AO SABOR DOS SENTIDOS
De Regilene Rodrigues Neves

Sinto cheiro de amor
Exalando do teu corpo
Sinto sede nos teus lábios
Querendo beber os meus...

Olho tua camisa entreaberta
Que mostra o peito arfante de desejo
E o teu perfume vermelho
Tem a cor do pecado
Que excita meus sentidos
Aguça minha boca
Querendo saciar tua sede
E provar teus beijos...

A cor do carmim é colhida
No sabor intrínseco da volúpia
Acesa de paixão responde
Entre olhares frêmitos
Diluídos na pele
Mistura de fome e sede
Causam vontades de fantasias

Que nos pegam pelos sentidos
Primeiro ouço pronuncias ousadas
Após um turbilhão de sensações
Que me devoram em porções de prazer
Matando sede e fome...

Teu tato em contato nu com o meu corpo
Penetra-me ouvindo gemidos e sussurros
Enquanto tua boca mordisca a carne
Que dilatada emerge
O suor espumante que te embriaga

O paladar experimenta a paixão
Que derrama do coração
Molhando todo corpo de desejos
Fazemos então amor devorando os sentidos
Olhares que se ouviram
E saciaram-se em tatos todos os sentimentos...

Em 31 de janeiro de 2008

LEMBRANÇAS DE AMIGOS
De Regilene Rodrigues Neves

Saudade de sentar na beira da calçada
Com os amigos tomando vinho
E rindo de bobeiras
Sem maldade alguma...

A mocidade ainda era cheia de sonhos
E planos para o futuro...

E a alegria era simples sorrisos
Rindo do nada... Apenas um olhar para o outro
Era motivo de gargalhadas...

Como é gostoso sentir estas lembranças
Que construímos caminhos afora de amizades
Sempre existirá um dia que acordaremos
Cheios de recordações...

E pegaremos aquela agenda
De páginas preenchidas de carinho...
Os bilhetes guardados entre elas...
A rosa ressequida
Feito um marcador de lembranças...
As fotografias amareladas de saudade...
Os cartões cheios de amizade...
Os namoros proibidos
Por isso, mais apimentados...
O prazer de sentir prazer
Ali registrados...

O tempo lá fora
Conspira a favor das memórias...

E lembramos
Quanta felicidade
Já sentimos em coisas simplórias,
Mas cheias de momentos únicos
Que não se mede e não se repete!...

Sem eles como poderíamos
Hoje debruçar na janela das lembranças
E rodopiar as travessuras
De aventuras da vida
Que se tornaram um tesouro
Guardado no velho baú da alma
Já cheio de poeiras envelhecidas pela idade
Que desaforada correu frente ao seu destino...

Mas esqueceu para trás seus verdadeiros valores
Que quando amadurecemos voltamos atrás
Tentando resgatar momentos perdidos...

Quem tem memórias teve uma vida
E sente esta saudade que sempre irá
Acordar-nos assim com vontade
De sentar na beira da calçada com os amigos...

Em 29 de janeiro de 2009


UM POEMA SOLITÁRIODe Regilene Rodrigues Neves

A meia noite
As sombras do silêncio
Abraçam-me em solidão
Devoro luas conto estrelas
Reviro meu avesso
Rolando dentro de mim pra lá e pra cá...

Os pensamentos
Os mais imaginários possíveis
Os sonhos guardados
Esquecidos de sonhar
Na gaveta do tempo...

Meus medos rondando
Sondam a morte
Que caminha em minha direção
Desvio dela correndo atrás da vida
Que ainda quero viver...

Apego-me a luz do infinito
Um resquício longínquo
Numa estrada distante,
Mas dentro de mim avisto
Ela me apontando o destino...

Um fio de estrelas no céu
Iluminam meu universo
Cheio de versos
Diversos no meu eu
Procuram sentimentos
Espalhados dentro de mim
Cheios de fragilidades
De ânimos inseguros
De duração transitória...

Ao mesmo tempo
Em que uma força aparente
Veste o meu corpo de guerreira
Caminhando para o front...

Alguns rascunham momentos que vivi
Outros viram apenas poesias de folhas soltas
Querendo mostrar belezas imperceptíveis
Colhidas com simplicidade
Andando descalça pelas avenidas da alma...

A solidão avassala meu corpo e minha alma
Que sem nenhum carinho
Sobrevive de amor
Algumas migalhas
Cheias de vontade
De matar a fome
De ser amada
Querendo apenas o pedaço
Que me pertence por direito,

Mas meu grande defeito
É amar de mais
As carências famintas
Em sua fome de amar
Assustam...

E somente a solidão sobrevive
Fiel companheira acaricia minha face...

Para que a noite não se prolongue
Fecho os olhos e durmo
Para que outro dia se repita
Numa rotina sem pressa...

Não sei até quando
Estes versos solitários
Irão escrever esta poesia noturna
Nos confins da minha alma...

Joguei fora meus anseios
Sem alguma pretensão
Saio do meu corpo
Em viagens cheias de amor
Para respirar o ar da vida
E sentir um pouco de ternura
Nesses copiosos versos
Que afagam meu coração!...

Em 28 de janeiro de 2009

CANÇÃO DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

O amor é aquela música
Que toca te abraçando de saudade
Te levando pelo tempo afora
Percorrendo os caminhos que outrora
Eram cheios de felicidades...

Devoram as lembranças...

No carinho roubado
Das mãos que transpiravam de emoção
Ao vibrar o coração por aquela paixão!...

A juventude sonhando
Com o príncipe encantado
O primeiro namorado
Tudo tocado na mesma canção
Que traz de volta tão forte emoção...

Os olhos choram sem sentir
Por todos aqueles amores vividos
Somando saudades infinitas
Que o tempo guardara numa canção...

A música do amor se eterniza
Para sempre sentirmos esta emoção
Que por tempos afora
Tocará numa canção
E cheio de saudade
Chorara o coração...

Em 26 de janeiro de 2009

HORAS VAZIAS
De Regilene Rodrigues Neves

Pulsa o coração dentro da alma
Desesperadamente nela me apego
Para sobreviver de sentimentos
Para sentir carinhos
Que no meu corpo
São restos de saudade...

O amor rasgado em meu íntimo
Deixa suas roupas pelo chão
Me explora procurando fantasias
Esquecidas dentro de mim...

A chama do desejo
Acende na lareira
Dos meus vícios
Crepita dentro de um frasco
Cheio de paixão...

Calado o silêncio me provoca
São gritos abafados pela solidão...

Noites vazias me percorrem
Em suaves linhas
De uma trajetória efêmera...
De um lado pro outro
Dentro de mim me perco
Caminho jaz sem direção
Sem nenhuma emoção...

Somente a carência
Resvala no meu avesso
Escorrendo sentimentos
Que de lágrima em lágrima
Choram a ausência de um amor...

Ando por uma estrada vazia
Meus sonhos esquecidos
Querendo sonhar novamente,
Mas o tempo parece não andar
Apenas o relógio da vida disparado
Meus minutos e segundos
Sem hora pra chegar...

Em 24 de janeiro de 2009



SOBRE A TAÇA O LINGERIE VERMELHO
De Regilene Rodrigues Neves

Nossos corpos misturados de amor
Se enamoram ouvindo a noite
Fazer serenata na janela aberta
Soprando o som da brisa
Dentro do quarto
Provocando arrepios de desejos...

A lareira acesa
O lingerie vermelho sobre a taça
A paixão sendo explorada
A sensação do prazer
Sentida entre os dedos
Que suavemente acariciam
A face aveludada da pele...

A mão ousada desliza
Suas vontades
Enquanto olhares
Entram pelos sentimentos...

Os lábios provam o sabor do beijo
A língua molhada
Trás o gosto do espumante
Bebido em taças de fantasias...

Brincamos noite adentro
Fui teu brinquedo preferido
Murmuramos risos
Sussurramos nossa alegria
De namorados e amantes...

O lençol amassado
Guarda nossa presença
O quarto ainda trás a mistura
Do nosso amor
O perfume entre duas essências
Masculina e feminina impregnam o ar...

A taça borbulha o resto do espumante
A marca do baton entrega minha boca
O lingerie vermelho ainda sobre ela
Confessa a minha presença

As lembranças
Me devolvem lentamente
Aquela intimidade...

Ouço o riso maroto dos teus lábios
A respiração arfante do teu peito
O olhar atravessando minha alma
Querendo possuir-me inteira...

Suspiro de amor
Enquanto a saudade me acaricia
Pela manhã... Foste embora
Para não acordar meus sonhos
Jogadas sobre meu corpo
Pétalas vermelhas
Combinando com o cenário de magia...

Em 24 de janeiro de 2009

CÁLICE DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Derramara vinho em meu corpo
Provocando uma noite de amor
Sorvera o desejo na minha pele
Enquanto entre meus seios
Se embriagava de prazer
Provando o sabor
Que emergia em meus poros...

Bebia-me querendo sugar
Em mim tuas vontades
Teus lábios molhados
Sorviam-me até a alma
Que se entregava
Cheia de sentimento...

Mordiscando-me provocavas
Gemidos do alto da vontade
De possuir-me em cada curva
Que descia causando-me febre
Ardendo-me de paixão...

Acelerava ritmos
Que compunham no meu corpo
Notas dedilhadas em puro êxtase
No violão deixava tuas marcas
Compondo uma canção de amor...

Já embriagados
O cálice bebido
Saciando teus vícios

Deixavas derramar dentro de mim teu gozo
Preenchendo-me intimamente...

Beijando meu coração
Confesso se declarava
Rendido e entregue
Ao meu corpo e minha alma

Dançávamos entrelaçados
Entranhados um ao outro
Sussurrava-me todo amor do teu corpo
Para que o meu ao ouvi-lo
Se entregasse de amor

Nessa completude
Nos amamos até o amanhecer
Ao vermos o sol nascer
Suspiramos em completa exaustão
Misturados corpo e coração
A emoção fora notas
De uma linda canção de amor
Que o cálice da noite derramou!...

Em 22 de janeiro de 2008

POESIA DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Barcos no mar
Caçadores de poesias
Navegam entre o silêncio
E o barulho das ondas...

O céu vestido de estrelas
Clareia a lua que dorme
Cheia de amor... Os sonhos dela
Se misturam ao dos poetas
Íntimos se tornam do mesmo sonho
Do mesmo amor
Da mesma procura...

