VOLTANDO O MESMO CAMINHO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Volto de um lugar em mim
Refazendo caminhos
Buscando entendimentos
Desentendidos no passado...

Sinto crescer a menina...
Moleca brejeira
De sonhos levados
Olhar no infinito
Cheio de conflitos...

Questionando a vida
Que em contra partida
Deixavam soltas
Perguntas no ar...

Querendo indagar
Esse anseio tomado
Por vezes no peito
Numa explosão de sensibilidades
Numa fragilidade
Que chegava abraçar!

Um abraço perdido
Na direção dos meus medos
Que em segredo me confessavam
Dúvidas de um sentimento alheio...

Num entendimento
De compreensão cética
Dos meus desenganos
Crescidos em desaforadas ilusões...

Sinto que joguei fora meu destino
Crescido sem destino
A esmo de aventuras
De uma necessidade louca de amar!...

Um amor sem razão
Tomado à proporção da emoção
Virou vício num viciado coração...

Esse amor que se fez em carências múltiplas
Cresceu à medida que amar
Fosse maior que o engano de ser amado
Um caminho errante
Marcante de sofrimentos
Em sistemáticos momentos
De tétrica ternura...

Um caminho sem volta
Percorrido de desilusões
Numa lição implacável
De escolhas infelizes
De amar quem nunca o amou...

Volto querendo percorrer
Essa estrada que viu minha juventude
Passando ainda jovem... Menina...
Numa lágrima despedida sem lamento
Num crescimento cruel da idade
Que virou essa saudade
De recuperar sonhos perdidos...

Reencontrar o amor nesse caminho
Dilacerado pelo tempo
Que por algum momento
Devolvesse a felicidade
Aos dos meus sentimentos...

Volto na mesma linha
Que desalinha meu peito
Traçando velhas lembranças
Desta velha infância
Que por amor me faz voltar...


Em 28 de abril de 2008

VIM TE TRAZER UM LINDO AMANHECER

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Acordo para caminhar em tua direção
Trazendo agradecimentos
Pela linda manhã
Que me abraça de luz...

São braços carinhosos
Vindos dos céus
Iluminando-me envolvidos em meu corpo
Numa carícia sublime de Deus
Desejando-me um lindo dia...

Para que eu partilhe contigo
Levando-o até você
Através da minha energia
Carregada de amor
Por tão bem querer!

Este dia pede que eu te passe
A sensação da liberdade
Que me permite enxergar tamanha beleza
Num olhar particular a todas as coisas Divinas...

O dia acorda maravilhado
Num espetáculo raro,
Para nos seduzir
De essências naturais
Embevecidas de paixão
Ao nosso bom viver!

Quero passar-te toda essa carga positiva,
Para que dela também se alimente
De mútuo desejo de bênçãos de Deus
Que nos deseja somente a felicidade
E o amor compreendido em doação.

Quero te doar o melhor de mim
Sei dos meus defeitos
Das minhas imperfeições
Muitas vezes superiores a esse gesto,
Mas tento melhora-los todos os dias
Carregando-me desta energia Divina
Necessárias ao meu crescimento espiritual

Deus não nos pede nada
Apenas que sejamos irmãos
Que ao acordar nos abracemos
Em amor e agradecimento pela vida!

Nem eu nem você
Somos qualquer um
Somos especiais
Escolhidos por Ele,
Para estarmos aqui
Nesse paraíso que Ele criou para nós,
Mas que o homem em seu egoísmo destrói
Em tamanha ganância e materialidade.

Essas interferências que sentimos dia a dia...
Não é um desejo Dele
Que se entristece ao ver a sua criação
Tomando direções opostas aos seus desejos
Ele é amor e quem ama quer bem
Não fere nem mata o ser amado!

Mas existem muitos deuses falsos
Vestidos de anjo
Que usam do seu Nome,
Para estar entre nós nos destruindo espiritualmente
Enfraquecendo-nos usa da nossa fragilidade e inocência
Com isso construímos um labirinto perdido dentro de nós
Não achamos mais a saída...

Mas a saída só vem do amor
Se não praticarmos amor em nossas vidas
Iremos distanciar cada vez mais
Das belezas imperceptíveis de Deus!

