SONHOS ACORDADOS
por Regilene Rodrigues Neves

Os sonhos acordam
Espreguiçando esperança na manhã
Uma luz entra pela fresta da alma
Que deixou entreaberta a janela do futuro
Para que o ontem em seu passado
Não perdesse a expectativa de um novo dia!...

Existe sempre uma promessa
No caminho em frente
Novos horizontes esperam
Aquele que não se curva no poente...

Lá fora o outono amadurece suas folhas
Que irão cair sobre a terra
Adubando o tempo
De estação em estação
Colheremos sonhos plantados no deserto
Porque entre as pedras também nascem flores!

Acreditar é tornar possível no amanhã
O que no ontem pareceu impossível.

Ultrapassar as barreiras
É tornar o medo menor
Que a capacidade
De confiar em si próprio.

O sol nasce para todos,
Mas só ilumina aqueles
Que deixam entrar a luz
Do amor no coração!

A paz é o desejo da alma
Que pratica o bem sem olhar a quem!

Colha a alegria de um sorriso para o próximo
A felicidade é um gesto de bem querer
Que doamos para receber flores!

O espetáculo da vida
Nasce todos os dias
Para acordar os sonhos
Que sonharam toda a noite
Sobre o absoluto do universo!...

Uma nova aurora
Sempre virá depois de um crepúsculo
Para realizar os sonhos
Que sonharam acordados...

Em 28 de maio de 2009

SONHOS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

Sonhos dormem no infinito
A noite repousa entre a lua e as estrelas
O amor sonda a saudade
Rodopia a felicidade
Que dança sobre quimeras...

Fantasias despem o luar
Desejos provocavam volúpias
E a noite faz amor
Em êxtase de luxuria...

Na janela aberta para o céu
Devaneios debruçados
No parapeito dos sonhos
À magia da noite em velada poesia
Embriaga-se de utopia...

Rastros de luz seguem a escuridão
E o silêncio sussurra para o coração
Um poema de amor!

No leito do universo
Amantes dormem acasalados
Em chama etérea
Epopéias abstratas vagam
Cheias de sentimentos...

Emoções escorrem suas lembranças de afeto...

Um átimo abraça o peito cheio de carências
Navega a alma solta no firmamento
Onde um sonho dorme com o seu amor...

Em 25 de maio de 2009


FOLHAS DE OUTONO
por Regilene Rodrigues Neves

Eu sou a folha que cai do outono
E o vento leva para o amanhã
Procurando meu destino...

Eu sou a liberdade
Que nela plaina sobre o tempo
Muitas vezes eu sou vento
Que leva os sonhos de mim...

Minha direção
Lá fora corre sem pressa de chegar
Corro para algum lugar
Onde eu possa pousar...

Sei que minhas folhas
Pelo caminho vão ficar
Vão amadurecer e secar
E até se quebrar,
Meus pedaços pelo chão
Vão se espalhar
E a minha estação vai passar

Tão logo chegue o inverno
Ao passado vou retornar
Numa lembrança do outono
Minhas folhas vão amarelar...

Primaveras vão chegar
E novas folhas minhas espalhar
Para que eu possa retornar
E o meu destino continuar a procurar...

Em 24 de maio de 2009

SONHOS PERFUMADOS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves

O perfume da rosa vermelha
Cheira sonhos de nós dois...
O amor exala sua fragrância
Violada de paixão
Impregna minha pele de devaneios...

Respiro sentimentos
Teu cheiro penetra meus poros
E eu cheia de amor suspiro!...

Viajo num sonho acordado de felicidade...

Despida minha lealdade te entrego
Minha emoção grita
Ao compasso do som da tua voz
Soprando sentimentalidades dentro de mim!

Alço voos de alegria
Teu olhar minha pele arrepia
Viro fantasias de um amor
Etéreo entre nós dois...

Corro descalça na direção do vento
A liberdade vem atrás cheia de poesia
Soprando versos para o destino
Te imagino num pensamento quase insano
Gritando te amo... te amo... te amo...

Preciso desse cheiro de amor
Que a rosa vermelha exalou pra mim
Quero-te assim numa essência de paixão
Que derrama sonhos dentro de mim...

Sentindo-te em cada pétala que toco
E me provoca sonhos perfumados de amor...