A espreita o som do coração
Toca uma canção na alma
Ante a beleza da noite
Que devora magias
Nos arredores da madrugada
A procura de amor...

A solidão do desencontro
Persiste navegando
Sonhando em alto mar...

No longínquo avisto a despedida
De amantes... O beijo... O abraço...
Um princípio de inveja
Acalenta meu olhar
Que brilha misturado
Numa lágrima de tristeza e alegria
Ao mesmo tempo em que choro
Um misto de esperança sorri na minha alma...

A brisa abraça meu corpo
Querendo aquecer meus sentimentos
Como se o amor ali me tocasse...

De algum lugar
Vinha a canção
Eu sei que vou te amar
Por toda minha vida...

A certeza de um grande amor
Me amparava... Enquanto amantes
Se amavam com sofreguidão
Derruindo meu coração
Ouvindo aquela infinita canção
De amor dentro de mim...

De amor eu chorei
Feito poeta
Em sua sentimentalidade...

Atraquei meu barco
Ao cais dos sonhos...

Dos amantes me aproximei
Cheio de esperança
De tocar no amor...

Na areia ajoelhei
Desenhei meu coração
E dentro dele escrevi minha emoção
Nos versos de uma poesia
Que arremessei no mar
Deixei que lá fosse navegar
Numa noite de luar...

Em 21 de janeiro de 2009

QUEM SOU EU
De Regilene Rodrigues Neves

Quem sou eu
Se não uma inspiração Divina
Em noite de amor
Nasci para bem dizer ao mundo
Meu nome!

Sugar das províncias da minha alma
Toda sensibilidade que lá refugia
Em breve utopia
Fazendo passagem entre epopéias
Para que sobreviva além vida
Perpetuando minha existência...

Sou o meu absoluto
Na mais frágil
Dimensão do meu eu
Fecundação de um amor próprio
Porque eu me reinventei do meu nada

Fiz de mim palavras
Dedicadas ao mundo...
Nenhum silencio fora capaz
De calar o som do meu coração!

Grito versos
Das paredes do meu íntimo
Para extrair a felicidade
Cravejada em diamante
Ofuscado em opaca
Pedra bruta...

Talvez não me ouçam,
Mas sei que lêem
As minhas entrelinhas
No papel manchado de sentimentos...

Recolho minha insignificância
A um mero grão de areia
Que aos olhos de Deus
Vira um filho amado
A tal ponto que vim a existir!

Está é a minha verdade
A liberdade que sustenta
As folhas que se prendem no arvoredo...

Quando caírem deixarão um caminho
Por traz de um passado
Enxergando meu presente e meu futuro...

Esta sou eu
Um corpo e uma alma
Inesgotável de poesia!..

Sintam-me
Eu vivo e sobrevivo
De cada verso
Sou a estrofe
Cheia de amor
Que chora e que sorri.

Nenhuma tristeza
Rouba a alegria
Que me fez existir
Na junção carnal
Do amor e da poesia
Eu me propago entre átimos
E me torno êmulo da vida!

Nenhum farol
Apaga a minha luz
Porque ela é feita desta poesia
Que ilumina os confins do universo
É o verso que cai das estrelas
Sobre os sonhos
Que sonham dormindo luas
E acordando sóis
Na grande fantasia de um poeta!...

Em 21 de janeiro de 2009

PARA SEMPRE
De Regilene Rodrigues Neves

Por ventura de uma aventura
Entreguei-me ao amor
Suas carícias ousadas
No meu coração
Rasgaram as roupas íntimas
Que vestiram meu corpo até então

Para ele me entreguei
Cheia de anseios
Querendo apressar o tempo
Abraçar por inteiro
Talvez meu único momento...

Saciei suas vontades
Na tentativa vã de não perdê-lo
Cativa – uma refugiada no teu peito
Encostei minha face
Ouvindo a respiração do amor
Do meu coração

Uma prisioneira feliz eu me sentia
Quando me pegavas em teu colo
E me dedilhava com a carícia
Dos teus dedos entre meus cabelos
Meu olhar ali se perdia
Enquanto meu coração sonhava...

Suspiros de amor
Arfavam do meu peito
Preenchendo meus arredores de paixão...

Aquela aventura desmedida e sem proporção
Era toda emoção que transpirava em minhas mãos...

O amor entrou por uma porta vazia
Guardando dentro de mim seus pertences
Que para sempre ficaram espalhados
No interior de m’alma
Cheio de sentimentalidades
De uma aventura que outrora fora embora
Deixando apenas seu amor
Para sempre dentro de mim!...

Em 20 de janeiro de 2009

O BEIJO
De Regilene Rodrigues Neves

O beijo é a vontade do desejo
Que explora a carne
Provando nos lábios
O gosto da boca
Em seu hálito quente de paixão!...

Consumando o prazer
Molhado de sedução
Rendido ao querer
E ao êxtase da emoção
Que percorre a pele
Arrepiando até o coração!...

O beijo é a confissão do olhar
Rendido às fantasias
Dilatadas a bel-prazer dos desejos...

Na boca o beijo percorre todo corpo
Começa numa dança sensual
Onde línguas provam do sabor erótico do amor
Em seu estado carnal!...

