SERENATA DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Sentei num topo de emoções
Erguidas da alma
Sentimentos absorvidos
Numa prece de amor
Louvados na oratória
De um cântico romântico
Cantado em poesia para o coração
O peito em sintonia
Ouve a canção copiosa dos sentimentos...

Tocados no corpo de desejo
Pressente nos lábios o beijo
Que agoniza na boca
Em louca vontade
De sentir seu gosto de fantasia
Que por vezes percorre
Na complexa alegria de amar!...

Ouço a alma cheia de utopia
Cantarolando versos
Balbuciando estrofes cheias de metáforas
Declamando sonhos...

O amor confesso em silêncio
Rima sua ode melancólica
Um cálice metódico embevecido
Ao som coração
Que ouve ritmos
No vento... na liberdade...na felicidade... no tempo
E na emoção pura de um orgasmo
Do corpo por seu amor!...

Volúpias arremessadas do íntimo
Se misturam em pele e poros
Latejam frêmitos por todo o corpo
A sedução do amor percorre
As curvas abandonadas e puídas de saudade...

Sem alarde o verso derrama seu ópio
Já adormecido na primeira pessoa
Seus adjetivos sobrevivem em odes
Qualidades que se prendem em sonhos
Ainda teus num vocabulário próprio
Escrito pela alma que se entrega
Ao pensamento interior que o explora
Para tocar uma música romântica
Ouvida todos os dias
Feito serenata tocada do violão
Ao pé da janela do coração!...

Em 29 de março de 2009

MAGIA DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

O sonho lá distante
Se aproxima da praia
Escreve na areia
O nome do amor

O coração contornado
Desenha sentimentos...
O mar devora as ondas
A paisagem navega...

Avista um barco em alto mar
Jogo um lençol ao sol
Meus pés dentro d’água flutuam
Na direção do horizonte...

Sobre mim
A sombra de um coqueiro se levanta
Abanando o calor da primavera...
Rodopio caminhando na areia
Meus rastros ficam para trás
Demarcando um território de sentimentos...

Sinto vontade de voar
Viro pássaro no ar
Sobrevoando a moldura da liberdade...

Metade de mim sonha
Na metade imaginária
De uma poesia...

As nuvens parecem me entender
Desenham você
Um rosto abstrato da memória
Vira saudade...

A alma invade cenas de nós dois
O amor suspira arredor
Seu hálito me aquece de paixão
Sinto ilusão de quimeras
Fantasio nos dois ali
Correndo na areia
Alheia em fuga da realidade
Abraço minha felicidade!...

Por um momento
Sinto um alento
Na paisagem

A brisa do amor
Arrepia a pele
Um átimo conspira a favor...

Por trás da lembrança
Uma flor sopra pétalas ao vento
Cai do céu feito chuva de primavera
Gotas coloridas me cercam
De perfume de sonho
Acordo com cheiro de amor no meu corpo
Ainda sinto aroma de fantasias
Navegando no mar
Senti poesia a flutuar em mim
E o amor a me abraçar cheio de magia...

Em 27 de março de 2009

O POEMA LÊ SIDNEY CAETANO FILHO
De Regilene Rodrigues Neves

Segui tua alma
Liberdade de expressão
Falando
Sem nenhuma pretensão de ser poesia
Quero ser ouvido
Ouvir uma multidão
Quem sabe ouço a minha voz...

Esmo “sou”
Um alquimista do amor
Sou uma palavra no centro do deserto
Na cabeça de um homem sem bússola
E todo o seu contorno
Uma direção a ser tomada...

Da janela de Clara
Ao instinto poético de Lu
Olhares libidinosos...

No verso deixo escrito
Nos reconheci junto aos outros
Achei melhor ir embora
Cuide bem dos nossos valores
Última chamada!

Quem perdeu o trem da história por querer?

Quem sabe foi mais um covarde
A se esconder diante de um novo mundo
Escreveu o poeta Beto Guedes
Gosto disso.

Faço mil interrogações????????
Quão pequeno sou?
Como me sinto tão grande?
Será saudade do berço da mãe?
De seu colo de seus cheiros
De suas formas e tons
Mãe!

Viajar em mim
Flutuei bem acima do que eu sou
Fui então mais alto
Tive medo,
Mas continuei...

Achei me ascender ao topo
De onde jamais cheguei
Pude perceber com nitidez
Os pés de todo o mundo
Estava então a caminho do céu?

Percebi então vultos
Bem acima de aonde cheguei
Ainda muito distante de alcançá-los
Então parei.

Razão
O tropeço numa vírgula
Colocada no texto em que caminho...

Mas não dá pra pensar
São todas de puro instinto.

Respostas
A filosofia vive
Com ou sem rimas.

Tão pouco
Grito para ouvir.
É de graça
Puro amor
Felicidade
Aroma
Lágrimas
Surto
Zeroglota!

Em 27 de março de 2009

Poema inspirado no blog do meu amigo ZEROGLOTA:

http://zeroglota.blogspot.com

LAMENTO DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Ah! Amor
Desliza dentro de mim
Seu carinho
Escorre tua seiva de sentimentos
Para que eu me cure
Dessa carência tua...