Em 24 de maio de 2009

UMA HISTÓRIA DE AMOR DE MÃE E FILHA
por Regilene Rodrigues Neves

O nosso poema
Está todo esse tempo no meu peito
Às vezes cheio de amor
Outras vezes cheio de mágoas
Numa barreira muitas vezes intransponível
De um lado meus sentimentos presos
No teu lado cheio de orgulho
Enchendo-me de incertezas e medos

Quantas vezes sonhei com o teu colo
Numa lembrança da minha infância
Voltei lá no teu ventre para me abrigar
Quis recomeçar concertar
Esse caminho dilacerado de dores
Que nos separou... Carências minhas
Multiplicaram-se num amor
Misturado de pai e mãe!

Cresci alimentando sonhos
Perfeitos de nós duas
Alimentei nosso amor
De mãe e filha
Fiz de ti meu espelho
Refletindo garra força e coragem
Para que eu também pudesse vencer...
Sobrevivi quando a vida
Parecia se esvair de mim
Queria continuar acertar nossas diferenças
Para um dia cheia de amor te abraçar

Meu amor ficou frágil e sensível
Ganhei asas de poeta para voar
Além desse lugar que me impediu de te abraçar...

Trago o beijo na tua face
Nos meus lábios,
Mas ainda trago meus medos da infância
Um dia sem querer rejeitou o meu abraço
Naquela criança ele cresceu em forma de abandono
Nunca mais fui à mesma menina
Que apenas procurava carinho de mãe...

Sei que não teve culpa
Apenas eu que guardei sentimentos...

Mas hoje eu cresci
E a maternidade me ensinou algumas coisas
Que antes não assimilava
Então eu te perdoei
E no peito te carreguei
Num poema de mãe!

Não me tornei a filha dos teus sonhos
Perdi-me nas minhas carências
Deixei que elas tomassem proporções
Maiores que a razão
Vivi para meu coração abandonado
Tentei preenche-lo de amor de pai e mãe
Num outro amor que me arrancasse essa dor,
Mas fracassei por não ser substituível...

Cometi tantos erros que agora sei entender
Dentro de mim ainda mora
Uma criança amedrontada
Que por vezes chora de carência
O amor virou para mim um precipício
Onde cai e não consigo voltar
Tenho medo de amar

Porque o amor para mim
Não teve alicerce
Construí meus castelos na areia
Procurei um príncipe
Que nunca existiu
Sonhei fantasias que nunca abracei
Muitas vezes quis tomar posse
Do que nunca foi meu
Por necessidade de amar e ser amada

Sofro o medo
De ter passado para os meus filhos
Minha frustração
E continuar uma amarga geração...

Mãe
Peço-te perdão por me sentir assim
Tenho-te como um exemplo de mãe
Apesar desse sentimento de culpa
Que me afasta de ti
Para mim é uma guerreira
Que no seu campo de batalha
Teve que matar seus leões
E ainda sobreviver para os teus filhos!

Meu amor
Talvez fique entalado em vida,
Mas sempre será um poema lindo de Mãe!

Te amo e te amarei para todo o sempre...

Em 22 de maio de 2009




PALAVRAS DE SAUDADE
por Regilene Rodrigues Neves

Outono
Ainda caem suas folhas dentro de mim
Sentimentos recolhem o tempo
E o vento sopra uma poesia
Que sussurra versos de saudade...

O passado respinga
Uma lágrima por você
Palavras de amor
Tentam recompor
O lugar vazio que você deixou...

No mesmo lugar
Tudo ali esta
Para lhe lembrar
Tento me apegar
Ao resquício da sua presença
Para que a dor não seja maior
Que o tamanho do meu amor!

Porque esta despedida?...

Ainda tinha tantos abraços
Dentro dos meus braços
Esperando o seu beijo
Aquecer o meu rosto
Com o calor do seu corpo...

Ah! Sua ausência
É um grito abafado de saudade
Que perturba o meu sonho
Trazendo de volta recordações...

Todas as lembranças
São detalhes que se juntam
Você respira do meu lado,
Mas quando lhe toco
Apenas a euforia
De lhe imaginar
Vem numa dor me calar
Tento desesperadamente pegar
O que sobrou de nós dois...

Aqui tudo é tristeza
Em cada canto
Sua voz sussurra
Dizendo que me ama...