O beijo é a malícia dos sentidos
Sentido nos lábios
É o sabor é o gosto é o cheiro é o beijo
Acendendo de volúpia corpo e alma!

Em 20 de janeiro de 2009

ESPERANDO A PRIMAVERA
De Regilene Rodrigues Neves

Não sei qual estação
Derruíra a essência
O que sei
É que colocaste estações entre nós
E uma linda amizade
Está esquecida no jardim...

A rosa que desabrochou
Exalando perfume em nós
Está lá fora no tempo
Esperando a primavera
Para que volte a exalar
Sua fragrância inconfundível...

Devolvendo a beleza
Que a colheu cheia de carinho
Oferecendo-a num lindo ramalhete
De amizade!

Dentro de mim ela se impregnou
Por toda vida
Mesmo ressequida
As lembranças a molham pela manhã
Quando coloco adubo de amor na saudade...

Espero olhando pela janela da minha alma
O dia que ela voltara a florescer desse pesar...

Que os espinhos que possam ter ferido
Os dedos que a contornaram com leveza
Sejam cuidados por um jardineiro fiel
Que ama cuidar das flores
Para que seu jardim seja avistado
Sobre o tempo das estações
Que ressecam a beleza dos jardins
Sabendo que de primaveras sobrevivem
Para serem colhidas
E oferecidas para grandes amigos!

Em 18 de janeiro de 2009

FANTASIAS SOBRE A RELVA
De Regilene Rodrigues Neves

Sigo o vulto das sombras
Deitadas no ocaso...

Longitudes esgotam-se no horizonte escarlate...

Nos arredores a paixão estendida
Em febre de corpos acasalados
Amantes que se amam desesperadamente...

Sem nenhuma lucidez
Corpos misturados...
O suor derramando entre pêlos
Molhados de desejos...

A voz rouca do amor
Sussurrando ao pé do ouvido
Provocando o prazer
Que dilata emergindo
Murmúrios ofegantes...

Apenas o silêncio
Ouve as estocadas...
Gemidos cravejados na carne
Sentindo o êxtase
Em profana volúpia
Arranhando a pele
Toda arrepiada de amor...

O som do infinito
Ouve os gritos
Em ritmos de idas e vindas
De corpos acelerados...

Encaixando o côncavo e o convexo
Provocando delírios...

O gozo escorre no lençol verdejante
Amantes estendidos na relva
Sentem o beijo da noite
Na face do luar
Que fora dormir cheio de fantasias...

Em 14 de janeiro de 2009


AMOR SEM FIM
por Regilene Rodrigues Neves

A poesia de amor que leste nos meus olhos
Outrora esteve escrita no meu coração
Sonhando rimas em teu nome
Teus versos acariciaram meu corpo
Esperando entrares pela janela da minha alma
Para leres minha declaração de amor!...

Dos meus dedos
Saíram as caricias
Que dedilharam o teu corpo
Escrevendo-te todo meu desejo
Que suspirei em sonhos teus
Despidos de fantasias...

Ainda restam as marcas dos dedos
Que passearam em mim
Cheias de sentimentalidades...

A saudade ainda escreve dentro de mim
E as lembranças cheias de capítulos
Sopram fábulas encantadas
De uma fada cheia de amor
Que enchera de magia meu coração...

A poesia apenas responde ao teu silencio
Contraditória as minhas vontades
Ela ousa a me falar do teu amor
Em suas estrofes copiosas...

Por vezes melodiosas
Em caudaloso mar derramam
Navegando em suas ondas
Que oscila entre o aqui e o infinito
Soltando o grito calado dentro de mim
Para que um dia pudesse ler nos meus olhos
Todo amor sem fim
Escrito dentro de mim!...

Em 13 de janeiro de 2009


FLORES DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

Acorrentei flores em minhas mãos
Feri-me nos espinhos da essência
Senti entre o perfume e a dor
A fragrância algoz do amor
Que me aprisionou no cheiro forte
Desse sentimento cheio de pétalas de paixão!...

Mas mesmo assim entre elas senti
Suavemente seu perfume
Impregnado na minha pele
Em sua face aveludada
Despi meus sonhos e fantasias
Entreguei meu corpo
Devotei minha alma a sua ilusão...

Experimentei a leveza do seu toque mágico
A pegada do seu desejo
O hálito dos seus labios...

Amei incondicionalmente
Em sua forma superiormente interessante
Cuja formula não tem regras
E o coração é um frasco inesgotável
Derramando seu perfume...

Colhi flores acorrentadas em minhas mãos
Querendo extrair o furor da minha alma
Até esgotar o ópio que jaz no meu corpo
Sangrando nas feridas dos espinhos
Que feriu de amor meu coração!...

Nestas flores acorrentadas em minhas mãos
A beleza da paixão dizimou minhas dores
E a fascinação delas causou-me êxtase
Virando o frasco que pingou
Na minha pele a pura essência do amor...

Para que pudesse eternamente sentir
Seu perfume no meu corpo
Mesmo que nestas flores
Acorrentadas em minhas mãos...

Em 13 de janeiro de 2009

OS SONHOS
por Regilene Rodrigues Neves

O sol sonha no horizonte
Camuflado de energias
Enquanto transeuntes
Trafegam pelas avenidas da vida
Feitos caçadores de sonhos
Vivendo de fantasias...