Saio caminhando pela rua
Minha alma nua
Solta do meu corpo
Procura-te num novelo de lã
Trançado num manto
Para aquecer meu coração
Vazio na solidão!

Cubra-me nesse inverno
Que me expõe sem amor
A um corpo sem carinho
Sinto frio sem ti...

Bato na porta do tempo
Lá fora a neve trinca minha alma
Que vaga a esmo sem destino
Desatino a chorar meu pranto...

A brisa fria de um lamento
Percorre-me num alento de solidão
Sobra amor no meu coração,
Mas que fazer com tamanha desilusão?

Ah! Amor por que te sinto
Maior que a mim
Que não consigo respirar
Sem te tocar tão íntimo
Que se estreita dentro do peito
Não aceito esse jeito
Solitário de amar
Quero te encontrar
Que seja aqui ou em outro lugar
Quero te tocar

Desenhar tua face
Numa moldura dentro de mim
Na parede do meu coração
Colar-te para sempre e ver que ali está
Só para eternamente te amar!...

Em 27 de março de 2009

ORAÇÃO AO PAI
De Regilene Rodrigues Neves

Amado Pai Celestial
Só o Senhor tem o poder
De entrar nas nossas almas
E operar milagre nas nossas feridas
Curando nossos males.

Peço-te com a minha alma
Tua cura a todas as minhas dores
Do espírito e da matéria
Que me fragilizam em sofrimentos,
Para que eu possa todos os dias
Olhar para fora
Ver e sentir os milagres da vida
Que através do vosso amor
Estão estendidos num manto sagrado
Operando e nos fortalecendo...

Que minha imperfeição
Se liberte da ignorância
Do orgulho e da matéria
Para que eu possa enxergar
Quantas felicidades eu trago comigo,
Mas que meus olhos de cobiça
Cegam-me enxergando somente a direção
Da infelicidade que me causo
Com minhas próprias mãos
Seguindo somente os caminhos que me convém

Com isto gero meus infortúnios
E minhas maledicências...

Oh! Amoroso Pai
Curvo-me diante de ti
Com humildade e respeito a vossa grandeza
Peço também pelos meus filhos
Minha família e nossos irmãos
Perdoa-nos em nossas fraquezas que são muitas
Sei que nossa língua é um castigo
Que amaldiçoa nossos comportamentos
Em blasfêmias em vosso nome
Brincando com a palavra sagrada
Porque o pecado torna natural tal maldade
Sem que percebamos o mal
Que nos cerca nessa conduta.

Perdoa-me Senhor
Pelos meus erros
Que ao criá-los os pensei ser naturais,
Mas as conseqüências têm sido fatais
O preço do livre-arbítrio
Pesa nos ombros e a dor flagela meu espírito
Atormenta meus dias de agonia e solidão
Meu vazio cada dia mais vazio
É uma faca apontada no meu peito,

Mas diante de ti Senhor
Que enxerga minha alma
Peço perdão com o coração
A toda minha ingratidão!

Sei que vosso amor
Vêem-nos além das nossas limitações
E animosidades desperdiçados em flagelos
Por nós causados.

Conforte-me Senhor
Nesse momento que rogo
E suplico vosso perdão!

Em 27 de março de 2009

MINHA PRIMEIRA POESIA
De Regilene Rodrigues Neves

Um dia você chegou à minha vida
Foi minha professora de português
Ainda lembro daquela aula de poesia
Que ensinara na sala de aula
Eu ali escondida na minha timidez
Desconhecia uma alma que dali surgiria
E se vestiria de poesia!

Aquela aula entrou em mim
Sem que eu percebesse sua leveza
Sutilmente foi preenchendo meus arredores...

De lirismo e encantamento me vesti
Viajei naquele aprendizado
Fascinada deixei-me levar
Até a aula acabar
E para casa uma poesia ficar...

Sem entender as entrelinhas daquele momento
Pus-me a escrever noutro dia
A que seria minha primeira poesia
Que de mim sairia em plena alegria
Quis compreender a magia daquele dia
Da minha alma uma poesia nascia...

Chegou à aula daquela matéria
Cheia de timidez dei para minha colega ler
De espanto ela tomou
Das minhas mãos ela arrancou
E para professora mostrou
Que me olhou desconfiada e perguntou
Foi você mesmo que escreveu?
E logo leu...

De olhar cabisbaixo confirmei.
Naquela hora me emocionei
Porque elogios lhe arranquei
Coração disparado
Olhar arregalado
E o papel tremendo em minhas mãos
Ela me pos para ler a lição
Naquela hora não achei o meu chão...

Foi desse dia então
Que entendi minha missão
Escrever poesia com o coração
E passar da alma minha emoção!

DEDICO ESTE POEMA
A TI QUERIDA PROFESSORA ONI
QUE NO SEU DOM DE ENSINAR ME FEZ AQUI ESTAR
E ESTE POEMA TE DEDICAR EM ENTERNA GRATIDÃO
COM TODO AMOR DO MEU CORAÇÃO!