Por isso com humildade
Sigo em tua direção
E te levo um lindo amanhecer,
Para que não me perca de ti!...


Em 27 de abril de 2008

ALMAS VAZIAS

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Almas em completa solidão
Num retrato de corpos vazios
Num labirinto de desejos
Explorados no sexo
Numa compulsão em busca
De alguma coisa que preencha
Essa lacuna nos sentimentos...

O homem distancia cada vez mais de si mesmo
Num desencontro de perguntas sem respostas...
O meio alienado ao sistema bruto e insensível
Meramente carnal. A necessidade tamanha
De ser amado lança mão da precipitação das emoções
E passamos a amar o desconhecido...
Que se frustra numa convivência real do amor verdadeiro.

A liberdade exagerada
Se funde confunde...
A noção dos valores
Estampada em corrupções, violências,
Vícios... Direções a esmo do destino...

O desrespeito joga filhos contra pais
E pais contra filhos... A palavra carregada de ira
Violenta uma geração perdida do seu valor
A moral tão imoral aflora na juventude
Crescida sem respeito ao próximo!

O amor urgente fica ausente
Na declaração que o aproxima
Os gestos ficam esquecidos no papel
Que gritam em silêncio
Numa voz sem ouvinte...
Contrários de fora para dentro
Numa mensagem sem alma
Que passa entre nós
Mas não sentimos sua presença...

O mundo virtual derrama
Lindas mensagens
Lidas, mas não sentidas na alma em verdade...
Apenas uma necessidade fugaz de agradar!

A bíblia um livro escrito pelo homem,
Não mais inspirado por Deus!
Seus mandamentos esquecidos no passado
De nossos antepassados...

Almas vazias são o que criamos em laboratórios
Numa urgência do mundo moderno em sua globalização
Criamos espectros sem emoção... Matamos o próximo
Com a mesma voz de amor que declaramos em nome de Deus!

O amanhã tem medo
Almas vazias se alastram
Numa proporção maior que os sentimentos
A emoção é um grito de alerta perdido no coração
O amor é uma procura
Numa direção oposta...
Avenidas se abrem na alma
Corredores alargados de solidão!...


Em 25 de abril de 2008

MENINO REI

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Acorda menino rei
Vem um novo dia nos abraçar
Despertar no amanhecer
Derramando luz no teu universo,
Para que versos sejam soprados em teu nome...

E assim possamos nesta luz nos banhar
De energias necessárias, para um novo caminhar...

Vem ser o menino sol
Que depois de luas encantadas...
Adormeceu... Depois de beijá-la em despedida...
Vem... Traz tua abundância embevecida do infinito de Deus...
Nesses braços de amor sejamos envolvidos
Após adormecermos no colo amante da noite!...

Tua luz aquece vidas
Aflora primaveras
Testemunha estações
Inflama corações
Ascendem chamas esquecidas
De meros desejos da alma...

Menino rei
Vem bater nas ondas do mar
E tremular na beleza do horizonte...
Num olhar maravilhado da bondade de Deus
Que nos doa sem nada exigir
Tamanha sensação de esplendor!

Abre-nos está cortina de raios iluminados
Sobre o palco da vida... Embriagando-nos do fascínio
Desta paisagem de quimeras... Num cenário mágico
De vibrações positivas fartas de energias para um novo dia!...

Até que no poente
Esgotado de êxtase se despeça
E com a menina lua durma abraçada em sonhos
De uma linda poesia sobre o amanhecer
De um menino sol que no amanhã vai nascer...


Em 25 de abril de 2008

REDE QUE BALANÇA SONHOS

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Rede que balança sonhos
Sonhos perdidos embalados na alma...
Acordados ainda pequenos pela vida
Agredida em desenganos...

Sim... Foram tantos sonhos
Sonhados na rede da varanda...
Querendo esquecer dessa realidade
De adversidades somadas
Em tantas manhãs
De triste nostalgia...

Cheias de marcas e desencontros
Roubados de um sonho de felicidade
Arrancados por uma cruel realidade
Que hoje prefiro sonhar dormindo
Esquecida no balanço da rede...

Temendo que de mim ela se perca de vez
Em profunda melancolia
Num apego furtivo da vida...

