METAMORFOSE

Havia precipícios em seu olhar
Noites solitárias de medo
De culpas de tentar o amor
De amar e não ser compreendida
Havia lutas e conflitos
Solidão e vazio em seu peito ferido
Marcas da vida tatuada na pele
Lágrimas caídas e desilusão,
Mas sua dor era de incompreensão
Daqueles que juraram amor
Que se quer tentaram compreender
Fazendo julgamento, rasgando seu coração...

Com a alma desalinhada e ferida
Rolou a emoção
A razão fora de si
E o choro continuo da sua dor
Molhados de melancolia...

Na alma uma luta diária
Em meio a cobranças a si mesma,
Mas ela só queria que o amor a tocasse
A deixasse encostar seu coração,
Que a protegesse
Daquele lugar de sofreguidão.

Um labirinto sem saída fora criado
E ela uma menina que cresceu ferida
Lutando contra as intempéries
Viu se perder dos seus sonhos de liberdade
Percorrendo um caminho de infortúnios...

Em seu casulo ela viveu sua metamorfose
Suas lutas foram fortalecendo-a
E hoje aquela mulher atemporal
Sobrevive de esperança
Alimentando a fé, resgatando a si mesma...

Sua história marcada, deu lugar
A mulher que cresceu
Vencendo as batalhas do seu front
Fortalecida por Deus...

Seu caminho segue em frente
O amor in loco guardado no mesmo lugar
Seus desejos adormecidos
O tempo sabe a ora de voltar...


Regilene Rodrigues Neves – em 26/10/2018



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