Ondas positivas se propagam
Inflamadas no calor do rei
No céu no ar na terra
Arredores dos confins dilatam
Acendendo corpos
Que em chamas exalam seus desejos...

Sonhos cobiçados
Se levantam nas têmporas do infinito...

Sobre quimeras a ermo do destino
Preces erguidas em devaneios...
A face do oeste se vira para o norte
Enquanto o ocidente já se despediu do ocaso...

A lua sorrateira vem vindo
Abrindo caminhos
Também quer sonhar suas ilusões...

Devota da noite
Ela fecha as cortinas do universo
Para que as estrelas derredor
Iluminem os mesmos sonhos
Que durante o dia
Aqueceram-se na luz do sol...

No mesmo abraço se entrelaçam
Para que a mesma energia transcenda
Entre os viciados de sonhos...

O ato satisfaz o absoluto
Em sua plenitude
O cósmico continuará sonhando
Por toda eternidade...

Em 11 de janeiro de 2009

DO FRASCO DO MEU CORPO
por Regilene Rodrigues Neves

Absorvo minha sensibilidade
Esquecida pelos caminhos da alma
Derramam do frasco do meu corpo
Na forma da poesia sentida
Nos arredores de mim...

Sem nenhuma pretensão
Elas foram caindo de estação em estação
No verão chuvas de lágrimas
Molharam minha emoção
No inverno um cobertor frio
Cobriu de neve meu coração
No outono minhas folhas caíram ao chão
Esperando que a primavera
Florescessem os meus dias
Perfumando-me de paixão!...

Cada poesia fez seu rastro no tempo
A esmo sem direção
Partiram dos vãos dos meus dedos
Viraram fábulas nas esquinas de algum coração
Sem nenhum segredo nem objeção...

Escorreram minhas intimidades
Pelo papel em branco
Nas entrelinhas os versos de uma alma
Carente e frágil de mulher
Que em algum lugar do passado
Extraiu ópio do seu frasco de ilusão...

Os sonhos dormiram ao luar
Sobre serenatas de estrelas
Que a poesia fez para o mundo...

Versos de magia
Evocaram o infinito
Ouvindo vozes de amor do silêncio
Gritando para o universo
Odes afins de um amor sem fim
Que pelos confins da terra
Exalou sua inesgotável essência
Do papel que transpirou
Melodiosos versos pelo universo...

Em 09 de janeiro de 2009

SEMENTES DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

Plantei sementes de amor
No vaso do coração
Reguei com flores
E palavras perfumadas
Para colher uma linda declaração em teu nome
Entregues na rua da alma
Por um jardineiro fiel...

O amor devoto
Dilatado de um poema
Molhado de paixão
Exalou essências pelo ar
Numa fragrância suave de ternura

Que envolveu todo o corpo
Feito de magia e sedução
Derramei nele meus versos
Em rimas roucas
De estrofes pretensiosas
Querendo imprimir em sua pele
O cheiro do meu sentimento
Confesso nessas paredes
Tão íntimas do meu coração

Que te plantou de superioridades
Para que chegasses às alturas
E pelos arredores uma legião
Escutassem a declaração
De um louco que plantou
No coração sementes de amor!...

Pretendendo que seu amado
As vissem pelos jardins do infinito
E se rendesse de paixão...

Somente um poeta insano e louco
Plantaria sementes de sentimentalidades
Para florescer amores num terreno baldio
De terras cultivas sem nenhuma produção,
Mas um amor louco cheio de obsessão
Irá nascer e impregnar por toda região
Seu aroma adocicado
De um amor plantado com fiel devoção!

Em 09 de janeiro de 2009

ÊXTASE DE UMA NOITE
por Regilene Rodrigues Neves

Precipícios de luas
Covas de amor abertas
Estrelas jogadas no meio das fantasias
Átimos soltos ao vento
O tempo caminhando nas avenidas
Entre o passado e o presente
Esperando o futuro chegar...

Sonhos algozes deleites
Em ópios derramados
Na face do olhar...

Em fascínio cósmico
A dimensão do imensurável
Cai sobre a terra...

Suas gotas de crepúsculo evaporam no nada
O absoluto desmaia no longínquo...

A face do sol
Beija o rosto da lua
O dia deita
Para que a noite nua
Abrace a dimensão do universo...

O amor exala seu perfume
Para que os amantes respirem
O cheiro das fantasias
Sobre lençóis brancos de paz
Desvirginando utopias
Ao som do coração...

Acaricia o corpo da noite
Suas curvas perigosas
Insinuando desejos
Despem a sedução
Em sua atração fatal...

Sopros de emoção
Encostam-se aos lábios
Querendo beijar a ternura
O amor se enamora
O coração devora a felicidade...

A liberdade corre descalça dentro do peito
Maravilhado de amor!...

Dorme noite
Para que o teu espetáculo
Seja contemplado
E o amor seja saciado
Em teu corpo em êxtase...

Em 08 de janeiro de 2009

FELICIDADE
por Regilene Rodrigues Neves

Felicidade são coisas simplesmente simples
Como no meio do nada encontrar alegrias perdidas
Num sorriso de esperança!...

