EPOPÉIA DE UM CAVALEIRO CEIFADOR
por Regilene Rodrigues Neves

A vida em seu etéreo combate
Convida o guerreiro a lutar
Fenecerá em teu cajado
O algoz que derruiu sua lágrima no front...

Posto que o mago cavaleiro
No comando da batalha
Feriu a ferida que por – morte
Sangrou a vida...

A alma em seu refugio
Viu a eternidade nas sombras do seu jugo
Ainda que a vida respirasse no mestre
Os vivos espreitaram sua glória
Na intercessão do grande ato...

A seara madura
Avista o ceifador
Na direção do vale
As guerras cessaram
A terra preservou os rios o ar e o mar...

Saciaste tua fome
Das batalhas por – vida
Sustentaste o aflorar suave
De uma epopéia com a morte
Na refutação do oponente
Em leve epílogo...

O grande vício de uma ode
Escreveste na lápide
Com teu nome...
A alma te confortara
Enquanto teu silencio
Proliferam mundos...

Esta é a sentença
Que define o mago
A sagrada escultura esculpida
Na Madeira
Invocando o anjo
Que em suas asas alçou vôos etéreos
Por encontros de almas
Repousando o dragão em sua epopéia...

Guardou seus silêncios
Na insurreição
Das suas chagas
Alentou-se no ventre da mãe vida
Dizimou o cajado no peito
E com um exército
Seu fadário conquistou
Vencidos êmulos
Vislumbrastes a luz
De uma epopéia com a morte!

Em 07 de janeiro de 2009

Estimado amigo Roberto Oliveira um poema para abraçar este dia especial
E para desejar um Feliz Aniversário!