Assim vou vivendo
Numa fuga constante...
Balançando quimeras
De uma fantasia
Que me devolvam sentidos,
Para continuar sonhando...

Na rede
Durmo mais e mais...
Dela acordo sóis
E lindas manhãs esquecidas...
Vejo noites inteiras de luas mágicas... Cheias...
Num espetáculo maravilhoso
De estrelas dançando derredor
Do meu leito
Feito bailarinas cintilantes
Iluminando meus sonhos...

Na rede me jogo
Esquecida de mim mesma
Sonhando apegada aos olhares da minha alma
Pintando telas imaginarias dos meus sonhos
Num olhar íntimo
De paredes interiores pintadas em grafite
Sublimando a felicidade forasteira dentro de mim...


Em 24 de abril de 2008

TAMBÉM SOU SEXO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Também sou sexo
Porque meu corpo é desejo...
É carne... Que tem fome de beijos!

Tenho curvas
Que se entregam num olhar
De outro corpo que me ascende
Inflama reações provocadas
De uma pegada ardente
De uma chama quente de amor!

Também sou sexo
Quando sou amante
E simplesmente mulher!

De um jeito insano profano
Entregue a paixão
De um corpo sensual
Molhado de um tesão carnal
Meio dócil meio animal!

Também sou sexo
Quando sou felina
Misturada a uma menina
Que também sente prazer!

Sinto desejos que afloram
Sem pudor também faço sexo faço amor!...


Em 24 de abril de 2008

RASCUNHO DO MEU CORAÇÃO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Quero rascunhar meu coração
Desenhado de amor
Com contornos de anseios
Carregado de desejos
Intenso... Forte... Destemido...
De personalidade voraz
Com olhar de súplicas
Cheio de paixão e sensibilidades
Muitas vezes um frágil coração!

Mas também
Um coração singelo
Aberto de alegrias e tristezas
Algumas por vezes maiores
Que os seus desejos
Sendo ele um vulcão em erupção
Carregado de emoção!

Coração errante em seus caminhos inconstantes
Sentindo-se muitas vezes um barco a deriva
Vivendo em altas tempestades e redemoinhos
A espera da bonança advinda da esperança
Em seu arrimo de fé.

Traz sempre nos lábios um sorriso despretensioso
Que cativa, prende, inebria, entontece,
Tamanha fascinação que exerce...

É meu este coração amado e temido
Que pego ilhado no peito
Cheio de luz refletindo no mundo
Sua maior das mensagens: Amor!

Escreve uma lista de amigos
Descritos na alma como flores
Cheios de essências
Em seus perfumes diversos
Exalando dentro dele
Uma fragrância única
Colhidas do seu jardim,

Soprados em versos
Em testemunho do absoluto
Amor que lhes confesso
Do seu jeito estranho e estúpido de ser
Que em sua mutação constante
Por vezes esquece de lhes perceber...
Mas é a poesia mais linda que mora neste ser!

Nesse coração incontido
Cheio de palavras
Aprendiz dos sentimentos
Retratados pela vida
Em momentos de valores
Imensuráveis e imperceptíveis
De uma intimidade
Que em idas e vindas
Sabe que veio aqui para aprender
Que viver é um estado da alma
Numa relação física
Que abraça o mundo para coexistir
Em seu existir superiormente interessante...

Assistindo da janela da alma
Sua passagem
Num crescimento de retas e curvas
De uma estrada que chega a algum lugar
Chamado destino!...

Esse coração está sempre no mesmo lugar,
Mas enxerga além do horizonte...

Que vive carregado de saudades
Cheio de várias lembranças...
Entre dois pólos negativos e positivos
Procurando viver sem nada exigir
Amando a vida como ela é...
Com suas explosões e variações de sentimentos
Com suas limitações e adversidades
Que lhe ensina no dia a dia
O que é viver!

Esse coração é meu corpo
Que me transforma entre o feio e o belo
Conforme o estado de espírito
Que ele se mostra
Ora cheio de defeitos meio sem jeito, imperfeito,
Mas um amante incondicional da vida!

Esse é meu coração
Um rascunho ainda incompleto
Um livro de amor por terminar
De letras maiúsculas e minúsculas
De uma poesia abstrata
Que dele relata vários sentimentos
Inspirando sua inesgotável emoção de viver!...


