ALMA SOLITÁRIA
por Regilene Rodrigues Neves


Um brilho pálido de noite sem luz
Nas sobras conduz seu fascínio
Embevecido de solidão
O vazio em sua apoteose
Velado por morte no coração

Oculto dentro de um corpo ilhado
Bebendo seu cálice de insólita amargura
Diluída no copo da alma...

Sentimentos expurgados nesse espectro vazio
Consumido lentamente por um fantasma transeunte
Em direção oposta aos desejos
Derramados do lado de fora dos sonhos
Dormidos em lindas noites de fantasias...

A cena roubada de um cenário mágico
Vê apenas o derruir do mar
Desmaiando suas ondas na areia
Onde um corpo se mistura em delirante absinto...

Sem disfarce o oposto de um sorriso
Escorre na outra face
Refletindo o lado frágil
De uma força aparente
Mostrando a nudez
De uma aparência vestida de ilusão...

Em 13 de agosto de 2008