POEMA DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Percorro teu corpo de amor
Meus dedos sentem tua boca
Contorno teus lábios... Sinto paixão...
Deslizo até chegar ao coração
Sobram sentimentos em teu peito

Nosso amor se mistura
Alma e pele
Carícias me devoram
Tuas mãos me exploram
Juntos nos amamos em sintonia
Temos mania de amar
Se entregar sem hora em qualquer lugar

Colocar em primeiro lugar nosso amor
Calor de chama intensa
Que nos aquece num torpor de emoções

Vibrações intrínsecas nos arremessam
Por um mar de volúpias
Beija minha alma
Mordisca minha orelha
Sussurra dentro de mim teu amor
Para que o meu te devore
Em fome de saciar-te de prazer
Do meu corpo a te querer!

Quero em minhas mãos ter você
Rendido à poesia do meu corpo
Que da alma grita amor!

Arranque versos do meu peito
Até escorrer amor dos meus seios
Para que teus lábios provem
Um poema cheio de sedução
Derramando desejos do meu coração!...


Em 26 de março de 2009
UM AMOR QUE É TEU
De Regilene Rodrigues Neves

Sem ti
Metade de mim é vazio
É ausência que dói
É saudade que me corrói
É falta de estar perto
De misturar o cheiro
De um jeito moleque brejeiro.

É um carinho de mãe e filha
Que não se mede
Que não se repete.

Sem ti me falta o chão
Fico sem um pedaço do coração
Falta um abraço de emoção!

Sei que a cada dia que passa
Meu amor se agiganta
Vira uma manta
A cobrir teu sono
Porque nunca te abandono!

Tenho-te um amor
Maior que o impossível
Porque torno possível
Amar-te mais que a dor
Que a tua ausência me trás
Sem ti me sinto pequena e incapaz,
Mas corro atrás para te dar minha paz!

Te amo com meu jeito de mãe
De amiga de partilha,
Para que todo meu amor seja teu
Indivisível e inteiro
Eterno e companheiro!...

Nenhuma distância será longe
Para te ter perto de mim
Porque tua morada no meu coração
Está aqui numa presença etérea...

Minhas orações
É de amor de mãe
Que troca a vida pela tua
Não imagino felicidade sem ti
Porque simplesmente te amo filha!

Em 24 de março de 2009

PARA MINHA FILHA DOCE MAYARA

















PERFUME DE POESIA
De Regilene Rodrigues Neves

Derramei um frasco de poesia
Nas páginas da alma
Senti perfume de amor
E cheiro de fantasia...

A saudade exalou dentro do dia...

A pele impregnada de lembranças
Sentiu uma forte essência de carinho
Que pelo corpo foi absorvendo
O cheiro exótico
De sexos misturados entre lençóis...

O amor rolando pra lá e pra cá
Estocando idas e vindas
Dentro de mim...

Possuindo em frêmitos
Meus desejos de um beijo
Entre a lacuna
Entreaberta da minha boca
Esperando tua língua afrodisíaca
Excitante apetite sexual do meu corpo
Dentro do teu
Dominado de sedução
Magia e emoção...

Quanta paixão
Pude sentir nesse momento de utopia
Complexo de alegria e poesia...

Fui lendo-te
Páginas viradas de um conto
Quase uma fábula de amor
Escritas no meu corpo...

O coração em versos
Nas pontas dos dedos
Sentindo a vibração da alma
Deslizando suavemente

Os lábios quentes
Explorando as alíneas
De estrofe em estrofes poéticas
Sussurrando gemidos de amor!...

Atirastes minhas roupas ao chão
Nua minha pele sobre a tua...

Grita a voz do coração
É amor é paixão misturada na razão
Que importa se mais uma ilusão
Quero sentir esta emoção
Que abraça corpo e alma – coração!
Que seja mais uma poesia
Da minha imaginação!...

Em 24 de março de 2009



A ESPERAR O TEU AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

A esperar o teu amor
Colho sorrisos dos lábios.
Beijos guardados na boca
Numa espera louca dos teus
Para consumir minha fome de amar-te
Na totalidade do meu corpo.

A esperar o teu amor
Sonho um sonho único e verdadeiro
Completo e inteiro dentro de mim...

A esperar o teu amor
Vivo a magia
De todas as fantasias
Em pensamentos...
Minha imaginação viaja
E a emoção mais pura
Provoca meus delírios...

A esperar o teu amor
Brilhos de estrelas
São confetes de luz
Que iluminam nossos caminhos
A estrada do horizonte me leva
A direção do encontro aponta
Na breve distância da separação
Que nos aproxima...

A esperar o teu amor
Lá em algum lugar
Vou te encontrar
Ando devagar
Porque já tive pressa
E só consegui me machucar...

A esperar o teu amor
Minha espera é mansa
Como o tempo que te espera
Entre a face do dia
E o colo da noite
Além da eternidade...

Quando chegares pelo futuro
Será o meu presente etéreo
Chegastes para a vida inteira meu amor!

Em 24 de março de 2009

FRASCO DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Escrevo com a fúria da alma
Rasgo roupas do meu íntimo
E deixo nu: meu corpo.
Exploro-me de amor e paixão
Sentimentos se misturam na minha imagem...