Em 24 de abril de 2008

PERFUME DE ALMAS

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Perfumes de almas escorrem
Molhando as flores do meu jardim
Caem em pétalas juntas de uma rosa
Exalando aromas... De cheiros exóticos...
Amadeirados... Adocicados... Misturados...

Essências diferenciadas...
Coloridas! De faces aveludadas...
Amarelas... Brancas... Vermelhas...
Apaixonadas... Rosas perfumadas!

Intensas seus desejos transpiram
A flor da pele... Seus espinhos ferem
Numa proteção natural da natureza
Em mutação de estações...

Algumas já ressequidas pelo tempo
Caem deixando uma passarela de saudade
Fazendo avenidas no coração...

Seguem deixando perfumes de almas pelo caminho...

O outono esconde o passado
De belas flores...
O inverno orvalha sobre as folhas...
Uma lágrima de chuva
Enche o frasco de lembranças...

Perfumes de almas colhidas
Sentidas a exaustão do prazer
Aquecem um veranico de sentimentos
Aflorando um cheiro de primavera
De almas perfumadas
Que nos deixam doses de felicidade pela estrada...

Numa porção de alegrias colhidas
Em manhãs de utopias...
Espalhando perfume de almas pelo vão aberto
Entre a amizade e o coração!


Em 22 de abril de 2008

O HOMEM DOS MEUS SONHOS

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


O homem que amei e ainda não conheci
Traja de uma sensibilidade
Capaz de sentir o amor em mim
Numa partilha de gestos
Entregues em flores perfumadas ao ser amado!

Não cavalga num cavalo branco,
Mas é o gentleman sonhado...

Sua carícia
É um sopro de ternura em m’alma
Seus olhos a forma plena do desejo
Dedilhados numa aventura em meu corpo
Ao encontro do êxtase de um prazer mútuo...

Suas palavras
Um sussurro no meu coração
Fazendo-me simplesmente perder a razão!

Mesmo que ainda não o conheci
Seu amor ainda é tudo para mim
É a espera vibrante de uma esperança
Acordada em meus sonhos...

O beijo surpreendendo meus lábios
Numa devoção íntima da paixão
Roubando do meu coração toda essência exalada
Da sua poesia... Em versos que não se cansam
De ser a declaração mais linda
Que fiz hoje ao meu amor!

Para que no amanhã
O futuro saiba
O quanto o passado e o presente
Amaram-te... Num silêncio gritante de solidão!

É sempre uma saudade...
Uma lembrança sem fotografia
A esperar seu retrato...

O homem dos meus sonhos
Por vezes me chamou de princesa
Num olhar confesso de eu te amo!

Por ele eu vivi uma vida
Em plenitude do amor
Respirei fantasias
Chorei e sorri num conflito de emoções!

Gritei a felicidade
Passando ao meu lado,
Porque era minha
Numa metade amor
Na outra também!

O homem dos meus sonhos
Sonha o mesmo sonho
Acordando junto numa entrega
De todos os sentimentos sonhados...

Nem mais importa o nosso encontro físico,
Porque nossas almas já se uniram para sempre...

Nas manhãs lhe sentirei
Numa energia que ascenderá todo meu corpo
Numa vibração do seu intenso calor a me desejar...

Nas noites
Dedicando-me uma estrela
Na mais linda lua
Num cenário próprio para te amar!...

Nesse amor eterno
Será o homem dos meus sonhos...


Em 18 de abril de 2008

AMANHECER DOS SONHOS

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Acordo da nau dos sonhos...
Para sentir a vida respirar na manhã...
Inspirando-me de energias,
Para compor a poesia que dela emana...

Respiro alegrias
Entre magias de um lindo amanhecer...

Paralela a felicidade
Vestida de simplicidades
Desalinha frondosos arvoredos
Esparramando flores coloridas pelo chão...

O bem-te-vi rege a sinfonia
Em maestria de pássaros soltos na gameleira-branca...
A liberdade testemunha a orquestra advinda da natureza!

Refletida sob a luz do rei sol
Uma linda manhã aquece o dia...
O peito absorve o oxigênio da vida
Sentindo perfumes imensuráveis...

