SE TODOS OS DIAS FOSSEM NATAL
por Regilene Rodrigues Neves

O natal entra dezembro a fora
Árvores enfeitadas de ilusão
Preenchem sonhos no coração
Aflora sentimentos na humanidade
Que parecem querer dar as mãos
Por um dia de paz e união

Jesus volta para ceia entre a família
Ouvimos os sinos das Sinagogas
Badalarem de euforia
E o coral cantar lá do alto
A magia do natal...

A cidade parece ouvir a felicidade
Entre fantasias e noites enfeitadas
O espírito do nascimento renasce na alma
E as crianças se preparam para sonhar
Mais um sonho de Papai Noel...

Nesse cenário mágico
A noite brilha
Iluminando ruas apagadas de miséria
Mãos estendidas esperam um gesto
Que afaguem olhares de esperança,
Porque mais um ano passou
Sem que o homem visse ao relento
Crianças abandonadas
Simplesmente condenadas ao seu infortúnio...

A fome continua no prato vazio
E a inocência é castrada pelo semelhante
Que passa ignorando sua verdade.
Na realidade de todos os dias
Não existe natal!

O desalento se aninha
Nos sonhos perdidos...

A luz da ilusão
Está apagada a tempos no coração
Somente uma sombra
Cobrem corpos frágeis
Sobre o papelão nas calçadas
Sonhando que fosse natal todo dia
Para que a sua alegria permanecesse
Estampada nas vitrines e as crianças
Pudessem ganhar seu sustento
Embrulhado de esperança
E todos os dias fossem natais sem fome
Porque o amor multiplicaria o pão
Sem ter que esperar outro natal
Tocar no coração do homem!...

Em 07 de dezembro de 2009

4 comentários:

  1. I'm appreciate your writing skill.Please keep on working hard.^^

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  2. ADOREI SEU BLOG!! PRETENDO VISITAR SEMPRE

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  3. Querida Regi, este Natal é o mais triste de sempre. Perdi meu pai este verão e agora quem nos deixou também, foi o nosso querido Roberto Oliveira, falecido com um enfarte de miocárdio, na noite de terça para quarta-feira. Esta foi a maneira que encontrei de a avisar. Desculpe deixar uma notícia tão triste, sei como também o adorava. Desejo-lhe um Santo Natal na companhia da família e deixo um beijo carinhoso com desculpas por alguma mágoa que possa ter provocado no passado. A amiga de sempre, Arlete Piedade

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