A paisagem
Tem uma beleza em preto e branco...

As folhas do outono
Esperam outra estação
Sei que o frio
Vai abrigar no meu coração
Por algum tempo
Vivendo nesta comoção
Do nosso amor

Outrora a saudade virá
De algum lugar lhe lembrar
Detalhes esquecidos
Vão me abraçar
Para eternamente
Entrelaçar nossos sentimentos
E o nosso amor renascer em outro amor...

Em 22 de maio de 2009

DATA QUERIDA
por Regilene Rodrigues Neves

Pequeno anjo
Você chegou à minha vida
De uma forma iluminada
O maior presente
Que uma mãe pode ganhar
O maior sonho que ela pode
Conquistar e realizar!

De alegria e esperança
Você encheu os meus caminhos
É a luz e a estrela que veio me guiar
Só posso lhe amar... lhe amar e lhe amar
Nesse dia especial que é seu aniversário
Onde abro o livro das lembranças...

O exame positivo
Você no meu ventre
Sendo gerado
Com amor e indivisíveis sentimentos
Emoções sustentaram os meus dias
São momentos de intensas alegrias...

Hoje você completa dez anos
Meu pequeno Lucas
Queria poder realizar
Todos os seus sonhos
E lhe proteger eternamente
Com minhas asas de mãe,
Mas sei das minhas limitações
Que não alcançam todos os meus desejos...

Trago minha fé
Elevada ao Deus Altíssimo
E rogo e suplico que Ele lhe ampare
Com seu amor de Pai
E lhe proteja nessa estrada
De sonhos e conquistas
Que você tem pela frente...

Meu amor por você: Meu filho!
É infinito...
Vai por onde você for
Ele lhe cobre protege e ampara
Nas alegrias e nas tristezas
Porque é amor de mãe
Amor único e verdadeiro
Não tem bens que pague
Esse amor entre nós!

Não tenho riquezas materiais para lhe oferecer,
Mas posso lhe guiar por um caminho reto
Na felicidade simples das pequenas coisas
Advindas do amor e da humildade...

Que as lições:
Ensinam-lhe o discernimento e a sabedoria
Para que o seu sucesso
Tenha sabores e glorias do seu caráter!

FELIZ ANIVERSÁRIO LUCAS!!!

Em 19 de maio de 2009


SAUDADE IN MEMORIAM
(VICTOR PIRES NEVES)
por Regilene Rodrigues Neves

Saudade
Dor aflita na alma
Que traz culpas e medos
Dos sentimentos

Tantas palavras que quiseram
Significar alguns conselhos,
Mas que agora diante da perda
Ficaram tão banais
Remoendo somente a dor
Num amparo de melancolia!...

Lembranças tuas
Renasce a segundas-feiras
Numa estrada solitária
Longe de nós...

Ainda ouço o violão
E a sua canção na despedida...
Quantas segundas ainda virão
Para recolher nossa tristeza
E deixar somente
Paz nas tuas lembranças?...

Segue teu sono
Liberto das nossas imperfeições
Voe como anjo
Nas asas de um menino
Que aqui amou e foi amado!

Ainda não aprendemos a dizer adeus...

Perdoe-nos por sentir tanto tua ausência
Por confundir nossos sentimentos
Na incompreensão do que
Por Deus foi compreendido!

Ensina-nos o amor
Que pela ventura dos caminhos
Deixamos de partilhar em laços de família...
Sabemos te amar sempre e eternamente
Numa reflexão que nos faz repensar
Nossos conceitos da vida e da morte!

Questionamos nossos erros
Perguntamos por quê?
A resposta é uma lição
Que haveremos de aprender
Para entender os desígnios de Deus!...

Talvez ainda esteja sobrevoando
Pelos teus caminhos
Rompendo os limites do teu corpo
Ganhando liberdade
Em direção do infinito
Numa outra visão quem sabe?

Fazendo-nos entender
A grandiosidade da vida
Que aqui não conseguimos dimensionar
Pelos valores da matéria!

Alça teu voo de anjo grande pássaro
Leva o nosso amor
E deixe-nos o perdão por nossas fraquezas!

Resta-nos a gratidão e a alegria
De ter vivido e aprendido contigo!

Em 18 de maio de 2009

VIDA EM POESIA
por Regilene Rodrigues Neves

A vida em sua sede
Bebe cálices de sonhos
Embriaga-se do dia e da noite
Para colher fantasias
Na face do horizonte...