Transeuntes caminham numa passarela de belezas
Seguindo rumo aos seus destinos...
Olhares estranhos se encontram
Sem notarem a presença da vida em sua trajetória...

O trabalho espera dentro dos arranha-céus
Fechados em vidros fumê de ilusões...

Pegadas seguem atrás de sonhos... Desejos... Amores...

A multidão se perde por avenidas... Ruas... Esquinas...
Numa linha transversal de direções incertas...

Deixa para trás belezas imperceptíveis de uma linda manhã...
Correm em busca de uma sobrevivência alheia...
Até que o ocaso chegue findando mais um dia
Em silêncio de sua poesia...


Em 17 de abril de 2008

VIAGEM

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Viajo nessa direção perdida
Rumo sem rumo
De um lugar abstrato
Paisagem de uma pintura íntima
Que folheia a vida
Em páginas de uma luxuria
Ligeiramente sentida em meu peito!

Navego errante
Nesse coração ilhado de solidão
Onde o corpo se entrega ao vazio
E a alma aventura fantasias...

Pega na mão dos sonhos
Para sentir a carícia do amor
Abandonado a sorte
De um leito de morte da ilusão...

Viagem etéreas
De momentos lúcidos de emoção
Sentindo a ternura em posse
No domínio da razão!

Explora segredos sussurrados da alma
Num verso de paixão
Abraçado de anseios
Aflorados de desejos
Num prazer fugaz
De pássaro poeta em solidão!...

Voando ilhas de sentimentos de esperança
Que ao longe o horizonte roube
A cena melancólica dos meus devaneios
De uma viagem efêmera
Que logo se esvai
Em revolto sentimento do meu coração!


Em 16 de abril de 2008

MEMÓRIAS DA VIDA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


A vida
Em suas memórias
Passa por caminhos estreitos e largos...

O presente e o passado
Intercalam-se numa conspiração do futuro...

Anseios escoam em buscas insaciáveis de sentimentos...

O amor resvala sempre nas portas da alma
Abrindo sonhos da janela íntima do coração...

O ar da felicidade
Respira ao fundo
Inspirando entre estações...
Primaveras são colhidas entre flores e espinhos
Exalando essências imperceptíveis,
Mas sempre perfumando cada amanhecer
Na certeza de uma passagem de aprendizados
Abraçados de fé e esperança...

A velocidade do tempo
Constrói e destrói estradas
Erguidas da alma
O corpo em seus desejos
Alimenta-se de amores efêmeros,
Para extrair uma conquista verdadeira
Que seja eterna enquanto dure...

Castelos de sonhos preenchem o vazio
De uma solidão cada vez maior
Pelo grito de sobrevivência
Que paira sobre a vida.

Como transeuntes passamos lado a lado
Sem percebermos a face do desconhecido
Que nos olha em sua ânsia de um carinho...
A corrida do tempo passa sem percebermos nós mesma
O corpo não corresponde às emoções que sentimos
E o cansaço da vida adoece o espírito
Em insensibilidades um do outro.

Nossas memórias não se lembram mais
Do último amor confesso numa palavra: Eu te amo!


Nem lembra o abraço inesperado
Que surpreendeu o dia e o tornou
Uma manhã de alegria...

A distância entre nós
Cava um túnel que impede
De entrar a luz do amor
E cada vez mais as sombras da solidão
Amparam-nos numa sensação dos medos
Impedirem uma saída da desilusão...

Tememos estar dominados pela maldição
De um lapso da memória
Que se esquece do amor ao próximo
E mata o próprio semelhante!


Em 16 de abril de 2008

A SAUDADE LEMBROU DE TI

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


A saudade é sempre lembrança
Carregada de doces recordações
Que falam na alma uma poesia
Ora de amor ora de amizade!

Ascendendo volúpias
Sobre as cinzas...
Fazendo crepitar
A lareira do tempo
Que leva e traz o passado
Num presente ávido
De sentimentos adormecidos
No colo do coração...

A saudade traz uma carícia
Levada sem despedida...
O coração revira uma caixinha de guardados
Revê fotografias tiradas em memórias inesquecíveis...