Sem nenhuma expressão
Um rosto bruto
Coração lapidado
Pela vida
Quem sabe uma jóia
Adornada brilhe
Reluza o que minha aparência ofuscou...

Sou o que nada sou
Sou a pena na dimensão de um pássaro
Sou um verso em recôndito âmago
Sou papel em branco entre entrelinhas...

Sou ópio que gota por gota
Derrama de um frasco cheio...
Na pele deixo minha essência
Impregnada de sentimentos
Tenho cheiro de poesia
Exalo pele e poros
Sexo e afeto...

Sou o que era pra ser amor,
Mas o prazo se expirou
E apenas poesia inspirou...

O cálice derramou
A rosa ferida
No espinho se machucou
A pele rasgou
E o coração sangrou
O sangue jorrou
Na proporção de uma poesia
Uma jóia e uma flor!

Sou o que sobrou
Um frasco ainda cheio de amor...

Em 23 de março de 2009

LÁGRIMAS DE UM POEMA DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Você fez sangrar meus sentimentos
Iludiu-me de amor
Fez carinho no meu coração
Tocou-me de emoção
Arrancou toda poesia do meu peito
Feito romântico me pôs a sonhar
Sonhos de ilusões...

Acreditar que amar
Seria mais que um poema a te declarar...

A noite chora
E uma lágrima rola
Viram gotas de chuva lá fora...

Dentro de mim
O chão molhado
As paredes úmidas
A dor vazia
Dentro de uma angústia de amor
Que insiste a doer
Sem mais nem por que
O coração sofre por você!...

Não era pra ser amor...
Triste... Nem uma amizade ficou
Tudo você levou...

Só minha alma
Guarda lembranças
E por vezes a saudade me perturba...

Olho pra fora
Avisto a tempestade
Que cai das nuvens negras
Encosto-me nas sombras escuras de uma poesia
Que chora sobras de alguns sentimentos...

Quando penso em você me sinto só
Sei que não voltarás pra mim
Somente essa lágrima
Persiste no meu ego rejeitado
Que nem se quer teve chance
De provar desse amor
Que você me levou...

O que me restou
Somente um dia chuvoso
Para se misturar nas minhas lágrimas
Cheias de poesia de um dia triste
Que escreve dentro de mim outra desilusão,
Mas coração de poeta é assim
Um dia bom outro ruim
No coração um poema chora por mim...

Em 23 de março de 2009


CODINOME POESIA
De Regilene Rodrigues Neves

Com os mestres aprendo o que é poesia
E com alma escrevo os sentimentos
De minha frágil sensibilidade
Nada sou se não esse aprendiz sem técnicas
Que se aventura a escrever sentimentalidades

Apenas acompanho esta alma que insiste
A dominar meus pensamentos e emoções
Numa viagem espiritual
Que muitas vezes nunca vivi,
Mas estão ali presentes dentro de mim
Como uma imagem que vejo e sinto...

Sem normas e regras
Dei nome de poesia e forma de poema
A esse amontoado de sentimentos
Que capto e guardo pela vida
De forma única e minha.

Tenho medo de ousar
E me chamar de poeta
Meus conhecimentos
Não alcançam tal liberdade...

Sou apenas uma aventureira da alma
Minha ortografia se perde no meio da gramática
E me confunde nas suas colocações...

Mas estrofes vão ganhando formas
Nas minhas fábulas reais e irreais
E epopéias vão exalando
Toda essência da minha pele!...

São sentimentos poéticos
Esgotados do meu frasco.
Um coração cheio de vida
Pulsa dentro de mim
Sonha e tem esperança!
Sem nenhuma pretensão
Escrevo porque me faz bem
Sem querer me envaidecer para outrem
Apenas partilho minha alma
Uma ave que voa e sobrevoa mundos
E dos estímulos escrevo o que dou codinome Poesia!...

Em 18 de março de 2009

POEMA PARA ALMA
De Regilene Rodrigues Neves

A noite acende as estrelas do universo
Um verso andante verseja
Derredor da lua cheio de utopia
Rima mar e poesia
E a estrofe vazia se enche de alegria
Remando para um outro dia...

De verso em verso
Eu proponho outro encontro
Em algum lugar do presente
Que seja enfrente ao mar
Vou deixar me levar...

Que o amor que está de fora
Venha pra dentro
Para que o coração mude de lar
E o que era ímpar vire par
Na conjugação amar...

O coração cruzou o mar
O distante ficou logo aqui
Bem perto do horizonte
Posso nesse sentimento tocar
E ele pode me abraçar
E nessa fonte me banhar...

O coração
Muda de lado
Está do outro lado atracado
Esperando o amor desembarcar!...

A força da distância nos aproxima
Pelo poder da saudade
E a brisa da liberdade
Causa arrepios de felicidade...

Que o meu olhar não se prenda mais
Em quem não me quer
O amor que vale a pena
Dá-me o direito de ser imperfeito
Sou humana sou assim:
Minhas completudes e incompletudes
Virtudes e limites...

