FORASTEIROS DO NOSSO DESTINO

O tempo passou e seguimos
Forasteiros do nosso destino
A procura de sonhos
Soldados da nossa quimera
Lutamos no front
Plantando liberdade pelo caminho...

Guerreiros enfrentamos nossas batalhas
Que ninguém sabe, ninguém vê
O tamanho do fardo em nosso ombro.
Somos apenas transeuntes
Passando um pelo outro
Sem enxergar o grito de socorro
Que cada um carrega dentro de si.

Histórias de angustias
De medos, de culpas e segredos
Passando entre si
Sem si tocarem, sem saber existir...

O amor afugentado pelo mal
Que o homem alimenta,
Por mero prazer da sua ignorância.
Eu não sou feliz, porque você...

E o desamor segue em arrimo de famílias
Criando falência de almas
Deixadas de herança para sua geração...

Nessa luta insana de andarilhos solitários
Passamos uns pelos outros
Armados de egoísmos
Vestido de egos profanos
De heróis fracassados,
Mas cheios de flâmulas no peito
Soldados de guerras
Exilados de almas...

Combatentes da sua história
Que ninguém sabe ninguém vê...

O amor mora ao lado
Enquanto dormimos com inimigo
E o soldado sobrevive
Enquanto morre o combatente
Jaz sobre a lápide o guerreiro
De sonhos de felicidade...

O tempo passou e seguimos
Forasteiros do nosso destino
A liberdade sequer colhemos
Prisioneiros em nossas almas
Mendigando amor pelo caminho
Seguimos forasteiros do nosso destino...

Regilene Rodrigues Neves – em 09/10/2018





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