O papel rascunhado de versos
Feitos para traduzir o tamanho sentimento
Que guardo na alma
Gritando o quanto gosto de ti!

E a distância simplesmente separando nossos caminhos...

Mas a saudade é flecha certeira
Que aponta a direção mais intima de nós dois...

A lágrima se emociona
E chora... Um sabor de nostalgia...
Recorda nossas venturas nas páginas da alma...
Mútua entrega de carinhos
Numa amizade cheia de amor
Que sempre permite a saudade
Vinda nos trilhos do tempo
Deixada na estação solidão...


Em 15 de abril de 2008


DEDICO ESTE POEMA AO MEU QUERIDO AMIGO ROBERTO OLIVEIRA (MUNDO POETA)

AMAZÔNIA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Pulmão de uma nação
Que sofre pelos vícios de materialidade do homem
Que a asfixia em seu vislumbre vil de ambição...

Não importam o que se perca...
Mas o quanto se ganha.

Nossa floresta de virgens encantos
Abrigo de pureza e rara beleza
Sangra mutilada pela devastação...

O preço: Será pago pelo futuro de uma geração
Que sentirá os efeitos contraditórios
De pessoas inescrupulosas
Perdidas na inconsciência dos desejos da matéria.

Amazônia
Cortina densa de uma alínea
Feita de SOS
Deixa-nos a sensação de impotência
De cuidar do que nos pertence...

Direitos e deveres
Escoam nos leitos dos rios...
As lágrimas serão sentidas pelo tempo
Nos filhos dos nossos filhos
Que talvez não vejam mais
Nascer flores,
Mas só os espinhos ressequidos da cobiça.

Pedidos se alastram
Homologados na consciência
Dos direitos humanos de sobrevivência...

Os deveres são imbuídos por guerreiros
Vestidos por uma luta de justiça
Soldados armados contra a violência dos devastadores
Tentando replantar raízes de um sentimento
Capaz de salvar nosso pulmão: Amazônia!

Juntos numa comoção de amor ao próximo
Damos as mãos aos desenganados de sonhos
De um lugar onde possamos respirar livres
De posseiros infiéis do nosso legado de terras
Onde avançam a esmo da destruição...

O amanhã quer respirar
O oxigênio das árvores
Que Deus plantou com amor,
Para nossa sobrevivência.

Ervas daninhas querem proliferar-se
Impedindo o sol de nascer no horizonte
Tremulando nas flâmulas
Do pulmão do mundo!

Sozinhos
Formamos uma ilha,
Mas juntos salvamos o nosso planeta!


Em 15 de abril de 2008

Oi Ana Maria Braga,

Sou a Regilene Rodrigues Neves de Goiânia-Go, uma escritora amadora e pensadora que dá asas aos sentimentos deixando-os voar pela vida... Levando um pouco de mim por aí através da poesia, que é o que tem alimentado e sustentado minha alma... Assim vou escrevendo o que ela me traduz ao logo dos caminhos... Soprando-as no tempo... Para quem as encontre se alimente da minha doação de amor!




MAIS VOCÊ
Autoria de Regilene Rodrigues Neves


É a poesia...
Que acorda nossas manhãs entre quatro estações...

Maestria regida por dois iluminados:
Ana Maria e seu papagaio estimado...
Sempre carregados de energias
Passadas em ensinamentos do bem
Aquém as mazelas transitórias do mal...

Regadas todos os dias...
São flores que se abrem numa cortina de pétalas
Exalando perfumes imensuráveis na alma...
Extraindo essências necessárias
Para fazer transbordar o frasco do coração!

Ensinando através de um olhar de sabedoria
Que resvala no íntimo: Significados superiores da vida!

Contigo: Aprender tem sintonia
Que atravessa fronteiras... Tem magia...
Que contagia em significado de amor!

São como chamas acesas
Para crepitar de luz
Dias esmaecidos de sombras...

Aquecem o verão
De um outono fugaz...
Traz tempos de colheita de primaveras
Abastecendo invernos de emoção!

Sempre mais você
Um sorriso vestido de alegria
Que rasga o peito de sentimentos
Em pensamentos soltos na direção da alma...

