O CAMINHO
por Regilene Rodrigues Neves

Onde houver caminho
Eu andarei sobre os trilhos do tempo
Entre o ontem o hoje e o amanhã...
Há de existir do outro lado
Uma estação onde possam partir e chegar
Aquele cuja alma embarcou seus sonhos...

Ela enxergará o horizonte
Que mesmo longínquo
Traz esperanças derruídas
Num momento de desilusão...

Na estrada finita
Desembarquei meus ideais
Construídos passo a passo
Até avistar o caminho enfrente...

Pedras soltas
Tropeços da alma
Cheia de sonhos de amor
Caem sobre pedaços de sentimentos
Partidos em frágeis fragmentos de incertezas...

Somente a poesia
Floresce dentro do peito
Lá fora a noite deita no infinito
Esperando a hora de acordar o amanhã...

O caminho segue
Encontra verões escaldantes
Invernos frios
E folhas caídas do outono,
Mas ainda restam primaveras
E flores nascendo entre as pedras...

O trem passa
Deixando para trás trilhos solitários
A solidão avista a lua
Suspiros de compaixão
Respiram a brisa da noite
Nuvens esfumaçadas
Sobre a campina alcança o firmamento...

Uma prece devota
Faz sua oração de fé para o universo
O caminho segue mais um dia que termina...

Em 04 de setembro de 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário