noite para amar...

Se pegar como dois amantes
Pelas escadas
Abrindo portas
Rolando e deixando rolar
Os desejos de amar
Que nos pegam atrevidos no corpo
Loucos pra se entregar...

O corpo que veste a alma
É quente
Queima
E ascende uma lareira
De desejos
Prontos para devorar e ser devorados
Até as cinzas de um fogo de paixão!...

Vontade de amar
Procura dentro de mim
Um lugar esquecido
No inverno de uma estação fria
Que já perdura numa temporada
De solidão... Vinga mais uma estação
Sem flores... As folhas do tempo caem
Abrem uma passarela que piso
Quebrando desejos reprimidos de sensações...

Por uma esquina vazia eu passo
Prisioneira de um lugar em mim
Esquecido de amar...

À noite gritando lá fora
Testemunha de amantes
Oferta uma lua gigante
Acariciada por estrelas
Envolvidas num manto cúmplice...

Sozinha roubo um olhar do infinito
Que me olha comiserado
Em inspirada compaixão
Olhares da minha alma perdidos
Em íntimas noites nuas...

Num insinuante tapete mágico
Deito... O teu poema-mor calado
Em dança dentro de mim...
Velado convite... Diamante anelado...
Solitário silêncio... Sentença...
De vida em vida... De amor!

Falado encontro se rende... A sós...
Descubro-me ainda viva
O meu... Teu último mundo...
Numa ameaça de morte por beijos
Olhares suspensos no meu corpo
Anel confesso do meu desejo de amar...


Em 16 de maio de 2008

MAIS QUE UMA MERA UTOPIA
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Ainda que eu derrame sonhos
Sobre os lençóis da alma...
Que eu pegue a linha do horizonte
Avistada sobre os montes...
Que eu vire borboleta de pólen em pólen
Saciando néctares de flores...
Que eu disfarce entre nuvens
A face oculta do meu eu...
Que eu desalinhe essa reta incerta
Que ruma a esmo sem destino do meu destino...
Que eu siga em frente numa direção oposta
A esse desencontro de ilusões...
Que eu entre por ruas e avenidas de esperança
Adormecendo sobre quimeras...
Que do infinito eu levante sóis e luas de belezas nuas
Contemplados do silêncio do firmamento...
Que eu falasse a língua dos homens
Em nome da paz...
Que eu libertasse a liberdade
Presa em meus desejos...
Que eu fizesse de tudo um nada
E de nada um tudo...
Que do meu grito ouvisse
A voz aguerrida de uma guerreira...
Que colhesse estrelas
Das paredes azuis do céu...
Que as ondas não deitassem sobre o caudaloso mar
Apenas se quebrassem em indivisível prazer...
Que esta paisagem que aqui se descortina
Enxergassem além das sombras do obscuro...
Que depois do túnel eu visse
Uma luz apontando a direção do paraíso...
Que a nossa amizade
Não dependesse de uma presença física
Porque em almas nossas afinidades
Estarão eternamente presentes...
Que o amor em seu front avistasse
Um coração em êxtase de paixão consumida...
Que eu escreva somente emoções pelas vertentes da alma
Mesmo que elas desencontrem e endureçam,
Mas que jamais percam a ternura...
Que eu faça frases e desfaça letras na mesma poesia,
Num compendio de palavras advindas do absoluto
Para que de que em que,
Eu faça mais que um poema vestido de mera utopia...


Em 14 de maio de 2008

UMA LÁGRIMA
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Que lágrima é essa que chora
Uma ausência infinita de amor
Que sofre a indiferença
De uma saudade efêmera...

Que molha minha alma
De um sorriso triste de ilusão
Respingando num olhar furtivo
Devasso de solidão...

Alvoroçada de anseios
Apenas pretendidos de alegria
De um carinho que afagasse essa carência
De um brejeiro coração
Que ainda menino
Já era louco de paixão!

Mesmo que ainda inocente de sonhos
Rasgava o infinito abrindo janelas para o céu...
Para que avistasse do alto
A face linda do amor
Desenhado nas nuvens
Num retrato cândido de ternura...

Pura inocência de um apaixonado
Em êxtase sublime de amor!

Mas essa lágrima que nascera
De uma despedida menina
De um querer contraditório
Aos meus desejos

Ganhou moradia no meu coração
Vaga dentro de mim solitária
Chorando noites de abandono
Vagando luas de fantasias
Querendo pegar a última quimera...

Que vai passar na estação solidão
Com destino a felicidade
Corro nessa direção
A liberdade batendo no rosto
De uma última esperança...

Sei que uma distância
Ainda nos separa do encontro,
Mas ela é mais forte
Que esta lágrima que teima
Querer-me mais que o amor
Que quero inteiro no meu coração
Sem interferência dessa lágrima
Que chora no peito a dor da separação...

Sei que tenho mil sorrisos
Ainda para sorrir,
Para que essa lágrima
Chore um dia somente de alegria
Pelo encontro desse louco amor
Que fora motivo de uma lágrima
Que por tempos por ele chorou...


Em 13 de maio de 2008

DEVANEIOS
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


A poesia bate no silêncio da alma
Arremessando sentimentos ao vento
Desgovernados sobre o tempo
Em temporais dissipam
Nas fronteiras do longínquo
Esquecidas no firmamento...

Em algum lugar
Quem sabe pegará
Na calda de um cometa
Riscando o infinito...
Caindo em algum lugar
Que possa alguém encontrar...

E ler quem sabe essas sentimentalidades
Que saem sem destino
Em vôos de uma alma em fuga
De um pássaro poeta
Em seu divagar...

Devaneios submersos
De sensibilidades frágeis
Disfarçados nas aparências
De um olhar abstrato
De um corpo físico... Que capta envolta
Sofrimentos da alma disfarçados
Entre paredes de ilusões...


Em 12 de maio de 2008

SONHOS DE UM POEMA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Sou um poema tolo
Vestido de ilusão
Querendo arrebatar
Meu medíocre coração
Que sonhara te amar
Um amor maior
Que estes versos
Pudessem declarar...

Das minhas mãos sentimentalistas
Rascunhos saídos da alma
De forma estranha
Tomando-me as estranhas
De um desejo fatal

Num ritual seguido
Por caminhos melodiosos
De palavras sôfregas
De intensa paixão!...

Querendo revirar o avesso
Para encontrar alguma coisa
Que viesse a te abraçar
Do abraço sonhado
Nos braços desse amor
Que pela vida me acompanhou
Sonhando te encontrar...

Mas quisera o destino
De mim te desviar,
Para que de poema em poema
Eu vivesse a te procurar...

Andarilho de versos
Percorri longínquas estradas
Entrei em curvas fechadas
Bati por vezes na desilusão
Chorei versos de emoção
Em platônicos sentimentos
Que acariciei momentos
Ao dissabor da ilusão...

Uma distância efêmera entre nós
Passou passageira do acaso
A esmo de fantasias
Despidas do meu corpo
Entregue a volúpia
De uma luxuria
Superiormente interessante
De uma música tocada
Repetidamente dentro de mim
Amor I Love You... Amor I Love You…

Numa incessante voz
Gritando de amor
Na face de um poema
Acariciado em nuas
Vontades do meu eu...

Que te explora do fundo
De m’alma numa necessidade
De coexistir em mim mesmo,
Mesmo que esse encontro perdido
Escute o som do meu coração
Nas avenidas ilhadas do meu íntimo
Louco por amor... Soltos num poema
Que sonha te encontrar em algum lugar...



Em 11 de maio de 2008

NOS VERSOS DO MEU CORPO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



O amor sopra um poema
Desnudo no meu corpo
Um caminho escrito em mim
Em silêncios de luas
Noites submersas de solidão...

A alma exposta
Envolta na pele nua...

Dentro de um lago de sentimentos
Atravesso sonhos ilhados no coração
Numa trajetória superiormente íntima
De carências minhas... Direções opostas
De um querer de amor que teima
Queimar meus segredos...

Ardentes chamas
De intensa paixão recolhida
Num verso sensual de cobiça
Provocadas em beijos
Dos teus lábios
Querendo saciar a fome da minha pele...

Entrego-me aos desejos
Implorados em tua boca
Vontades escritas com volúpia
Dedilhadas com luxúria e êxtase
Da minha alma cigana...

Que segue uma estrada insaciável de amor!...

Procuro em algum lugar
Esse poema esquecido
Que faz de mim um objeto
De meros desejos...

Num olhar atravesso quimeras
Invado a privacidade latente
Do meu corpo excitado de aventura...

Querendo flagrar
A essência derramada
Sorvidas no prazer
De um poema
Aberto em meu peito
Numa coexistência faminta
De amar além da poesia
Que escorre molhando o papel
Nos versos do meu corpo...


Em 10 de maio de 2008

RETRATO DE MÃE

Autoria de Regilene Rodrigues Neve



Sobre o móvel
Teu retrato vestido de lembranças
Passa em memória da velha infância
Abraçando recordações...

Teu olhar de mulher guerreira
Traços fortes... Sentimentos frágeis...
Coração escancarado de amor
Transpondo o envelhecido retrato
De tantas memórias inesquecíveis...

A luta dia a dia sentida
Nas necessidades da sobrevivência
A carência sempre maior que os desejos
Os sonhos esquecidos de sonhar
Com tantos filhos para criar...

O sorriso sem sorrir a última alegria
A esperança em arrimo da alma
As lágrimas passageiras
De um olhar de infinita tristeza
Nas sombras das pálpebras envelhecidas...

Os maus tratos somando as rugas da tua idade
A felicidade uma relíquia guardada
Somente na alma... As vontades
Pretendidas sem pretensão alguma...

Partes intocáveis de um acervo de fotografias...

Retrato de mãe misturado de emoção
Em comoção de toda uma vida...

Tamanha luta pela sobrevivência
Deixou-nos o dissabor numa distância
Muitas vezes intransponíveis
O amor perdido nas necessidades maiores
Mesmo sabendo existir o amor de mãe!

Mas as seqüelas inevitáveis
Coabita no íntimo de cada um
Criando uma muralha entre nós
Numa relação mesquinha de afetos
Os gestos de amor engasgados no peito
Querendo gritar todo amor de mãe
Guardado em segredo
Estranho a própria vontade...

É a dor que dói mais doida
A perda em vida
De um amor nunca declarado,
Mas sabido mais que amado...

O tempo envelhecendo entre nós
A distância ainda longínqua...
Os abraços recolhidos
Ao léu da própria vontade
O medo contido no frasco de uma mágoa
Destilando a bebida do amor vida afora...

Aprendi a imitar tua força
A sentir tua coragem
A seguir tuas lições
Um caminho sôfrego de mãe
Que avisto no velho retrato sobre o móvel...

Mas ainda não consegui romper essa barreira
Que cala entre nós todo amor concebido
Em amor de mãe! Talvez tarde demais
Ele rompa as barreiras do silêncio
E grite o verso mais lindo
Que guardei para ti em segredo
Esse amor que reparto contigo em amor de mãe!

Sei que o tempo medita entre nós
E um dia cresceremos além desta ignorância
Que nos impede de abraçar todo amor
Contido em nossos corações
Ultrapassando o velho retrato de mãe!


Em 10 de maio de 2008

MAIO EM SIGNIFICADO DE MÃE

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



O ventre guardava meu presente
Maio para mim
Era mais que dia das mães
Conceberia após noves meses
De longa expectativa...

Seria mãe novamente
Vestida de luz
Olhar brilhante de espera
Anseios de esperança
Querendo ver minha criança...

Depois de uma linda menina
Viria meu lindo menino
A emoção se soltava
Em lágrimas apontadas
Simplesmente de meras palavras
Tamanha a sensibilidade que emanava...

Seria mais um presente de Deus para mim
Concedendo-me as bênçãos
Desta infinita alegria
Que me abraçam todos os dias
Em carinho de mãe!

Ser mãe é o significado
Dos significados compreendidos
Somente quando mães
Antes não alcançamos essa dimensão
Não compreendemos os exageros de mãe...

Mas ser mãe
É algo tão sublime
Diferenciado e único
Porque ser mãe
Transforma-nos de mera pessoa
A um ser especial
Que se agiganta e cresce
Diante das fragilidades
Emocionais que nos tocam

Uma força tamanha
Estranha a nossa compreensão
Advindas do Criador
Dotado de tamanho amor
Que em nosso ventre colocou
A graça desse indivisível amor!

Diante da maternidade
Eu cresci como mulher
Amadureci como pessoa
Finquei haste no solo da vida
Plantei minha árvore
Escrevi meu livro!

Sinto-me pronta
Diante da missão de ser mãe
Aprendo com meus filhos
A melhorar o pior em mim
A torna-me alguém capaz
Diante dos infortúnios...

Por eles desfaço meus medos
Transformo o mínimo no máximo,
Para que eles possam receber o meu melhor.
Meus defeitos e imperfeições
São reflexos de uma estrada conturbada
Que não escolhi para mim,
Mas tenho aprendido com eles...
Meus erros
Faço lições para que eles desviem
Dos caminhos do mal...

Mostro que lá fora
Existem todas as coisas,
Para nos servir,
Mas nem todas as coisas
Podemos ter,
Para que não se percam
No caminho do poder!

Não sou a melhor mãe do mundo
Simplesmente tento ser mãe
Com responsabilidade pelos meus filhos
O que tenho de mais caro para lhes dar
É esse amor exagerado de mãe
Muitas vezes incompreendido
E transformado em chatices de mãe
Que serão relevados quando pais!

Sei que ser mãe é maravilhoso e é especial
Receber esse dia com o presente
De ser mãe novamente
Foi receber o maior de todos os presentes
Que eu pude pretender como mãe!


Em 10 de maio de 2008

DESTINO DE UM SONHO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Ontem deitei mais cedo
Abracei o travesseiro
Procurando qualquer sonho
Para sonhar... Mas quisera o destino me levar
Por um sonho de amar... Um amor encantado
Alargado em proporções maiores
Que as minhas limitações...

Um amor com cara de anjo
E face de felicidade
Trazia um sorriso próximo
Da alegria imensurável
De um estado de paixão
Na proporção do infinito
Porque amar é para sempre...

Um grito que grita dentro do peito
De todo jeito... Que transforma a gente
E dá formas diferentes... Faz o feio parecer bonito
E o estranho atraente... O amor dos meus sonhos
Esteve comigo frente a frente...

Tinha alma e não tinha aparência
A beleza era invisível aos olhos,
Mas chegava próxima à perfeição
Tamanha a beleza do coração!

Era gentil e sutil
Numa percepção
Que transpunha o silêncio
Comedido de voz mansa
Palavras doces
Olhar ousado
Mãos carinhosas e firmes
Numa pegada
Que deixa qualquer mulher
Literalmente apaixonada!

Era um amor menino
Gostava de brincar
Tamanha liberdade
Que corria para nos abraçar
Dois palhaços rindo o riso
De rir sem saber por quê
Apenas pelo querer de roubar
O sorriso do outro
Num estado extravasado de alegria...

Era um amor que amava simplesmente por amar...

Que somava os defeitos e as diferenças
Para engrandecer esse amor!

Nesse sonho me perdi noite adentro...

Cheguei perto do céu
Ganhei de presente uma estrela
Na expressão mais linda de amor!

Sem querer acordar
Peguei em sua mão
Invadimos a saudade
Que já teimava em te levar
Querendo me acordar,
Para uma realidade sem amor
Que nunca quis me entregar...

Pois mesmo que um mero sonho
Eu tinha para sonhar
Até que um dia eu pudesse acordar
E no teu colo me encontrar...


Em 08 de maio de 2008

PERFIL DE UMA ESCRITORA DA ALMA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Sou andarilho
Correndo estradas da alma
Em busca de sonhos perdidos
Escrevendo versos para não chorar...

Doando através das letras
Esse amor exagerado do meu coração
Feito de carências sublimado de emoção!

Que busca nelas o encontro perfeito
Feito de amizade e amor!

Nesse grito infinito de poesia
Sou tudo e nada sou
Num entendimento superior a minha compreensão...

Por vezes me perdi e me achei
Nas entrelinhas de um poema
Chorei e senti fortes emoções
Em lágrimas de alegria e tristeza
Numa comoção rascunhada da alma
Em sopro de carinhos
Que me dessem força e coragem,
Para vencer as interferências do mal
Suportando as adversidades da vida!...

Tornassem meus medos e inseguranças
Suportáveis na face sombria de um vazio...

Colhidos de desenganos e desencontros
Não existe lamentação em minhas frágeis palavras,
Mas uma guerreira que jamais fugiu a luta
Que fez de cada lição um aprendizado
Que me tornassem melhor
Do que fui e do que poderei ser...

Meu olhar carrega marcas do passado,
Mas enxerga fé e esperança
Nas pequenas coisas imperceptíveis...
Meu centro é Deus
Meu principio meio e fim.

Dele recebi inúmeras bênçãos
Que reconheço no amor
Declarado que sinto pela vida
Em agradecimentos que louvo em teu nome!
Com Ele todas as coisas são possíveis
Diante do impossível...
Sem Ele sou um fraco e oprimido
Sustentado pela ignorância de um tolo!

O tempo é o mestre que ensina
Lentamente os caminhos da sabedoria
Apressar nossos desejos e ansiedades
É colher espinhos antes de sentir
O perfume da rosa...

Minha sensibilidade
Torna-me alguém
Que faz o feio parecer bonito
E o bonito ser dono de rara beleza!

A natureza é meu palco de energias
Nelas existem dois caminhos
Que me levam para o bem e para o mal
Sou dona do meu livre-arbítrio.

Minhas escolhas
Muitas vezes erradas
Levaram-me as conseqüências
Que hoje padeço na alma...

A maior lição da vida
É o entendimento do amanhã
Quando enxerga todo seu passado...
Cobrando-te em dobro
Os passos apreçados da juventude...

Amadurecer o fruto do espírito
Sem esperar a passagem das estações
É colher intempéries para um fruto sadio...

O mal é uma semente que germina e propagasse
Se não plantarmos o bem e regá-lo todos os dias
Sem olharmos a quem...
Ele será maior que as nossas lamentações...

A felicidade é construída num caminho de justiça
Mesmo que nos olhos do próximo ela seja injusta...

Doar um gesto
É molhar o caminho ressequido,
Para que volte a germinar esperança...

Esse perfil retrata minha alma
Na fotografia de um corpo físico
Envelhecendo pelo tempo...
Talvez amanhã se encontre amarelada e esquecida
Em algum lugar... Mas sei que vou deixar um legado
Escrito para os meus filhos sobre a escrivaninha...
Para que leiam à alma de alguém
Que foi amor acima da dor!


Em 08 de maio de 2008

SINTO FALTA DE TI

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Sinto falta...
Do carinho que vinha de ti...
Do abraço me abraçando de amor!
Do sussurro baixinho da tua voz
Suspirando de emoção no meu ouvido...

Do prazer ousado dos nossos corpos
Do teu cheiro de homem inconfundível
Do calor intenso que acendia
A chama da paixão entre nós
Do aroma aprazível que emanava de ti...

Dos sonhos sonhados juntos
Do companheiro e amigo
Das almas intrínsecas
Numa aliança de desejos
Confessos um ao outro...

Dos ciúmes sem nexos
De um olhar para o lado
Roubando-me um segundo de ti...

Desse gostar gostoso
Que me alimentava de amor
Do sabor dos teus lábios
Num beijo macio
Provocando meu corpo...

Das horas medidas no tempo,
Para gritar todo esse amor!...

Do olhar de malicia
Insaciável do teu querer
Deliciando minhas curvas
Querendo me ter...

Dos segundos mágicos
Que se perdiam entre nós
Conspirando a favor
Desse louco amor!

Da saudade
Quando despedia
Do último encontro...

Das palavras que ficavam em silêncio
Na compreensão mútua de um olhar...
Do apego pego no colo dos sentimentos...
Do carinho desalinhando meus cabelos
Misturando nós dois...
Da face dedilhada nas pontas do amor!

Do cálice bebido junto
Num jantar romântico
De velas... Do som ao fundo
De flores entregues...
Do bilhete dizendo: Eu te amo!

Sinto falta de ti
Quando percebo tua ausência
Numa lágrima derramada do meu peito
Em infinitas lembranças de nós dois...

Sinto falta desse amor bonito
Escrito da alma
Confesso em versos
De um poema dedicado
A saudade traga do coração
Nesse momento de solidão
Que paira sobre as lembranças
De fotografias de nós dois
Em amor eterno...


Em 07 de maio de 2008

AO SOM DO CORAÇÃO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Ao som do coração
Silêncios de amor profuso
Batendo dentro do peito
Compondo estrofes
Para nossa canção...

A música de letra suave
Ritmos quentes
Tocam dentro da gente
Entranhando o corpo a alma
Num compasso
De dança, sensualidade e prazer...
Dentro de um mesmo querer!

Passo a passo ouve-se
O som dos nossos corpos
Colados na pele suada
De um vai e vem de amor!

A letra sensual derramada da música
Compondo notas de êxtase
Dedilhadas no corpo
Na silhueta de um piano
Estendido no leito
Tocado com ávida emoção
Ao som do coração...

O compositor entregue de paixão
Molha de amor a composição
Numa excitação frenética
De um autor por sua canção!

A nota maior
Derrama na menor
Numa melodia
De sensibilidades que as unem
Numa nota superiormente mágica!

O grito da platéia
Alucinada em gozo
Ouvido ao som do coração
Vibra no embalo da nossa canção!...


Em 07 de maio de 2008

MÃE

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Dona da poesia mais sublime
Escrita em teu nome
Versos a ti multiplicados
Em flores colhidas da alma
Em essência de puro amor!

Mãezinha
Tu és em tua forma Divina
Nosso anjo terrestre
Protetora e guardiã
Que recebestes em graça: O ventre,
Para nele conceber a vida!

Teu significado
Abre uma cortina de laços
Compreendidos em ternura...

Força imbuída de sonhos e esperança...
São os trajes que vestem o teu significar!

Mestra maior do ensinamento da vida
Exemplo de caráter e dignidade
Seiva o nosso crescimento para felicidade...
Teus braços abraçam nossa formação
Cria amplitudes para nossas conquistas
Espelhadas nas tuas lições...

Fonte inesgotável do amor
Derramado sobre nós
Em dias incansáveis da tua dedicação...
Tua palavra é o guia de sabedoria
Que nos ensina viver!

Tu és aquela que nos pega no colo
E afaga nossas lágrimas
Chora junto as nossas quedas
Cuida das nossas feridas e medos,
Para que não cresçamos na covardia
De um espírito medíocre.

Manto que cobre nosso sono
De profundo amor!...

Contigo aprendemos enfrentar
Nossas fraquezas e limitações
Com discernimento e cautela,
Para colhermos entre os espinhos
As flores que plantamos no caminho...

Mãe
Teu perfume é único e indivisível
De rara fragrância exalada do universo,
Para cair sobre nós em pétalas
Do teu imenso coração!

Teu nome tem cheiro de amor
Que gratifica o nosso existir!

O mais lindo presente
No dia das mães
Quem ganha somos nós
Que podemos chamá-la
Querida e amada mamãe!

A ti nossa gratidão é infinita
Alcança a dimensão de Deus,
Para quem oramos
E suplicamos todas as bênçãos
Em teu nome, para que vivas além vidas
Deste corpo de imperfeições
Tornando-se eterna para todo sempre!...


Em 06 de maio de 2008

SEPARAÇÃO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Seu amor ainda chama nos meus sonhos
Revira meus lençóis em procura do meu corpo
Intenso de paixão me beija
O lábio sôfrego de saudade...

As mãos cheias de carinho
O olhar perdido dentro de mim
Como se quisesse fazer o último pedido
Abraçar todo o tempo da cruel separação...

Nossos corpos se misturam
Em loucuras de amor
O sussurro grita de prazer
Num querer insano de amar...

Meu amor entranha no seu amor
Fundindo-se na dimensão de almas gêmeas
Numa declaração feita de corpo e alma
Em confesso eu te amo!

Entregamos nossos desejos
Aquele momento pleno...
Entre paredes íntimas
Cavalgamos aventuras
Percorridas em galopes
Do seu corpo dentro do meu

Dois corações descompassados
Num ritmo alucinado
Ao som do amor
Batendo a emoção
Da nossa canção
Dentro do peito
Sobre o leito esquecidos
De voltar do sono
Que me fez sonhar
De novo nosso amor!

Quisera o destino nos separar
Levar de mim o amor mais bonito
Num grito de dor
Quando teus olhos para os meus se fechou
Deixando vivo no meu corpo seu amor!

Em despedida teus lábios pronunciaram
As últimas palavras:
Eu te amo tanto... Tanto...
Abraçado em mim você partiu
Deixando um sonho profundo
De lembranças do nosso amor
Que hoje voltou no meu corpo
Para fazer amor!...


Em 04 de abril de 2008

CAMINHOS DA ALMA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Reviro sentimentos em minha alma
E mais uma vês me procuro
Saio pela porta da frente
Caminhando pelas avenidas da vida...

Um princípio de solidão me acompanha...

Contemplo estrelas
Algumas sem brilho
Outras iluminando
O silêncio da noite...

Por segundos
Atravessa um sonho em meu caminho
Pensando ser um cometa
Faço um pedido...

Meu coração pesado
Sentindo tamanha tristeza
De algo perdido...

Perco a trilha do cometa
Deixo para trás o sonho
Sigo caminhando...
Um vazio ilhado no peito
Uma ansiedade inquietante
Em dissabor profundo...

Um pingo de lua
Contemplado a distância
Parecia uma lágrima
Chorando no rosto do céu...

A nostalgia serenando
Sobre mim... Misturada àquela dor
Que persistia... Sem chance alguma
De me defender... Procurei um abrigo
Nos lençóis vazios... Para não me perder...

Sem resposta
Caminhei pela noite
Tentando reencontrar o sonho
Que por um segundo
Foi minha esperança
De um pedido secreto
Em mim adormecido...

Cansado de um caminho sem volta
Olhei derredor... Transeunte numa mesma busca...
Sem expressão de felicidade na mesma ansiedade
De um vago olhar... Andei noutros caminhos
Em fuga de uma sensação abstrata de emoção

Os mesmo rostos em minha direção
Cheguei numa rua morta sem expressão
Na conclusão de ter adormecido
Sobre o coração... De volta...
Fiz o mesmo caminho...
Entrei pela porta da frente
Sem me encontrar...


Em 03 de maio de 2008

AMOR DEMAIS

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



O amor
Esse sentimento sublime
Que sussurra dentro de nós
Que nos põe no colo da emoção
Faz carinho
Faz denguinho
Fica de mal
Pede perdão
Dá lição
E nos deixa
Sempre sem razão!

Que acontece
Sem sabermos quando aconteceu
Que surpreende
Com paixão
Que transforma solidão
Que acelera o coração!

Ah! Esse amor!
Cheio de magia
De felicidade
E de alegria!

Que quando dói
É dor profunda
Que nos destrói
Em oriunda lágrima
Que se esvai...

Chorada em tétrica ternura de amor!

Mas esse amor que nunca é demais
Na medida exata do coração
Que não nos deixa existir sem paixão
Que é próprio a todos os adjetivos
Interpretados compreendidos
Por vezes incompreendido!

Sem disfarce
Sem lógica
Sem solução
Próprio e absoluto
Dono do coração!

Que importa o resto
É amor!


Em 03 de maio de 2008

DECLARAÇÃO DE AMIZADE

Autoria de Regilene Rodrigues neves


A amizade
Será sempre uma declaração pura da minha alma
Que conservo intacta das minhas imperfeições
Sou falha sou humana,
Mas meus amigos
Amo-os incondicionalmente!

Tive uma trajetória de desenganos e adversidades...

Foi no desespero
Quando descobri amigos verdadeiros
Pessoas vestidas de anjos
Foram meu abrigo, meu amparo e minha proteção...
O pão que alimentou minha fome
O amor que vestiu meu coração!

A essa amizade serei eternamente grata
Por ela terei sempre uma declaração
Através desse dom confesso de minha alma
Colhê-las-ei de um lugar verdadeiro em mim,
Para que as sintam junto comigo
Sem disfarce nem mentiras...

Quando falar de ti
Ouviras a minha voz
Meu grito destemido
De uma amizade sem maldade
Declarada da minha liberdade!

Mesmo que estranha
Às vezes eu pareça
Em minhas razões contraditórias
De uma realidade feita de ignorâncias e egoísmos
Na alma assim as sinto
Na forma mais perfeita do meu ser!

Um lugar sem preconceitos
Sem malicias sem defeitos
Paredes íntimas que guardam meus segredos...
Lá onde as mascaras do meu eu
Não disfarçam quem eu sou
Alguém sem medo sem insegurança
Que veste a velha criança,
Para brincar contigo!

Ser essa palhaça
De olhar bobo riso sem graça
Querendo roubar seu melhor sorriso
Numa amizade plácida do sossego
Em afinidade de almas...
Algumas mesmo distantes,
Mas tão presentes como Deus
Que posso enxergar do meu coração!

Não preciso de um corpo físico
Cuja matéria fenece
Sim de almas
Que permanecem além vidas
Numa lembrança intacta...

Que reviro em busca da saudade
Viva da sua imensurável presença
Numa dimensão só permitida a alma alcançar
Nestes singelos versos que declaro em etérea poesia...

Posso esquecer de te ligar
Mandar uma carta... Um e-mail...
Por distração das contingências da vida,
Mas minha alma as manterá viva
Em profunda gratidão!


Em 02 de maio de 2008