Abraçar a vida porque se sente viva
Mesmo no meio de um turbilhão de emoções...

É sentir cada vibração positiva que conspira ao seu favor
Quando milhões de negativas persistem em lhe derrubar
Saber que com a sua força pode dizimá-las
Que depende do que constrói dentro de você!

Não se prenda nas suas amarguras
Deixe o perdão serenar seus caminhos...

A sua força interior é a sua arma contra os seus inimigos
E a indiferença é uma das armas mais poderosas que existe
Contra eles não precisa de palavras fala por si só.

Conquistar a felicidade
Não é ter um milhão de bens materiais,
Mas ter as coisas mais simples
Que lhe faz feliz
Como um sorriso de alegria dentro de si mesma.

Não existe felicidade se você não a constrói dentro de si!

Sentir a ternura de um abraço
O gesto de um amigo
No meio da saudade...
Um olhar enamorado
Um sorriso encantado
São felicidades únicas e de graça.

Respirar a vida
Ao acordar sentindo
O calor e as vibrações Divinas
Conspirando ao seu favor
É também felicidade!

Milhões de felicidades nos circundam todos os dias
E somos indiferentes a elas,
Porque estamos buscando uma que talvez
Só exista nas nossas fantasias...

Perdemos anos da nossa vida correndo atrás dela
Quando um dia percebemos
Que ela esteve todos os dias dentro de nós
E a nossa volta...


No amor dos nossos pais
No sorriso do nosso filho
Na saúde e até mesmo nas tristezas
Porque são elas que nos ensinam a sermos felizes!

Felicidade é ter um estado de espírito
Em paz consigo mesmo
Ela está no seu caráter e no seu respeito pelo próximo
E no seu amor próprio
Quem não se ama não é feliz
E não corresponde a felicidade.

Segure nas mãos da sua felicidade
Não deixe que ela fuja de você
Porque acha que ela está lá fora
Ela é simplesmente a sua grandeza interior
Construa há no seu dia a dia
Com muito amor pela vida
Está é a verdadeira e maior FELICIDADE!

Em 08 de janeiro de 2009


EPOPÉIA DE UM CAVALEIRO CEIFADOR
por Regilene Rodrigues Neves

A vida em seu etéreo combate
Convida o guerreiro a lutar
Fenecerá em teu cajado
O algoz que derruiu sua lágrima no front...

Posto que o mago cavaleiro
No comando da batalha
Feriu a ferida que por – morte
Sangrou a vida...

A alma em seu refugio
Viu a eternidade nas sombras do seu jugo
Ainda que a vida respirasse no mestre
Os vivos espreitaram sua glória
Na intercessão do grande ato...

A seara madura
Avista o ceifador
Na direção do vale
As guerras cessaram
A terra preservou os rios o ar e o mar...

Saciaste tua fome
Das batalhas por – vida
Sustentaste o aflorar suave
De uma epopéia com a morte
Na refutação do oponente
Em leve epílogo...

O grande vício de uma ode
Escreveste na lápide
Com teu nome...
A alma te confortara
Enquanto teu silencio
Proliferam mundos...

Esta é a sentença
Que define o mago
A sagrada escultura esculpida
Na Madeira
Invocando o anjo
Que em suas asas alçou vôos etéreos
Por encontros de almas
Repousando o dragão em sua epopéia...

Guardou seus silêncios
Na insurreição
Das suas chagas
Alentou-se no ventre da mãe vida
Dizimou o cajado no peito
E com um exército
Seu fadário conquistou
Vencidos êmulos
Vislumbrastes a luz
De uma epopéia com a morte!

Em 07 de janeiro de 2009

Estimado amigo Roberto Oliveira um poema para abraçar este dia especial
E para desejar um Feliz Aniversário!


COMEMORE É SEU ANIVERSÁRIO
por Regilene Rodrigues Neves

Acorda vem comemorar
O milagre do seu nascimento
Tem um lindo dia lhe esperando lá fora
A vida se renova para você
Nesta data especial
Com muita alegria arredor
Queremos celebrar a vida através de você
Desejar Feliz Aniversário
Abraça-la apertado
E falar do nosso amor!

Dizer o quanto você é importante em nossas vidas
Como filha como amiga como companheira
Que nos doa através do seu sorriso
Alegrias indivisíveis
Nos momentos que não se repetem...

O seu nascimento
Foi esperado não só por nós,
Mas também por Deus
Ele lhe escolheu entre milhões
Por confiar em você
Seu grande amor!

Queremos festejar com você
Esse momento único
Que irá somar bem querer por toda sua vida
Para que nos momentos de saudade
Sinta-nos ao seu lado
Fortalecendo seus caminhos...

Talvez sinta um misto de tristeza nesse dia,
Mas espante-a com felicidade e amor
Porque é mais um milagre de Deus que acontece
E ela se renderá a pessoa cheia de vida que é você!

O seu primeiro sorriso
Preencheu a vida de alegria
E cada um fortalece as tristezas
Que possam intervir
Dissipando-as do seu dia a dia...
Não esqueça que a sua alegria
É importante para nós
Fomos cativados por ela
Quando estamos ao seu lado
É a sua graça que nos contagia...

Você tem uma alma linda
Que nos toca por sua força e coragem
De uma brava guerreira
Brasileira que não desiste nunca!