A esperança faz seu caminho
Na estrada do infinito
Átimos dormem no firmamento
Sentimentos aleatórios
Amores transeuntes
Quimeras de ilusão se apegam
Na epopéia do silêncio...

Bebo a vida
Em copos de anseios
Tentando saciar
Minha sede de viver,

Viver o meu tudo e o meu nada
Para não esquecer minha origem
De aprendiz do meu eu
Alguém que anda lá fora
Sorrindo e chorando por dentro!

Sou uma poesia
Que conta sua história
De derrotas e glorias
Pelas alíneas dos sentimentos
Um pássaro que alça vôos do coração
Um ninho de amor
Onde abrigo minha emoção.

Quantas alegrias
Quantas lágrimas
De encontros e desencontros...

Sobre o papel
Meus dedos deslizam
Acariciando toda uma vida
Entrelinhas que vivi
De desejos e inspirações...

Quão ávidas foram minhas aspirações
Que cheguei a transcender meus limites
Voei no alto mais alto de uma poesia
Porque nela a vida me sorria
Seu sorriso de felicidade

Quantas verdades em versos
Guardados em relíquias da minha vida
Legado de lembranças minhas
Para que a saudade não sofra
A minha ausência
Porque estarei viva em versos
Em cada lembrança de um poema meu!

Em 14 de maio de 2009





POEMA EM ALTO MAR
por Regilene Rodrigues Neves

Um poema de amor
No meu íntimo
Sente desejos
Ouve a saudade
Navegar em seu oceano de lembranças...

Suspiros intercalados de volúpia
Sussurros de promessas de amor
Escuta as ondas me levarem
Dentro de um frasco
Cheio de sentimentalidades...

A deriva meu destino em silêncio
Viaja em sua nau de sonhos...

Sentimentos em lugares desertos
Somente a alma ali esteve em pensamento
Escrevendo sua poesia em fábulas...

A fantasia despida
Toda nua mostra o leito do mar
Odes ancoradas no cais
Versos líricos escorrem ópio na areia
O amor suspenso em sua epopéia itinerante
Segue levando lembranças dentro do peito...

Encontrei ilhas
Prisioneiros sentimentos
Deitados em sonhos...

A lua volátil companheira solitária
Derredor de estrelas iluminadas
De mistérios... segredos guardados ali
Inspirando poetas transeuntes...

Rascunhos... de poema em poema...
Um verso de felicidade
Uma estrofe de saudade...

Soprei ao léu minha liberdade
Abracei intimidades
Deitei meu pensamento no colo do vento
O amor de algum lugar soprou outra poesia
Que beijei na face do tempo...

Em 12 de maio de 2009

MÃE
por: Regilene Rodrigues Neves


Mãe
Ventre
Concepção
Vida
Multiplicação!

Mãe
Colo
Afago
Proteção
Mãe simplesmente coração
Porque mãe é amor!

Não tem medida
Nem regras que a definem
Suas palavras
São sempre gestos de grandeza
Tamanha sua realeza
Majestade em pura beleza de mãe!

Expressar o teu significado
É dar adjetivos e qualidades de uma mulher
Multiplicada em uma.
Tua faceta é um diamante lapidado
No mais caro e mais raro dos sentimentos
Porque mãe és uma jóia
Que nos adorna de puro amor!

És a própria flor
De um perfume único
Tua essência está impregnada em nós
Em fragrância indivisível...

Tua alma é uma árvore frondosa
Onde abriga filhos que nela pousam
Para sonhar sonhos infinitos de mãe...

Teu retrato é um coração
Em resumido sentimento de mãe.
Mãe que pede com a razão
E manda com a emoção!

Se fere nos espinhos,
Para que peguemos somente a rosa!

Tua magnitude advém de Deus
Que como benção ganhou o ventre
Para gerar uma geração
Herança hereditária de genes
Homens e mulheres.

Mãe o nosso amor
Não morrerá jamais
Porque nem a vida e nem morte
Desfaz esse laço de ternura entre nós!

Para todas as mães
Feliz dia das mães!