A minha face
Não é um rosto qualquer
A minha aparência é feita de alma
Não é pra qualquer um
Que se aventura em laços de mentira
A procura de imagens de belezas vazias...

Sou um frasco cheio
Minha essência cola na alma
E o meu perfume fica na pele
Absorvendo todo íntimo!

Vou para o mar navegar
Poetar sob estrelas e te esperar...

Em 16 de março de 2009

PARA UMA POESIA
De Regilene Rodrigues Neves

Jaz no papel em branco, entrelinhas,
Aquelas que são testemunhas
Da minha alma, dos meus amores,
Das minhas ilusões, dos meus sabores,
Entremeios em voláteis dissabores,
Dos meus sonhos vivos,
Das minhas desilusões mortas,
Dos meus sentimentos,
De alguns silêncios
Mudos na minha voz
Que grita por trás de um papel...

Jaz abandonada,
No canto do peito
Aquela que foi testemunha,
Das minhas loucuras de amor
Até mesmo daquelas sufocadas em dor
Muitas reprimidas em versos
De uma triste poesia
Largada dentro do peito
Em amargura e solidão
Do nó na garganta
Da dor de cotovelo
Em ermo desamor!...

Jaz abandonada,
Minhas estrofes melodiosas
Que copiei da alma
Num reflexo transparente de sentimentos...

Quantas vezes foste meu único abraço
Em pensamento colado no meu corpo
Dedilhado em pele
Para sentir-me amada todo dia
Quantas euforias dilatadas
Escorreram em lagrimas de emoção
Ouvindo o som do coração
Em sua música romântica canção...

Quantas lágrimas soluçadas
Em meus versos cheios de poesia
Ouvindo dentro de mim a voz do dia
A pronunciar estrofes de amor
Que não fossem essa amargura e dor!...

Jaz minha companheira por - morte
Em despedida vinga-me de solidão...

Fizemos tantas utopias
Em minhas mãos
Cansadas de sentimentalidades
Já não vibram mais por amor
Contrariando meus desejos
Ainda escrevem para não perder o hábito
De um poeta que não vive sem poesia...

Jaz todos os amores,
Todos os sonhos,
Todas as alegrias
Partiram para um outro dia
No passado...

Foram tantas fantasias...
Fui rainha princesa amante,
Uma mera atriz aspirante
Que teve seus desejos caçados
Por uma fotografia
Que em nada condiz com minha alma
Sou um retrato sem beleza
Esquecido no canto
De uma parede fria
Jaz minha alegria
Partira na fantasia de uma poesia...

Agora o tempo
Mostra minhas rugas
A minha pele antes de uma rosa
Agora - apenas uma folha ressequida de outono
Jogada ao chão que todo mundo pisa
Perdida essência da vida!...

E eu me findo em poesia
Na tentativa de voltar
Os meus dias
De noites mágicas
Feita de sonhos
De dias longos
Cheios de sóis
Mesmo que cá dentro de nós sós.

Em 14 de março de 2009

NOSTALGIA
De Regilene Rodrigues Neves

Desmaia o dia
No silêncio...

Sobre o sol à noite
Em veladas sombras
Atrás do poente
Dormindo sonhos...

Nessas horas solitárias
Que atravesso o tempo
Uma rua sem porta
Do meu passado
Deixa cair suas folhas mortas
Do meu peito...

Alguns pensamentos distraídos
Caídos de abandono
Vira poesia abstrata
No recôndito universo...

Sem nenhum verso
Escrevo minha estrofe na areia...

Avisto lá no arranha-céu
Um vaso de flores
Esquecido no canto da janela
Esboça um átimo de beleza
A essência ainda se espalha imperceptível
Somente uma frágil sensibilidade
Sente o perfume de um pote velho
Porque em seu corpo
Ainda nascem flores
Adubadas de amor!

A idade cheia de rugas envelhecidas
No rosto da memória medita
O tempo abrevia o antigo
Num relance de lembranças...

No playground minha infância
Correndo feito criança...

Deixo escapar um esboço de saudade
E um suspiro de liberdade se perde no ar
Prisioneiro de um edifício
Que ajudei a levantar
Não consigo alcançar...

Lá de cima jogo meu monólogo
Faço uma leitura breve do meu ato
Algumas falas sem voz
Gritam dentro de mim
Sonhava um poema
Numa mistura de sonhos
E estrofes desconexas
Acordei molhado de solidão
E vi um papel encharcado de lágrimas
Que usei feito um lenço de poesia
Para enxugar o meu pranto de nostalgia
Que de mim se esvaia...

Em 12 de março de 2009

A CHUVA
De Regilene Rodrigues Neves

O cheiro da manhã
Entra pela janela
A chuva fina parece chorar
Meus sentimentos

Olho pra fora
Meus pensamentos vagam
Sem direção alguma
Se apegam numa poesia dentro de mim
Ilhada numa rotina para entreter m’alma...

Meu rosto mostra um olhar ausente
Tento me aproximar do meu eu
Acaricia-lo de alguma forma
Quem sabe mais uma ilusão me abrace amanhã
E me aqueça de alguma emoção!...

Ainda sonho mesmo que sonhos perdidos
E escrevo meus versos para não chorar
Deixo que a chuva chore por mim
Suas lágrimas de poesia
Escritas na terra...

Sem querer fiquei triste
Disfarcei um sorriso efêmero
Para me alegrar um pouco,
Mas a tristeza insiste...

Talvez seja culpa do dia chuvoso
Ou as minhas feridas que amanheceram doendo
Algumas escoriações de amor
Que teimam em doer
Nem sei por que se jaz no meu peito
Num leito de morte...

Ouço uma canção por trás
Onde estará o meu amor?
Será que vela como eu?
Será que chama como eu?
Será que pergunta por mim?...

Talvez o sol rebrilhará um dia...

Quem sabe a voz da noite
Possa responder onde estou eu onde está você
Ou estamos cá dentro de nós sós!...

Versos esvaíram-se sem carinho
A música se repetiu até que adormeci
No seu ritmo caudaloso...
A poesia de lado na escrivaninha
Espera amanhecer sem utopia...

Em 09 de março de 2009

MULHER HOJE É O TEU DIA
De Regilene Rodrigues Neves


Mulher de codinome luz
É a força aguerrida da terra
Que concebe do ventre
A vida... Em fonte de amor!
Com ternura angelical
A mais frágil das criaturas
Sustenta sentimentos indivisíveis
Ama incondicionalmente

Mulher lua majestade da noite
Feito estrela ela brilha
No palco de Deus!

Rainha torna-se soberana
Quando em aliança
O amor a transforma esposa
E em seu lar reina
Abraçando a família

Quando gera um filho
Torna-se gigante
Em tuas asas abriga
Protetora joga seu manto de ternura

Capaz de enfrentar a força de um rio
As tempestades de um mar revolto
A seca de um deserto árido
A fome a miséria
As marcas do desamor
Para seu filho a vida doar com amor!

Mulher trejeita de olhar sensual
Feiticeira fatal
Mulher escultural
Traz no corpo a magia
E o encantamento que seduz
O mais reto dos homens

Pelo poder da sensibilidade
Que carregas na alma
Capaz de fascinar e envolver
Em sua redoma de serpente
Cujo olhar latente
Acende o fogo da paixão!


Áurea santificada pelo Criador
Para gerar nosso Senhor
Mulher que Deus criou
Para ser parte da costela do homem
Companheira e amiga
Na alegria e na tristeza
Divina Mulher
Tu és formosa em traços de ternura
Sustenta sonhos na arte de amar
Convida o homem para dançar
No teu universo de sentimentos:

Prende inebria entontece és fascinação
Mulher!

A jóia que adorna e perfuma o coração do homem
Por que és a rosa que exala o mais caro dos perfumes
O amor!

Parabéns pelo vosso existir enchendo a terra
E multiplicando a vida!



A BELA E A FERA
De Regilene Rodrigues Neves

Queria ser mulher
Somente amar e ser amada,
Mas só tinha uma alma
Minha aparência não tinha a beleza
Das grandes divas e princesas
Era um rosto sem traços de simpatia
Tornando-me a lenda da bela e a fera

E a minha alma uma imagem guardada
Ao relento do meu corpo sem face de donzela...
Pintei meus sonhos de amor
Numa linda aquarela que ninguém viu...

Diziam que eu era linda antes de ver a minha face,
Mas nada mais que uma mentira disfarçada
Que ao ver o meu rosto
Sua mensagem de amor se guardou dentro do peito
Num jeito disfarçado foi embora
E nunca mais me procurou...

Somente a solidão que voltou e de mim se vingou!

Experimentei o gosto do veneno
Que destelhei a outrem
No mesmo propósito
Também rejeitei uma alma
E preferi uma imagem de infelicidade
Numa aparência efêmera...

Mas queria ser mulher
Num dia esmaecido de sol
Mostrar minha pele bronzeada
Meu sorriso de amor verdadeiro
E dizer que neste rosto feio
Existe um corpo esguio de mulher!

Que quando quiser vê-lo com os olhos do coração
Ele mostrara uma alma infinita...
De qualquer forma o tempo
Irá derruir qualquer traço de beleza
E esta alma intacta te amara eternamente
Com suas completudes e incompletudes
De um coração verdadeiro,

Mas fui rejeitada por não ser
Uma linda mulher de corpo inteiro!...

Em 08 de março de 2009

VONTADE
De Regilene Rodrigues Neves

Estou com vontade de você
Sentir o seu abraço nos meus braços
Da nossa pele misturando o nosso cheiro...

Numa vontade de amor dos nossos corpos
Puro desejo do meu querer por você
Que lhe procura ao meu lado
Amando-me cheio de carinho
A caminho do meu corpo...

Vontade da sua boca
De experimentar um beijo
De morder os lábios
Quando lhe olhar
Vontade de me entregar
E de amor me lambuzar...

Deslizar no seu peito
Meus lábios sentindo você
Seu gosto de amor roçando no meu
Numa intimidade de nós dois...

São tantas vontades
Que o meu desejo
Perturba meu corpo
Querendo lhe amar
Me saciar de todas as vontades
Que você me dá...

Em 06 de março de 2009

MASSAGEM DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Massagem de amor
Começa pela alma
Explora o corpo
Acaricia o rosto
Beija os lábios
Experimenta a língua
Sente o cheiro da pele...

Despe todos os sentidos
O gosto molha os lábios
Morde a boca
O desejo é quase uma loucura
Que se procura...

O sabor é provado no beijo
O gosto fica na língua entre o desejo...

O cheiro abre os poros
Exala sentimentos da pele
O momento é único.

Em cada reação
A audição ouve
O som do coração
Uma música sensual
Dança cheia de intimidade
Vira uma massagem de amor!...

O prazer sussurra entre gemidos
As mãos seguram todo desejo
Numa pegada de amor
Que desce massageando
Até os lugares mais secretos...

Cheia de volúpia
Luxurias da carne
Entre o amor e a alma
Deslizam ora suave
Ora numa proposta indecente
Da química latente

Eu te proponho
Essa massagem todo dia
Em face dos meus desejos
De te querer
Saciar teu corpo e me perder
Nos teus caminhos
Até o amanhecer...

Em 06 de março de 2009

A FLOR DERRAMA UMA TAÇA DE AMOR
De Regilene Rodrigues Neves

Um sobressalto no peito
Um quase pressentimento de amor
Derrama a flor da taça de sentimentos
Diluindo o espumante
Embriagando a alma borbulhante...

A taça virada para baixo
Experimenta um sabor de pétalas
O gosto molha os lábios
De um desejo superiormente caudaloso

A poesia misturada ao sabor da flor
Perfuma a alma e a essência exala
Impregnando o lábio que absorve o líquido
Em seu movimento doce meio suave...

Já quase embriagada de êxtase
Eu me derreto de amor
No meio do gosto vermelho de paixão!...

O desejo aflora
Da lucidez imperceptível
Danço no ritmo estonteante
De um gosto gritante de prazer...

Perdi a razão virei emoção!

Virada do avesso
O refresco desce em pétalas brancas
Sentindo seu ópio eu adormeço...

Debruçada no botequim
Uma taça virada
A flor escorrendo
Depois de ter bebido
Uma taça de amor!...

Em 04 de março de 2009

PRECISO
De Regilene Rodrigues Neves

Preciso de você na minha alma
Preciso da sua pele do seu cheiro
Do seu gosto do seu corpo!...

Preciso de você como preciso do amor
Do ar do mar do pensamento
Do vento pra lhe soprar
Todo esse sentimento...

Preciso mais de você
Do que de mim
Porque só.
A solidão quer voltar
Ela foi embora,
Mas pode querer se vingar!...

Preciso de você aqui
Arrancando meus silêncios
Cheios de devaneios de amor...

Preciso de todos os momentos
Como preciso que sejam únicos
E não se repitam para que a saudade
Se lembre de você na ausência sua...

Preciso de cada gesto entre nós
Para que seus carinhos
Fiquem tatuados no meu corpo
Em lembranças etéreas
Guardadas no tempo!...

Um dia quando o passado
Abrir o livro de recordações
Encontre espalhado em páginas
Nossos versos secretos
Cheios de intimidade
Num momento lindo da saudade...

Pedaços de estrofes
Em mensagens inesquecíveis
Nesses momentos tenho certeza
Que lhe preciso...

Em 04 de março de 2009

VOCÊ CHEGOU
De Regilene Rodrigues Neves

A solidão prometeu ir embora
Quando você chegasse
Não mais precisaria
Da sua fria companhia
Vivendo em cruel agonia
No meu coração sem mais ilusão!...

Ontem você chegou
Bem de mansinho...
Na minha alma fez um carinho
Feito adolescente
Logo deixei de ser carente...

Um abraço envolvente demorou entre nós
Foi quase um beijo de ternura...

Não sei quem você é,
Mas lhe conheço há mais tempo que hoje
Estava em algum lugar do meu destino
Esperando a hora de entrar na minha vida...

Logo os minutos se passaram
E as horas já pareciam ter certeza
Que precisaríamos de outro dia
Para que esse momento se repetisse pra nós dois...

Sinto cheiro de amor em você
Não sei por que se nem nos conhecemos ainda...
Foram só algumas horas,
Mas já me pego pensando em você
E o seu rosto longínquo se aproxima e me beija
Quase sinto seu hálito próximo ao meu lábio
Meu corpo se aquece novamente...

A solidão se despediu de mim
Numa despedida monótona e sem emoção
Disse adeus, mas não chorei,
Porque sua presença me aquecia
Pegava minhas mãos com alegria
E um sorriso entre nós permanecia...

As palavras pareciam ouvir meu coração
Foi maravilhoso o nosso encontro
Logo uma poesia e outra poesia
Ia despindo a minha alma
Querendo me mostrar inteira de uma vez...

Quando vi que sentiu minha sensibilidade
Senti um gosto de liberdade
E a minha alma saiu feliz por aí
Enchendo-lhe de sentimentos
Que nem sei se quer ouvir,
Mas estou aqui pronta pra te sentir
E pedir que fique aqui
Porque sei que o amor espera por nós dois!...

Em 04 de março de 2009

NESSE QUERER...
De Regilene Rodrigues Neves

Nesse querer
Que é tão nosso
Quero ser o sonho
Que sopra o sol
No teu dia...

Quero ser mais
Que uma doce melodia
Quero ser toda alegria
Nesta euforia
Contida numa poesia
Sorrindo na face do dia!...

Quero ser a resposta
De uma mensagem
Querendo ser uma tatuagem
Tatuada no meu corpo
Para me dar coragem...

E quem sabe fale de amor
Para o seu coração ouvir minha voz
Sussurrar sentimentos ao teu ouvido
E num gemido ouvir o som da tua alma
Gritando não dá mais pra segurar
Explode coração!

Em 04 de março de 2009

MEU QUERER
De Regilene Rodrigues Neves

Quero tatuar na tua pele
Meu cheiro de amor
Sentir a emoção
Da tua na minha
Até aflorar o desejo
De um beijo entre nós!...

Ficar impregnada em ti
Por momentos horas e dias
Até exalar a fragrância de nós dois
Pelo tempo e o vento soprar
Nossa essência de amor...

Quero marcar o teu corpo
Com o meu coração
Para que nossas almas se misturem
E todos os sentidos sejam sentidos
Por esse momento vivido...

Quero todas as luas
E todas as noites
Amanhecer ao teu redor
Quero não só a poesia
Porque te quero todo dia
Para que seja meu poema-mor
Numa intrínseca relação de corpo e alma
Que me desvela e me acalma!

Quero todos os nossos segredos
Sem nenhum mistério
Porque quero
Toda essa magia feiticeira
Desse sentimento belo
Porque simplesmente te quero!

Em 04 de março de 2009

POR TRÁS DE TI...
De Regilene Rodrigues Neves

Sou à noite por trás do teu dia
Sou frágil essência de poesia
Com perfume de alegria
A espalhar no teu dia!...

Sou a brisa que sopra do centro-oeste
Ventos para o seu norte
Que por sorte vieram a te atingir...

Sou o tempo à procura do destino
Que por um desatino do verão
Veio aquecer teu coração
E me deixar cheia de inspiração...

Às vezes sou outono
Que cai numa folha ressequida
Tenho cicatrizes e algumas feridas
Outras vezes sou inverno
Sinto frio e solidão
Nesta parte da estação
Sinto-me frágil sou toda emoção
Querendo sentir o calor de um coração...

Sou feita de versos
Para que meu inverso
Sejam duas metades
De amor e amizade!

Também sou lealdade
O resto são minhas verdades
Soltas em alíneas dentro de mim
Lá estão rascunhos
Do meu principio meio e fim!...

Essa sou eu
Mulher carente e independente
Chegando de mansinho
No teu coração
Para vivermos quem sabe
Uma linda estação...

Em 02 de março de 2009

NOVO DIA
De Regilene Rodrigues Neves

A lua dormiu cheia de sonhos
E acordou uma nova manhã
De repente um lindo dia
Sorriu na face do horizonte
Um arco-íris cruzou nossos caminhos
Em direção ao destino...

Os passarinhos fizeram serenata na minha janela
No arvoredo um resto de primavera
Sob intenso verão
Exalou seu perfume de flores...

O sol... o tempo... o vento...
Levam pensamentos em direção a nós
Não sei se por horas dias ou momentos
Que sejam eternos enquanto dure,
Mas que durem para sempre...

Sei que tua presença suspira
Um poema de alegria pelo teu existir
E a saudade sussurra um misto de felicidade
Que agora me invade a procura de ti!...

Lá fora o amor conspira
Soprando sua brisa a favor dos ventos
Meus sentimentos cheios de sensibilidades
Captam um átimo de poesia no céu...

Nas entrelinhas uma mensagem
De versos teus e meus
Falam-se com ternura
Num abraço de utopia...

A magia romântica entre nós
Toca uma melodia de versos
Esperando o próximo encontro...

Em 02 de março de 2009


EMOÇÕES
De Regilene Rodrigues Neves

Disfarçado em meu coração
Um cenário de emoções
Alguns dramas comédias
Romances paixões
Noutras ilusões desilusões...

Entrei e sai sem saber
Se iria chorar ou sorrir
Interpreto histórias
Num palco de sentimentos!...

A vida contracena com a vida
Eu um mero artista coadjuvante
Faço um papel sentimental de amor!

Um roteiro de fantasias
Vestem-me de sonhos
Viajo por lugares bonitos...
Meus sentidos uníssonos
Aos sons da alma
Tocam uma música de emoções...

Entre aplausos e pedidos
Ovacionados pela platéia:

O ritmo ora acelerado
Ora cadenciado falam por si
Lendo sempre uma composição
Que atravessa o infinito
Dizimando meus medos
Minhas reações contraditórias
Noções sem noções
As minhas razões...

Puras notas de sentimentos
Declamam em minha alma
Um cordel - folheto impresso
Em páginas de versos a reverso
De um locutor sem voz
Que expressa da alma emoções!...

Em 01 de março de 2009