Sonhe e acredite nos teus sonhos
Que eles serão como flores na primavera
Exalando para a vida esperança,
Para que no amanhã
Sejam colhidos fartura
De conquistas e realizações!...

Parabéns por você existir Mayara
Te amamos e queremos lhe desejar Feliz Aniversário!!!

Em 07 de janeiro de 2009

INCÓGNITAS DE UM DESEJO
por Regilene Rodrigues Neves

Queria entender
Porque mexe assim comigo
Acendendo as fantasias do meu corpo...

Teu olhar sem dizer nada
Queima na minha pele
Não dá pra disfarçar
Quando meus lábios molham
E o desejo nos explora...

Uma intimidade
Revela nossos segredos
E tuas palavras conduzem as minhas
Por caminhos de pura aventura...

Despimos a fantasia
Jogando suas roupas ao chão
Teu corpo nu olhando o meu
Provoca arrepios...

Enquanto teus olhos devoram meus seios
Teus lábios sugam o desejo do meu corpo
Entrego-te a fêmea
Que feito loba sacia tua vontade
De fazer amor comigo...

Invade minha privacidade
Parte de mim reage com timidez
Enquanto a outra se entrega sem pudor...

Quero-te
Com todo tesão
Que aflora do meu corpo
Sinto-te meu macho
Rendido à sensualidade
Explorada em minha sedução...

Minha língua devora teus fetiches
Presos numa fita de luxúria
Enquanto te arranho
Assanhando o felino
Preso a minha cama...

Solto teus gemidos
Que gritam ao roçar da minha pele
Quente no teu corpo
Sinto teu hálito me devorando
O suor emergindo dos teus poros
Deslizo em ti
Já sem resistir ao contato íntimo entre nós
Que implora pela entrega cúmplice
Desvendando toda magia
Envolvida em nossos corpos
Numa noite de mútuo desejo...

Em 06 de janeiro de 2009

DESEJO
por Regilene Rodrigues Neves

Que pena que apenas o desejo
Sussurrou nos nossos corpos
E nossas almas afins
Não falou de amor...

Apenas ficou em seu silêncio
Guardado no peito
Enquanto mudos fizemos amor
Somente o desejo falou por nós...

Fomos amantes
Dividimos fantasias
Partilhamos segredos
Trocamos desejos...

Mas o amor contraditório
Em nossos corpos
Se declarou...

Nossos lábios
Silenciados por – beijos
Se deleitou de prazer
E a voz que ia falar de amor
Em nossas bocas se calou...

Ficamos assim por toda noite
Meu olhar preso no teu
E minha boca colada na tua
Murmúrios íntimos
Entre pernas e braços
E o amor nas paredes do coração confesso
Gritando o amor inconfesso...

Quis falar de amor,
Mas tuas mãos silenciaram
Qualquer pronuncia dos meus lábios
Quando meu corpo acariciou
Cheias de vontade me possuir

Ainda que o amor resistisse
Meu corpo se entregara aos caprichos da luxúria
E as palavras que diriam eu te amo!

Apenas suspiraram de desejo...

Em 06 de janeiro de 2009



MULTIDÃO DE AMORES
por Regilene Rodrigues Neves

Sou uma multidão de amores
Porque amo incondicionalmente
Cada um dentro de mim...

Sem amar minha estrada
Não teria um destino a cumprir
E essa solidão não seria preenchida de lembranças
E a saudade seria apenas uma ausência comum
Tornando-me um corpo sem passado
Cuja alma sem fantasia
Sofreria a esmo do seu nada.

Mas de amores eu vivi
Porque de amor em amor
Eu aprendi que não existo sem amar!

Amei tanto
Que hoje minhas lembranças
São colhidas como flores
Entregues ao ser amado
Numa declaração eterna - Eu te amo!

O perfume que na minha pele eles deixaram
Exalam dentro de mim fragrâncias
Que nas paredes do meu íntimo
Alentam meu coração...

Suas quimeras efêmeras eu sonhei
Disfarçada entre dama da noite
Princesa e rainha...

Vivi a fada encantada
Por um grande amor!

Ao mesmo tempo
Que a amante existiu
Para completar a donzela...

O amor no seu resto de lembranças
Deixa um rastro no caminho do futuro
Seu cheiro ainda está impregnado em mim
Exalando poesias ao vento
Cheias de versos para não chorar
Sonhos perdidos devorando rimas
No meu pássaro poeta
Sonhando eternamente amar
Esse amor que vive para sempre em mim
Soprando o fôlego da vida
Nessa alma perdida de amor...

Em 05 de janeiro de 2008

PAISAGEM DE LEMBRANÇAS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

Sinto cheiro de rosas
Debruçadas na janela
Perfumando arredores de mim
Pétalas caídas alado
Exalam essência de amores
Derruídos no outono...

A rota do destino
Esvoaçando a rotina
Do tempo lá fora
Repousando segredos
Na direção do horizonte
Seus mistérios tremulam na face do front...

O sol levanta sua memória escarlate
Acordando a manhã
Sonhos ainda escorrem
Orvalhando as folhas do jardim...

O tempo é quente
Na estação seca do verão
Uma estiagem de sentimentos
Aquecem minha alma
Acendem chamas que se inflamam...

