MEU PEZINHO DE AMOR-PERFEITO
(por Regilene Rodrigues Neves)
Preocupada demais em regar
Meu pezinho de amor-perfeito
Não percebi que nascia entre ele
Alguma erva daninha
Que o estava impedindo de florir...
Não sei se estavam contaminados
Por orgulho, egoísmo, intolerância, impaciência,
Causados por muitos anseios
Ou se por mágoas e dores passadas...
Sei que estava cercado
De tristeza já há algum tempo
E minha flor não desabrochava...
Passada algumas estações
Ele continuava triste sem querer brotar...
Percebi que o meu amor-perfeito
Não era tão perfeito,
Porque o deixei se contaminar...
A minha volta jardins floriam
Espalhando sorrisos coloridos
Cheios de cheiro de bem-querer
Que me perfumavam
Com fragrâncias de alegria
E bálsamos de ternura
Ajudando-me arrancar alguns espinhos
Que machucava meu pezinho de amor!
Eram flores lindas
Verdadeiras pétalas
De amizade me abraçando
Aquecendo-me para que não sentisse
A dor dos espinhos...
Amores-perfeitos
Que em seu imenso carinho
Quiseram me alertar
Antes que aquela erva se alastrasse
E viesse minha florzinha
De amor-perfeito matar!
Foi então que senti
Uma imensa vontade de agir.
Podar toda aquela erva daninha
Que a impedia de florir
E estava sempre a lhe machucar...
Arranquei toda amargura a sua volta
Senti que havia muita tristeza ali a ferindo
De um jeito que seu pezinho
De amor-perfeito já estava contaminado...
Molhei-o somente com lágrimas de alegria
Que acumulei num pequeno pote de felicidade
Guardado com tanta esperança
De um dia vê-lo preencher todo o meu jardim
Que acabei esquecendo-o ali
Escondido por trás daquelas ervas...
Dei tempo ao tempo
Deixando as horas passarem,
Mas sem achar,
Que precisava fazer a minha parte
Cuidar todos os dias
Molha-lo somente de alegrias
Mesmo que nem todos os dias fizesse sol
Para aquecê-lo de contentamento!
Mas sei também,
Que tempestades são necessárias
A intensidade dos sentimentos,
Para que eles sintam
Que é preciso passar por todas as estações
Até chegar a primavera
E ver florir seu pezinho de amor-perfeito!
Mas sempre há de cuidar-se das ervas daninhas
Porque estas são imperceptíveis
E matam lentamente
Pezinhos de amor-perfeito
Cheios de primaveras para florir...
Em 09 de agosto de 2013
Regilene
ResponderExcluirLer um poema como o teu, é o que se pode chamar cuidar do espírito. Encontre-me perante uma boa peça literária.
Depois, segundo o minha interpretação geral, é que é perfeito, nem o amor-perfeito.
Realmente, a perfeição só existe no ato da incessante procura dessa perfeição.
Beijos
Querida amiga Regilene, perfeito o instante em que tu criavas este poema, porque a criação é a eterna busca da perfeição.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
O tempo do amor perfeito
ResponderExcluirEstá sempre no passado
Perfeito, mais-que-perfeito,
Imperfeito, torto, errado.
Mas teus versos, poetisa,
Têm a virtude precisa
De mantê-lo bem cuidado.
Beijos.
Querida amiga e poetisa Regilene !!!
ResponderExcluirPerdoa-me a longa ausência. Meu tempo
Há tempos tem sido escasso. Hoje, consegui
Um espaço e aproveitei para visitá-la e, deleitar-me
Com seus lindos textos poéticos.
Meu número de seguidores, embora me sinta
Orgulhoso, tem atrapalhado um pouco, mas vou,
Com certeza, Adequar o meu tempo.
Seu Poema do Amor-perfeito é belíssimo.
Gostei muito. Meus parabéns.
Um início de semana maravilhoso é o que desejo
Pra você. Que haja muita luz e amor em seu coração.
Beijos de luz !!!
POETA CIGANO – 20/08/2013
http://carlosrimolo.blogspot.com
“Poesias do Poeta Cigano”