Feito: Compressas que protegem o espírito
Em bandagens de luz
Curando nossas dores,
De uma forma imperceptível
Com esse carinho suave de ternura
Que leva o nome de mais você!


Em 30 de janeiro de 2008


Abraços Poéticos!

SONHOS PERDIDOS

Autora – Regilene Rodrigues Neves

A vida passa cortando a luz dos sonhos
Quimeras já distantes partindo em utopias
Felicidade por aqui é poesia em arrimo de esperança...

Lá fora crescem arranha-céus
Em vidros fumê de ilusões
Olho pela janela da minha alma
Sinto um barco a deriva
Um mar agitado em altas ondas
Querendo saltar para um outro lugar
Sair desta ilha deserta de versos melancólicos

Um som de amor se ouve ao longe
Somente as ondas se abraçam
Entrelaçam carinhos sobre os céus
Tépidos de um infinito olhar...

Um grito fantasma vem do silêncio
Querendo chorar a lagrima sem ternura
O colo vazio o lábio ressequido
No corpo sem amor!
Em prece confessa sentimentos torpes
Arrancados do seio no leito da dor!

A alma chorosa joga seu último olhar ao vento
A brisa solta um frenesi lânguido no meu corpo
O sonho pega o barco que parte sem destino
Numa viagem sentimentalista do coração
Em conhecer um mundo dantes sonhado

Vagam as lembranças céticas
De uma saudade vitima de desencontros
Não mais peço a presença da poesia
Que alimenta este desejo alvoroçado no peito
Que o verso do poeta chore sua dor sem ilusões
Feneça no espírito abraçado ao meu corpo
Todo amor roubado do meu sonho de felicidade.


Em 15 de setembro de 2006

OLHARES DA MINHA ALMA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Amiga do sempre
Face oculta de um anjo
Olhar tímido
Pincelado em devaneios...

Paredes ocultas
De uma alma exposta em grafite
Olhares de uma dimensão
Da felicidade em preto e branco
Vistos em puro encanto,
Apesar das sombras que cercam a vida
Vivida em desenganos...

A felicidade nem sempre colorida
Abriga-se no silêncio de um olhar
Que vê além de uma tristeza
Feita de sombrias quimeras...

São sonhos evasivos de um olhar
Furtivo das marcas do tempo...

Em lúcida amizade
Compreendemos e partilhamos
Os mesmos sentimentos
Entre a arte e a poesia
Encontradas nos olhares da alma...

À distância nos separam
Em linhas trêmulas no horizonte...
Abraçamos sonhos perdidos
Em mundos exteriores de sobrevivências,
Mas nos olhares da alma
Encontramos o mesmo infinito de esperança...

São gritos imaginários na plenitude de um olhar
Que nos fazem enxergar mundos etéreos de paz!...

Das sombras erguemos felicidades
E grandes amores
Fazemos suaves vôos pela liberdade
Expressa entre olhares...
Na face oculta de um anjo e um poeta
Criamos essa etérea amizade...

A arte pode ser contemplada
Assim como a amizade
Pode ser intrínseca na distância
O que importa são os laços de ternura
Que se sobrepõem às adversidades que nos separam...

Os olhares da minha alma estarão sempre
Enxergando a dimensão do teu olhar,
Porque trago-te em profunda saudade...

Só através da arte que relaciona povos
Seremos capazes de manter vivo o olhar
Que ascende nossas vidas
Sem apagarmos a chama
Que aquece nossos corações de amor pelo próximo.

Para amiga Miriam Braga
Que pinta olhares vistos das telas da vida
Pintou minha alma de poesia
Enchendo meu coração de palavras e alegria
Que não se cansam de escrever versos de felicidade
Por essa grande amizade!


Em 03 de abril de 2008

BEIJO MOLHADO DE AMOR

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



O sabor do teu beijo
Ainda sinto...

Tua língua dançando na minha
Num balé exaustivo de desejos
Teus lábios a me provocarem
Numa sensualidade superiormente interessante
Num banho tépido do meu corpo
Dilatado de prazer...

Teu coração arfante
Roçando na pele da minha alma
Provocando sussurros de palavras
Rasgando de amor meu peito
De um jeito insano de me ter!

Delirando entre o grito intenso
E um gemido suave
Absorvido de plena ventura...