Em 09 de maio de 2009

ESSA PONTE CHAMA-SE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Para atravessarmos a ponte
Entre eu e você
Antes é preciso construí-la
Jogar fora os excessos
De ressentimentos e orgulho.
Colocar amor
Em cada revestimento
Solidificar a base,
Para que ela suporte
As interferências do inimigo
Que quer somente nos separar...

O amor
É mais forte que o aço
Podemos mais que um mero metal
Podemos derreter todo esse mal
Que nos impede de atravessar a ponte
Entre a amizade e o amor!

Somos uma grande família
Cuja genética nos aproxima
Pela hereditariedade de Deus!

A maior felicidade
Está na sabedoria
E sermos todos irmãos
Compreender um no outro
O que não fora compreendido
Pelos nossos pais!

A nossa lição
É aprender com a vida
O que ela nos ensina
Nas alegrias e nas tristezas.

Acordar e respirar a vida
É algo tão maior
Que emociona
Porque é sentimento
O que existe dentro de nós!

Olhar ao lado
Amar beijar e abraçar o próximo
Com certeza nos realiza.

Se você não ultrapassa a ponte
Impede-se de conhecer o outro lado
Do outro lado é a felicidade
Que você ignora
Se você nunca esteve lá
Impediu-se de ser feliz!

Esta muitas vezes é a razão
Do seu vazio e da sua tristeza
Talvez se amasse mais
Abraçasse mais
Beijasse mais
Venceria seus medos
E a ponte que nos separou
Hoje seria um caminho longo de amor
Que nos faria crescermos
E conhecer a verdadeira felicidade!

Porque a felicidade é simplesmente
O amor que você constrói todos os dias!

Em 07 de maio de 2009




IN MEMORIAM

V entos sopraram naquela tarde que
I nfinito tornou os meus caminhos...
C ada minuto dos meus dias
T estemunharam momentos de alegrias...
O ntem ainda estava aqui
R indo para minha felicidade

P edaços vividos com intensidade
I deais e sonhos da minha liberdade!...
R eal fora a vida que aqui partilhei
E com amor abracei
S onhei... Ah! Como sonhei...

N as certezas e incertezas dos meus medos
E ncontrei um “maluco beleza”
V elado em sentimentos etéreos
E no cenário mágico da vida contracenei com a morte
S úbita da minha eternidade... De mim sobraram saudades!...

+ 04.05.2009

DESPEDIDA – IN MEMORIAM (VICTOR PIRES NEVES)
De Regilene Rodrigues Neves

Olho em volta
A noite é uma poesia
Que pede ao violão
Para tocar sua preferida canção: Maluco beleza
Fazendo-nos cantar e chorar ali de emoção
Com tamanha tristeza...

Mãos de mãe
Sobre o seu peito
Ouvem o seu coração
Inerte ao relento
De uma brutal separação...

Quisera a vida em despedida
Fazer-nos reviver seus últimos momentos
Sentir juntos suas alegrias
Conquistas que a sua juventude
Abraçaram ao mesmo tempo...

Tempo que já ouve a saudade
Como um triste lamento
De um pai desolado
No seu olhar sôfrego de despedida...

As lembranças revivem
Um filme seu...
Trazem para nós o dia que você nasceu
Pequeno anjo
De cabelos encaracolados de doce menino
Sorriso maroto de um lindo garoto travesso!

Ah! Meu menino
Que dor é essa
Que no coração de mãe é tão profunda
Que sussurra: “Nunca vamos te abandonar” filho
Querendo nesta frase perpetuar sua vida
Em dor incontida...

Um sorriso triste de melancolia
Sopra o adeus e para Deus
Entrego-lhe filho meu
Estaremos juntos nos seus caminhos além
Seguiremos seus passos
Pelo amor incondicional que nos uniu
Pai mãe irmão
Uma família eterna de coração para coração!

Quisera a vida de nós lhe ceifar
Para esse jazigo triste
Onde somente uma lápide fria
Escrevem o seu nome e o seu nascimento
Junto à data de despedida...
Mas a certeza eterna do nosso amor
Aquecem suas memórias dentro da saudade etérea...

A despedida hoje canta para você
Amado Vitinho
Com certeza você foi aqui
Um grande Maluco beleza!

Em 05 de maio de 2009


DEDICO ESSE POEMA IN MEMORIAM DO MEU AMADO SOBRINHO
CARINHOSAMENTE VITINHO (VICTOR PIRES NEVES)!