Paixões esquecidas
Afogueiam minha pele
O desejo amanhece
Acariciando meu corpo

Meu olhar alcança a relva
E as lembranças de amor
Estão lá impregnadas de saudade
Estendidas num manto verde de esperança...

Percorro o caminho
Cheio de recordações
Chegam ao portão
Onde partiram minhas ilusões...

Do outro lado à estrada segue
Encontra-se com o infinito
Olho maravilhado o cenário bonito
Repousando minhas lembranças...

A lágrima da saudade é inevitável na memória
Escorrem até encontrar meu olhar preso na distância...

A separação deixou bens indivisíveis
Como as rosas plantadas no parapeito da janela
Exalando seu perfume de lembranças dentro de mim...

O vaso da saudade derrama águas límpidas
E as lembranças impregnadas
Devoram o tempo revirando a manhã
De uma paisagem inesquecível de amor!...

Em 05 de janeiro de 2008


AMOR VIVO EM MEU CORPO
por Regilene Rodrigues Neves

Sinto o desejo do amor
Vibrando no meu íntimo
Acariciar-me em silêncio
Dilatando m’alma
Extraindo meu ópio
Que jaz dormindo em meu peito
Em remanso sonhos...

Por vezes ainda ouço
Sua batida acelerada
E sua voz seduzindo meu corpo
Que corresponde com frêmitos
De insanos desejos...

O lábio ressequido
Molha ao sentir o beijo
Guardado na boca
Querendo sentir o sabor
De um hálito quente
Permitindo o desejo entrar e me tocar
Numa troca íntima de carícias
Que acende a mulher calada na vertente
De um coração solitário...

A madrugada me espera lá fora
A noite suspira ventos uivantes nos morros
Numa dança com lobos
Seduzindo fantasias que dormiram
Em seu vazio de quimeras...

Rebentam ondas no mar
Entre a distância e o presente...
Em seu longínquo contemplo
Esse momento ávido no meu corpo
Querendo explorar meus desejos
Que num átimo seduziu-me em volátil
Vôo noturno de amor...

Em 04 de janeiro de 2009

AMADA PELA POESIA DO AMOR DEVOTO
por Regilene Rodrigues Neves

O vinho sangrando na pele
Sorvendo desejos
Bebidos com paixão...
Meu corpo amado
Por uma poesia
Que derrama da minha alma
Em meu corpo saciando-te dentro de mim!

A estrofe acariciando minha solidão...

Os versos em teu louvor
São rascunhos soltos de lembranças
Guardadas num frasco de saudades...

O cálice do prazer
É o amor que te devoto
Em sacrilégio pecado
Da minha carne exposta ao sexo
Fazendo aventuras de amor no meu corpo...

Suspiro meus segredos
Abraço meus mistérios
Para te seduzir...

Com a minha voraz paixão
Te releio várias vezes...

Me resta a poesia
Ao som do coração
Dilatada em volátil sonho...

Beijo o lábio do amor
Para despir minhas fantasias
Rasgo minha intimidade na pele
Para sentir o suor emergir dos nossos poros
Derramando volúpia entre os lençóis brancos de cetim
Cubro o poema por - amor que dilacera do meu peito
Enquanto tua boca suga meu seio
E tua língua deixa teu hálito quente
Em marcas profanas de carícia
Da tua poesia... Retrato transparente da saudade
Escorre nas paredes do meu íntimo
Meu coração molhado entrelaçado no teu
Inflamando meus desejos de ti...

Meu homem
Descrito em verso a reverso do destino
Cativa meus sentimentos prisioneiros de um poema
Que respondem uma incógnita de amor...

Lavando minha alma
Banhando meu corpo
Eu te devoro feito amante
Meu amor!... Apenas esta poesia
Ainda sem titulo
Sabe de nós...

Sente quando penetras
Minha imaginação
E rouba este poema de mim...

Confessa de paixão
A minha emoção entregue nas entrelinhas
Faz amor em teu nome
E um poema extravasa
Teu gozo cálido dentro de mim!...

Em 02 de janeiro de 2009

FELIZ ANO NOVO
por Regilene Rodrigues Neves

No palco da meia noite
Um balé de fogos
Dançaram no altar dos céus
A janela da esperança
Abriu-se para entrar o ano novo
Que começa soltando rojões
De alegria na terra...

Abraços de felicidade
Olhares iluminados
Querendo enxergar seu destino
Anseiam saúde amor paz e prosperidade
Entre os homens de Fé...

Desejos jogados ao léu se misturam
Entrelaçando-se no imensurável...
A órbita dos planetas circunda
Confraternizando a magia derredor do universo
O beijo estrelado da noite
Sonha na face transeunte da humanidade...

O ano novo entra sorrateiro
Fazendo rastro no horizonte...
Seguiremos seus passos
Ainda que soltos na areia do tempo
Para fazermos um alicerce seguro no futuro...

Taças tilintam brindando fantasias
O amor está no ar
Querendo apertar as mãos da paz
Um feliz ano novo sorri para o próximo

O ano velho esquece suas intempéries no passado...

Expurgamos nossos sentimentos
Para colhermos fraternidade
Num feliz dois mil e nove!

Em 02 de janeiro de 2009