O gosto das mordidas
Sentidas em fome de sexo...

Mas é o amor quem está aqui
Suspirando... Seu encanto diferente
Sentindo um luxo de sensações...
Num beijo molhado
Todo arrepiado num frisson de sentimentos
Explorados nesse momento!

Nossos corpos loucos para amar
Numa entrega de volúpias...
Roubando a sorte
De uma noite atrevida... De um beijo!



Em 25 de janeiro de 2008

A PROCURA DA FELICIDADE

Autoria de Regilene Rodrigues Neves



Saí à procura da felicidade,
Mas tudo conspirava contra ela
Cada passo andava paralelo ao fracasso...
Nunca desisti e persisti caindo e levantando
Sabendo que o segredo dela
Levaria-me ao sucesso...

Persegui minha estrada de sonhos
Vesti minhas fantasias...
O palhaço sorria no grande circo da vida
Ante o malabarismo da sobrevivência
Carências e desilusões não eram maiores
Que a minha felicidade...
Por ela eu lutei e venci o mundo!

O desamparo e a solidão foram menores
Que o gigante que se transformava quando sonhava
O sonho do meu encontro com a felicidade...
Transcendia minha liberdade
Abraçava-me de longanimidade
Num beijo infinito de prosperidade...

Por ela meus medos
Foram desvendando todos os mistérios...
Aquelas portas fechadas
Significavam mais que meros segredos...

Mesmo quando todos sorriam
Não entendia onde havia tanta felicidade
Até o dia que ela me pegou de surpresa
Depois de tantos desenganos
Gritou dentro de mim
Entre lágrimas e sorrisos
Em mágica emoção do nosso encontro!

O sentimento da felicidade
Tem sabores diversos...
De voar em estado de plenitude
Sair do inferno ao paraíso...
Ir da terra aos céus
Fazer de anos de sofrimento
Um momento único de paz!

A procura da felicidade
É ter a certeza que ela sempre existiu
Dentro de mim e nunca por maior que fosse
O meu estado de fracasso
Deixei de acreditar que a felicidade
Sempre morou dentro de mim
E hoje ela explode em fonte inesgotável de esperança
Abraçando-me de um novo ano de infinda alegria de viver
Esta é a verdadeira felicidade
Conquista-la todos os dias...
Tornando-me capaz de superar meus limites na vida
Construindo caminhos de fé na felicidade!



Em 30 de dezembro de 2007

AMOR ETERNO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves


Estranho e louco
É esse amor meu
Que pelo tempo fora teu...

Escrito na alma
Com palavras de felicidade...

Aventureiro
Fez caminhos em outros corações
Em tentativas vãs do esquecimento...

Porque na alma traduz essa poesia
Cega de etérea paixão?

Passa um filme de lembranças
Toda conquista em versos
Da tua poesia...
O corpo entregue
O beijo para sempre
Marcado n’alma...
Declarações confessas:

“Eu direi olhando no fundo dos teus olhos”... Amo-te!

Nossas canções soltas lá fora
Vindas no tempo cheio de saudade...

A fênix do amor
Renasce no sempre...
O front tem perfume
Sereno de paz...

Tua face...
Contorno... Desalinho teus cabelos...
Entrelaço tuas mãos...
Nossas bocas respiram desejos...
Da alma... Vem na boca
O sabor de amor do teu beijo...

O corpo que amei em pensamento...

As noites que acordei
Molhada do suor misturado
Da tua pele na minha...
Nosso prazer na exaustão de desejos
Êxtase saciado em loucuras de amor...

Quantas vezes
Este cenário de magia...
Fez real...
Os dias...
Que contigo sonhei...


Um amor que nunca toquei,
Mas no meu corpo amei...
Qual loucura de um sentimento virtual
Surreal quimera de um sonhador
Desse estranho amor: Teu!

Desnuda muda vestindo fantasias
Num olhar sem medida
Viaja no infinito... Idas e voltas...
Por vezes refizeram o caminho...

Nem mesmo a distância
Perdera a carícia do vento
Desse frisson de amor
Que acorda na alma
Toda sensibilidade
Em verdade de um amor: Teu!


Em 19 de dezembro de 2007